CIDADE DO VATICANO (AFP) — Bento XVI, que se tornou Papa em 19 de abril de 2005, é considerado um teólogo conservador, como foi durante toda sua vida, e severo com o mundo "secularizado" de hoje.
Os primeiros anos de pontificado do ex-prefeito da congregação para a doutrina da fé decepcionaram aqueles que, apesar de sua reputação de guardião do dogma católico, esperavam reformas na Igreja após os 26 anos do pontificado de João Paulo II.
No entanto, o que ocorreu foi o contrário: em sua primeira "exortação apostólica" publicada em março do ano passado, pôs um ponto final em qualquer possível evolução quanto ao celibato dos sacerdotes e o moral individual dos católicos (casamento, divórcio, aborto).
Dessa forma, não faz senão respeitar as orientações propostas pelo sínodo de arcebispos reunidos no Vaticano sob sua autoridade, em outono de 2005.
A decisão de liberar a missa em latim, poria fim ao cisma religioso integrista dos adeptos do falecido arcebispo francês Marcel Lefebvre.
Bento XVI declarou em várias ocasiões sua adesão ao Vaticano II, mas também criticou certas "interpretações errôneas" do concílio que mudou profundamente a fisionomia da Igreja há 40 anos.
O especialista italiano em Vaticano, Sandro Magister, que considera este Papa "apaixonante", reconhece "o julgamento, em certos aspectos, muito severo de Bento XVI sobre o homem moderno, que seria prisioneiro de uma estranha obscuridade que o faz viver como se Deus não existisse".
Bento XVI insiste no direito dos cristãos de "objeção de consciência a cada vez que os direitos humanos fundamentais", tal como são pregados pela Igreja católica, possam ser violados.
No entanto, embora a objeção de consciência seja reconhecida principalmente por médicos hostis ao aborto, "esta noção não pode ser ampliada de forma desmedida, porque corre o risco de deixar os católicos em uma posição instável na sociedade", comentou um religioso que pediu para não ter o nome divulgado.
Fonte AFP
Nota: Este fato, acredito eu, todos já haviam percebido, mas agora o próprio Vaticano reconhece. Não é coincidência ele ter chegado ao pontificado nestes últimos dias da história deste planeta. Não é coincidência esta disposição em fazer renascer a tradição católica em todo o cristianismo. Não resta dúvida que este pontífice veio para ter um papel fundamental no cumprimento das profecias apocalípticas.