CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 15 de julho de 2008 (ZENIT.org,).- Bento XVI exigiu políticas nacionais e internacionais sobre a água baseadas na solidariedade e responsabilidade, e não no simples lucro.
Existe um «direito à água», baseado na dignidade da pessoa humana, alerta, e portanto não se trata unicamente de um «bem econômico».
Esta consideração faz parte da mensagem que o Papa enviou ao cardeal Renato Raffaele Martino, representante da Santa Sé na Exposição internacional sobre «Água e desenvolvimento sustentável», que se celebra em Zaragoza (Espanha).
«Temos de tomar consciência de que, lamentavelmente, a água – bem essencial e indispensável que o Senhor deu ao homem para manter e desenvolver a vida – é considerada hoje, por causa da pressão de múltiplos fatores sociais e econômicos, como um bem que deve ser especialmente protegido mediante claras políticas nacionais e internacionais, e utilizado segundo critérios sensatos de solidariedade e responsabilidade», propõe a mensagem pontifícia.
«O uso da água – que é valorizada como um direito universal e inalienável – está relacionado às necessidades crescentes e peremptórias das pessoas que vivem na indigência, levando em conta que o acesso limitado à água potável repercute sobre o bem-estar de um número enorme de pessoas e é com freqüência causa de doenças, sofrimentos, conflitos, pobreza e, inclusive, de morte», afirma.
Com relação ao direito à água, o pontífice sublinha também que «se trata de um direito que tem seu fundamento na dignidade da pessoa humana; desde esta perspectiva se examinaram atentamente as posturas que consideram e tratam a água unicamente como um bem econômico».
«Seu uso deve ser racional e solidário, fruto de uma equilibrada sinergia entre o setor público e privado», afirma em sua mensagem por ocasião da Expo Zaragoza.
Significados religiosos
Para o Papa, a água não é «um bem predominantemente material», pois também tem «significados religiosos que a humanidade crente, e sobretudo o cristianismo, desenvolveu a partir dela, dando-lhe um grande valor como um precioso bem imaterial, que enriquece sempre a vida do homem nesta terra».
«Como não recordar nesta circunstância a sugestiva mensagem que nos chega das Sagradas Escrituras, tratando a água como símbolo de purificação (cf.Salmo 50, 4; João 13, 8) e da vida (cf. João 3, 5; Gálatas 3, 27)?», pergunta o bispo de Roma.
«A plena superação desta dimensão espiritual é garantia e pressuposto para uma adequada proposta dos problemas éticos, políticos e econômicos que afetam a complexa gestão da água por parte de tantos sujeitos interessados, tanto no âmbito nacional como internacional».
Concerto
Por ocasião do Dia da Santa Sé, ontem à noite se celebrou, na Sala Mozart do Auditório de Zaragoza, um concerto em homenagem ao Papa, com a participação de aproximadamente mil pessoas.
O dinheiro arrecadado com os ingressos, de 10 euros cada um, será destinado a projetos de gestão de água com fins agrícolas na Índia, de Mãos Unidas, instituição caritativa católica.
Fonte Zenit.org
Nota: Depois que o Papa falou sobre a crise nos alimentos, que tem gerado um aumento significativo da fome no mundo, agora ele fala sobre a falta da água e usa o seu significado religioso pedindo solidariedade nesse sentido. Gostaria que você imaginasse comigo o seguinte: Em um mundo onde a fome está se espalhando rapidamente, os alimentos estão ficando cada vez mais escassos, os governantes se reúnem para resolver o problema, mas nada de importante acontece. A água potável está ameaçada de desaparecer dentro dos próximos 30 anos. Então as religiões se unirão para impor medidas para preservar a vida no planeta, pois como já afirmei em postagens anteriores, mais de 80% da população mundial é religiosa, então a religião é a principal ferramenta para que isso aconteça. A maior das religiões é o cristianismo, e dentro do cristianismo a maior denominação é a Igreja Católica e a grande massa de protestantes segue os ditames desta igreja. Qual lei será imposta? Os alimentos serão vendidos para pessoas que tenham um chip, esse chip só receberá quem aceitar as novas leis impostas, a distribuição da água também passará pelo mesmo processo. Então, quando menos se esperar, a água será transformada em sangue nas casas que aceitaram a imagem da besta (Apocalipse 16:3-4). Mas foi garantido para os fiéis: "Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas". Isaías 33:16. Que tenhamos fé e coragem para enfrentar a crise que se aproxima. Peço-Te Senhor, em nome de Jesus Cristo, Teu Filho!