19 novembro 2015

EI comemora ataques e promete hastear bandeira no Vaticano

Na última edição de sua revista digital, a Dabiq, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável pelos ataques terroristas que mataram pelo menos 129 pessoas na última sexta-feira em Paris, diz que hasteará sua bandeira preta no Vaticano, em mais um claro ataque contra os membros da igreja católica.

"Pedimos a Alá que apoie os mujahideen (aqueles empenhados na Jihad) contra os agentes dos líderes da idolatria e os cruzados, até que a bandeira do Califado tenha sido hasteada em Istambul e no Vaticano", afirma a publicação.

Além das ameaças, o grupo jihadista usou a revista digital para comemorar o sucesso dos ataques na capital francesa. A capa da publicação traz o título "Apenas terror" e uma foto de bombeiros ao lado de um cadáver coberto por um lençol em um dos locais atacados na capital francesa. Ao todo, três suicidas se explodiram nos arredores do Stade de France - onde acontecia um amistoso entre França e Alemanha -, outros três invadiram o teatro Bataclan e uma terceira equipe disparou contra restaurantes nos 10º e 11º arrondissements.

As operações foram reivindicadas pelo EI, em resposta aos bombardeios franceses contra alvos do grupo na Síria.

Fonte Terra
Nota: Jornal O Globo desta manhã (confira aqui) publicou uma matéria onde afirma que o FBI informou as autoridades italianas que terroristas estão planejando ataques ao Vaticano, à catedral e à Praça de São Pedro, bem como à casa da ópera La Scala, uma das mais famosas casas de ópera do mundo. Sim, mas o que isso tem a ver conosco? No dia 22 de julho de 2015, o site Criacionismo, parceiro deste blog, publicou um artigo escrito pelo Pr. Sérgio Santeli, do blog Minuto Profético, também nosso parceiro, onde é feita uma análise dos últimos versos do capítulo 11 de Daniel (Clique aqui). Leia o artigo e compreenda as implicações que tal evento tem com os últimos acontecimentos descritos na Bíblia.

Diante das ameaças, o Papa Francisco pede às igrejas para manterem as portas abertas, leia sobre isso aqui.



30 julho 2015

O Alvo de Batismo e a Demanda por Crescimento



Queremos crescer. Equiparamos crescimento com cumprimento da missão. Não está de todo errado, porque a Palavra do Senhor não volta vazia. Os que se deixam influir por Seu Espírito abraçam a proposta de vida do Evangelho. Um evangelho que sacode as entranhas humanas e, como uma semente, germina em novas ações, em um novo contemplar da existência.



A igreja tem de avançar para alcançar o mundo. Disponibilizar a salvação que Deus oferece gratuitamente. Mas a agressividade empresarial, com suas metas e burocracia, não pode render o espírito de serviço próprio da evangelização. Temo que uma cultura enraizada apague o verdadeiro e belo sentido da missão.

Não há em nenhuma parte do Novo Testamento uma desenfreada demanda por batismos. Nada que justifique o batismo como fim em si mesmo. Por definição, ele é símbolo da morte e ressurreição em Cristo. Para alguém chegar a esse ponto de entrega espiritual precisou ser submetido ao discipulado antes. Estranho que hoje concebamos o discipulado como algo que ocorra após o batismo, visando a conservação do recém-converso. Isso não é bíblico. Discipulado ocorre antes e depois do batismo. O verbo principal na grande comissão é discipular – qualquer bom estudioso do grego o sabe.

Mas parece que ignoramos o método histórico-gramatical quando nos convém. Não nos interessa saber o que diz o sentido original se isso conspira contra a visão de crescimento que sustentamos. Uma visão insana, que torna ministros em máquinas evangelísticas. Uma pressão administrativa, uma mentalidade triunfalista – poderia isso estar contribuindo para o genuíno cumprimento da missão?

Sei que há países em que não há mais batismos. Um amigo, que serviu como capelão no Líbano, contava que por lá se batizam os filhos de adventistas – e ninguém mais. Na Inglaterra conversei com um jovem que se tornou sensação nos círculos adventistas do país: de católico, converteu-se ao adventismo e se sentiu chamado para o ministério. Que pensariam os ingleses se soubessem quantos fazem o mesmo a cada semana em muitas regiões brasileiras!…

Não creio que a obsessão por alvos e a total apatia evangelística sejam as duas únicas possíveis saídas. O verdadeiro amor pelas almas deve nos levar a um evangelismo consciente, sensato, cristocêntrico, doutrinário e efetivo. As pessoas não devem ser convocadas a programas. Devem ser convidadas a uma aliança com Deus.

A história conta que William Miller, pioneiro do adventismo, obtinha formidável sucesso em suas pregações. Milhares se converteram a Cristo e passaram a acalentar a esperança na Segunda Vinda por sua influência. Qual o segredo? Miller amava o Seu Senhor, tornara a Bíblia o centro de sua experiência cristã e expunha suas convicções de forma extremamente lógica. Possuía senso de urgência, mas não era dado a excessos ou arroubos emotivos. Acho que isso já explica o seu sucesso.

Pr. Douglas Reis

Fonte: Questão de Confiança

27 julho 2015

A idade de ouro do catolicismo na política americana

Todos querem ser vistos com ele
Para ser eleito em 1960, John F. Kennedy, um católico, foi forçado a dizer à nação que ele não aceitaria ordens do papa. Nas eleições de 2016, tal separação não será necessária. Com um número recorde de católicos aspirantes à Presidência e o descontroladamente popular papa Francisco visitando a nação neste outono, muitos candidatos - católicos ou não - estão buscando maneiras de ligar-se à missão e visão desse pontífice argentino. Os tempos mudaram. Com um vice-presidente católico, seis juízes católicos na Suprema Corte, um presidente da Câmara de Deputados católico, e um grande número de católicos no Congresso, a idade de ouro do catolicismo na política americana chegou. Isso teria sido inimaginável há apenas algumas décadas atrás. Kennedy foi o primeiro presidente católico. O irlandês católico Al Smith provavelmente perdeu a campanha de 1928 por causa de sua religião.

Essa ascendência dos católicos para a vanguarda da política americana só foi acelerada pelo inovador papado de Francisco. Sua viagem de setembro para os EUA será o principal evento das primárias presidenciais de 2016.
Os políticos e os candidatos estão provavelmente planejando como utilizar melhor a primeira viagem do pontífice aos EUA para levar adiante suas agendas. A viagem do papa Francisco não será sobre política, mas seria ingênuo ignorar as implicações políticas de uma visita durante a qual ele é esperado para promover sua recente encíclica sobre o cuidado com a criação de Deus, a obrigação religiosa para defender a dignidade dos imigrantes, dos pobres e dos não-nascidos, e o escândalo moral da desigualdade social e de uma economia que mata [sem esquecer a proposta de que a guarda do domingo pode também ajudar a salvar o planeta].

O auge político da viagem será o seu discurso no Congresso dia 24 de setembro. [...]

Nota Criacionismo: “São de grande alcance os planos e modos de operar da Igreja de Roma. Emprega todo expediente para estender a influência e aumentar o poderio, preparando-se para um conflito feroz e decidido a fim de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a perseguição e desfazer tudo que o protestantismo fez... Os homens cerram os olhos ao verdadeiro caráter do romanismo, a aos perigos que se devem recear com a sua supremacia. O povo necessita ser despertado a fim de resistir aos avanços deste perigosíssimo inimigo da liberdade civil e religiosa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 565 e 566).

03 julho 2015

Terremoto de 6,4 graus deixa seis mortos e 48 feridos na China

PEQUIM - Ao menos seis pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas quando um terremoto de magnitude de 6,4 graus atingiu nesta sexta-feira o distrito de Pishan, em uma zona rural da região de Xinjiang, no extremo oeste da China, informaram autoridades.

O ministério de Assuntos Civis informou um balanço de seis mortes. A agência estatal de notícias Xinhua disse que 48 pessoas ficaram feridas. As autoridades regionais registraram quatro tremores secundários.

Cerca de 80 das casas tradicionais da região, cujos habitantes são principalmente da etnia uigur, desabaram quando o terremoto pouco profundo aconteceu na madrugada a cerca de 160 quilômetros a noroeste da cidade de Hotan, de acordo com funcionários do serviço de emergência chinês.

"Até o momento, o terremoto provocou três mortes, entre eles um pai e um filho, e mais de 20 feridos", disse a China National Emergency Broadcasting (CNEB) em seu site na internet.

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O terremoto foi divulgado inicialmente em diversas magnitudes que chegavam até a 6,5. Foram registradas várias réplicas, a mais forte de magnitude 4,8, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

Os moradores da região expressaram sua comoção pela intensidade do sismo nas redes sociais, apesar das autoridades terem dito que esperam que o número de mortos não seja muito alto.

— Se muitas pessoas estão reunidas num mesmo lugar durante um terremoto, isto pode levar a um desastre grave, mas neste caso, havia relativamente poucas pessoas pelo que não é tão grave — disse o investigador do Centro de Redes de Terremotos da China, Sun Shihong, à emissora estatal China Central Television.

Os terremotos atingem a China com frequência. Em agosto de 2014, um terremoto de 6,1 graus de magnitude matou 600 pessoas na província de Yunan. Em maio de 2008, um abalo de 7,9 graus de magnitude deixou 80 mil mortos na província de Sichuan.

Fonte O Globo

19 junho 2015

O cumprimento de Apocalipse 13 está a caminho

As profecias contidas no capítulo 13 de Apocalipse têm sido aguardada com muita ansiedade por todos aqueles que estão a esperar a segunda vinda de Cristo. Apesar que a metade do capítulo já se cumpriu durante a Idade Média (clique aqui e saiba mais), ainda falta a outra metade (A Besta que Emerge da Terra) para se cumprir. É precisamente sobre esse último tema que iremos tratar neste breve artigo.

Ontem (18/06/2015), o Papa Francisco publicou sua primeira Encíclica com o título Laudato Si [1] (‘Louvado sejas’, em português). O tema central abordado pelo pontífice foi o Meio Ambiente e o dever de todo cristão em protegê-lo. Certamente, é dever de todo aquele que acredita na existência de um Criador Inteligente por trás da natureza fazer o que estiver ao seu alcance para defender toda a criação das ameaças ecológicas.

O Erro de Francisco

O problema no discurso de Francisco, como bem identificou Michelson Borges, é "confundir deliberadamente o sábado com o domingo"[2,] para fazer, deste último, o dia de proteção ao meio ambiente e incutir na mente das pessoas a observância do domingo, como sendo uma orientação divina. Não existe um só linha em toda a Bíblia que autorize a mudança do sábado para o domingo. O sábado foi o dia instituído por Deus para o descanso semanal, sendo este dia, o sábado, escolhido para celebração da criação dos céus e da Terra. "Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército. Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera" Gênesis 2:1-3.

No livro de Êxodo, Moisés escreveu assim: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-11.

Portanto, a ordem de Deus é guardar o sábado e não o domingo. Todavia, a ICAR transferiu o dia de descanso para o domingo sem nenhuma autorização escriturística com base na Palavra de Deus[3], a Bíblia. Por esse motivo, ela vem apoiando a evolução teísta, que defende a criação através de processos evolutivos, onde os dias literais de Gênesis 1 representam períodos de milhões de anos, na visão deles. Dessa forma, a semana da criação que culmina com o sábado como dia de descanso cai por Terra. Entretanto, a evolução teísta "é péssima ciência somada com péssima teologia e filosofia"[4].

Obama e o Erro de Francisco

Barak Obama apoiou as palavras de Francisco contidas na Encíclica Papal[5]: "Congratulo-me com Sua Santidade o papa Francisco pela encíclica, e admiro profundamente a decisão do papa em tratar sobre o tema – de forma clara, poderosa e com a autoridade moral completa de sua posição – pela ação com respeito à mudança climática global. Como o papa Francisco tão eloquentemente afirmou nesta manhã [ontem], temos uma profunda responsabilidade de proteger nossos filhos e os filhos dos nossos filhos dos impactos nocivos das alterações climáticas" [...] "Acredito que os Estados Unidos devem ser um líder nesse esforço, e que por isso estou comprometido a tomar ações ousadas no país e no exterior para reduzir a poluição por carbono, para ampliar a energia limpa e a eficiência energética, para garantir a resistência em comunidades vulneráveis e para encorajar a gestão responsável dos nossos recursos naturais." [...] "minha esperança que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre o chamado do papa Francisco a se unirem para cuidar de nossa casa comum."

Com esse pronunciamento, Obama demonstra apoio total às palavras de Francisco e promete empenho para que, não só os EUA, mas todo o mundo siga a orientação do Pontífice. Portanto, o cumprimento de Apocalipse 13, segunda parte, começou. Quando irá chegar ao clímax? Não sabemos. O que devemos fazer é aproveitar o tempo de graça que ainda temos e pregar, pregar e pregar.

O que fazer?

Precisamos ser cautelosos com nossos irmãos mais débeis, para que não tomem medidas extremas. Peço a todos os líderes que tomem cuidado ao tratar deste assunto com a igreja. Nada de sensacionalismos. Ela precisa saber? Sim, precisa. Contudo, necessitamos de sabedoria e bom senso para fazer esse trabalho.

Lembre-se: Deus ainda está no controle deste mundo e nada acontecerá com seus filhos que se mantiverem firmes. Horas difíceis nos aguardam, mas a proteção de Cristo e seus anjos está garantida. Se temos Cristo, temos tudo. A quem temeremos? Ninguém!!!

Os dias que estão diante de nós foi aguardado por todos os pioneiros desta igreja. Temos o dever de buscar em Cristo ajuda e sabedoria para cumprirmos nossa parte na profecia como Igreja de Deus e povo escolhido do Senhor, e muito em breve estaremos em festa nas mansões celestiais.

Que nos abençoe!!!

Hilton Bastos

Referências:


[1] http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html

[2] http://www.criacionismo.com.br/2015/06/laudato-si-e-o-erro-do-papa-francisco.html

[3] The Catholic Mirror 23 de Setembro de 1893 publicado pelo Cardeal James Gibbons

[4] http://www.criacionismo.com.br/2013/03/declaracao-de-um-cientista-criacionista.html

[5] https://www.whitehouse.gov/the-press-office/2015/06/18/statement-president-pope-francis%E2%80%99s-encyclical

Obama elogia atitude do papa e apela aos líderes mundiais

Apoiador do papa
A propósito da divulgação da encíclica papal Laudato Si, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, publicou a seguinte nota no site oficial da Casa Branca:
“Congratulo-me com Sua Santidade o papa Francisco pela encíclica, e admiro profundamente a decisão do papa em tratar sobre o tema – de forma clara, poderosa e com a autoridade moral completa de sua posição – pela ação com respeito à mudança climática global. Como o papa Francisco tão eloquentemente afirmou nesta manhã [ontem], temos uma profunda responsabilidade de proteger nossos filhos e os filhos dos nossos filhos dos impactos nocivos das alterações climáticas. Acredito que os Estados Unidos devem ser um líder nesse esforço, e que por isso estou comprometido a tomar ações ousadas no país e no exterior para reduzir a poluição por carbono, para ampliar a energia limpa e a eficiência energética, para garantir a resistência em comunidades vulneráveis e para encorajar a gestão responsável dos nossos recursos naturais. Temos também que proteger os pobres no mundo, que têm feito o mínimo para contribuir com esta crise iminente e são os que mais estão perdendo. Estou ansioso para discutir essas questões com o papa Francisco quando ele visitar a Casa Branca em setembro. E enquanto nos preparamos para as negociações climáticas globais em Paris, em dezembro, é minha esperança que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre o chamado do papa Francisco a se unirem para cuidar de nossa casa comum.”

Nota: É muito interessante ver esses dois poderes – o Vaticano (papa) e os EUA – liderando os esforços para salvar o mundo das consequências do aquecimento global. E mais interessante ainda é ver o presidente dos EUA sugerindo que “o mundo inteiro se maravilhe” diante de Francisco... (está na hora de darmos atenção redobrada ao capítulo 13 do livro do Apocalipse). [MB]

18 junho 2015

A Encíclica do Papa Francisco, o Domingo, o Sábado e o Meio Ambiente

Apoio e admiração totais
Hoje pela manhã, o papa Francisco saudou seus mais de seis milhões de seguidores no Twitter com a seguinte conclamação: “Convido a todos para fazer uma pausa para pensar sobre os desafios que enfrentamos em relação aos cuidados com a nossa casa comum.” Pouco mais de uma hora depois, outro tweet foi divulgado: “A cultura do descartável de hoje apela a um novo estilo de vida.” Sempre com a hashtag #LaudatoSi, que, na verdade, é o título da encíclica que o Vaticano divulgará oficialmente hoje. Conforme destacaram Bruno Calixto e Marina Ribeiro, em artigo publicado ontem no site da revista Época, hoje um bispo católico, um ortodoxo e um cientista ateu sentarão juntos na Sala do Sínodo, no Vaticano, e apresentarão aos jornalistas a primeira encíclica escrita exclusivamente pelo papa Francisco. “A escolha das pessoas que apresentarão o documento não é aleatória. O papa quer que sua encíclica – uma carta de ensinamento aos católicos – ultrapasse as fronteiras do catolicismo, chegue às ‘pessoas de boa vontade’ e influencie as decisões internacionais sobre o meio ambiente e o clima. A encíclica de Francisco, que empresta do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis seu título Laudato Si (‘Louvado sejas’, em português), fala especificamente sobre o impacto do homem no meio ambiente – ou na ‘Criação’ – e mostra como os homens podem viver em harmonia com a natureza, de acordo com a moral e a ética da Igreja.”

Obviamente que é louvável a iniciativa de um líder religioso como o papa de encabeçar um movimento ecológico com o objetivo de proteger a Terra da degradação que ela vem sofrendo ao longo dos anos. É evidente que os religiosos podem e devem dar sua parcela de contribuição para criar uma mentalidade de cuidado com a criação de Deus. O problema são as motivações, os argumentos, os objetivos e os erros por trás de todo esse discurso ecológico.

Não quero aqui me deter na ideia de que o ser humano seja o verdadeiro culpado pelo aquecimento global. Há cientistas que, embora não neguem esse aquecimento, não creem que a causa dele seja antropogênica. Poderíamos estar atravessando um novo ciclo de calor; a causa poderia ser outra, como a atividade solar; ou mesmo, como escreveu Ellen White, no livro O Grande Conflito, páginas 589 e 590: “[Satanás] estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. [...] Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...] Essas visitações devem se tornar mais e mais frequentes e desastrosas. [...] E então o grande enganador persuadirá as pessoas de que os que servem a Deus estão motivando esses males. [...] Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que esse pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta.”

E é exatamente sobre isso que eu quero falar aqui. Quero me deter num erro típico do romanismo, presente na encíclica Laudato Si: o erro de confundir deliberadamente o sábado com o domingo.

No capítulo II, seção 71 (a encíclica está disponível aqui), referindo-se à destruição do mundo por um dilúvio no tempo de Noé e sua posterior restauração, Francisco escreveu: “A tradição bíblica estabelece claramente que esta reabilitação implica a redescoberta e o respeito dos ritmos inscritos na natureza pela mão do Criador. Isto está patente, por exemplo, na lei do Shabbath. No sétimo dia, Deus descansou de todas as suas obras. Deus ordenou a Israel que cada sétimo dia devia ser celebrado como um dia de descanso, um Shabbath (cf. Gn 2, 2-3; Ex 16, 23; 20, 10).”

É bom deixar claro logo de início que, ao contrário do que afirma o papa, o sábado não foi dado a Israel apenas. Na verdade, o sábado foi dado à humanidade, no Éden, quando havia apenas um casal sobre a Terra (Gn 2:2, 3), e Jesus confirma isso ao dizer que o “sábado foi feito por causa do homem” (Mc 2:27), não do judeu ou de qualquer outro povo.

Embora cite o mandamento do sábado conforme está na Bíblia, no capítulo VI, seção 237 da encíclica, Francisco se permite reinterpretar o mandamento:

“A participação na Eucaristia é especialmente importante ao domingo. Este dia, à semelhança do sábado judaico, é-nos oferecido como dia de cura das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da Ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, que tem as suas primícias na humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de toda a realidade criada. Além disso, este dia anuncia ‘o descanso eterno do homem, em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do repouso e da festa. [...] A lei do repouso semanal impunha abster-se do trabalho no sétimo dia, ‘para que descansem o teu boi e o teu jumento e tomem fôlego o filho da tua serva e o estrangeiro residente’ (Ex 23, 12). O repouso é uma ampliação do olhar, que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana inteira e encoraja-nos a assumir o cuidado da natureza e dos pobres.”

Conforme observou Filipe Reis, de Portugal, “não precisamos de muito esforço para perceber que o papa confunde o Shabbat bíblico do sétimo dia com o domingo, primeiro dia da semana, atribuindo a este a importância e solenidade que, biblicamente, apenas o sábado do sétimo dia possui. Ou seja, a validade do sábado do sétimo dia parece ter sido mudada para o domingo, primeiro dia da semana”.

Curiosa e e contraditoriamente, na secção 68 do capítulo II, Francisco escreve, citando os Salmos:

“‘Ele [ndr: Deus] deu uma ordem e tudo foi criado; Ele fixou tudo pelos séculos sem fim e estabeleceu leis a que não se pode fugir!’ (Sl 148, 5b-6).” O papa está correto aqui. Não podemos fugir das leis de Deus, muito menos alterá-las. O sábado faz parte dessa lei e é tão eterno que continuará sendo observado na Nova Terra (Is 66:23). Daniel 7:25, escrito cerca de 500 anos antes de Cristo, previu que no futuro haveria um poder religioso que se atreveria a mudar os tempos e a lei de Deus. A profecia, pra variar, estava corretíssima...

Por favor, tome algum tempo para assistir ao vídeo abaixo. Creio que lhe será muito esclarecedor e o situará devidamente nessa controvérsia entre o sábado e o domingo, que só tende a aumentar daqui para a frente.

Em seu artigo na revista Época, Bruno Calixto e Marina Ribeiro captaram com precisão a intenção do papa com essa encíclica: “Francisco escolheu com cuidado o momento da publicação e de seu ativismo ambiental. Em setembro, a Assembleia Geral da ONU se reunirá para aprovar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele pessoalmente discursará em Nova York. Depois, em novembro, haverá a Conferência do Clima em Paris, onde se espera que governos assinem um acordo global contra as mudanças climáticas. Segundo o secretário-geral do WWF-Brasil, Carlos Nomoto, o papa poderá desempenhar um papel importante nessas reuniões internacionais, aumentando a pressão para que governos enfim assumam compromissos nas negociações climáticas.”

Para Eduardo Felipe Matias, autor de A Humanidade Contra as Cordas: A luta da sociedade global pela sustentabilidade, as questões ambientais exigem a mobilização de todos os atores da sociedade, não apenas governos (num programa da rádio CBN, dois jornalistas também falam sobre isso). “Os efeitos que a encíclica papal pode ter sobre a comunidade internacional e sobre os católicos seriam ampliados se outras instituições religiosas se somassem a esse esforço. Não iremos alcançar um mundo mais sustentável sem mudar radicalmente a mentalidade das pessoas, e as diferentes religiões podem contribuir para essa mudança”, diz.

Felipe resume bem um assunto sobre o qual tenho falado em meu blog há quase dez anos: o ECOmenismo. Trata-se de um movimento de união de esforços que extrapola os limites das religiões e tem o potencial de coligar religiosos, místicos, cientistas, ativistas, ateus e outros grupos.

Estamos vivendo dias solenes. Deus nos ajude a estar firmados na verdade bíblica, cumprindo nosso papel, assim como o papa e outros estão cumprindo o deles.

Michelson Borges

Nota: Faça uma pesquisa neste blog utilizando a palavra ECOmenismo e descubra mais sobre o assunto.

16 junho 2015

Encíclica papal trata da “lei do descanso semanal”

Recado aos líderes mundiais
Na próxima quinta-feira, o papa Francisco vai divulgar oficialmente sua encíclica ECOmênica (tão aguardada) intitulada Laudato Si que, segundo ele, é direcionada a toda a humanidade, não apenas ao seu rebanho católico (confira). Nesse documento oficial, o papa faz propostas de contenção do aquecimento global e sugere que ele sirva de base para reflexão por parte dos líderes mundiais aos quais falará em setembro, na sede da ONU. O amigo Filipe Reis, de Portugal, traduziu algumas partes interessantes de uma versão preliminar da encíclica (aliás, veja que interessante o print do jornal Washington Examiner, abaixo, em que Francisco e Ben Carson aparecem na mesma página, algo que eu já havia destacado aqui). As partes traduzidas por Filipe são relacionadas com o domingo como dia de repouso. Leia os trechos a seguir, extraídos do capítulo 237 de Laudato Si:
“O domingo, a participação na Eucaristia tem importância especial. Esse dia, bem como o sábado hebraico, oferece-se como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, cujo primeiro fruto é a humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de todo o mundo criado. Além disso, esse dia anuncia ‘o repouso eterno do homem em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do descanso e da celebração.
“O ser humano tende a reduzir o repouso contemplativo ao âmbito do inútil e estéril, esquecendo que assim lhe retira da obra realizada a coisa mais importante: o seu significado. Somos chamados a incluir no nosso trabalho uma dimensão confortável e gratuita, que é diferente de uma simples inatividade. Trata-se de uma outra forma de atuar que faz parte da nossa essência. Dessa forma, a ação humana é preservada não só de um ativismo vazio, mas também da ganância desenfreada e do isolamento de consciência que leva a procurar exclusivamente o benefício exclusivo.
A lei do descanso semanal requer abster-se de trabalho no sétimo dia, para que ‘descansem o teu boi e o teu jumento, e respirem o filho de tua escrava e o estrangeiro’ (Êxodo 23:12). O repouso é um vislumbre alargado que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim, o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, espalha a sua luz por toda a semana, e nos encoraja a cuidar de nossa natureza e dos pobres.”
Como era de se esperar, o papa apresenta o domingo como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo e com a natureza, reforçando a dimensão ecológica do domingo. E o iguala ao sábado hebraico, como se a bênção que Deus atribuiu ao verdadeiro sétimo dia pudesse ser estendida a outro dia da semana. Para o papa, o domingo é o “primeiro dia da nova criação”, deixando de lado o último dia da criação (na qual Bergoglio não crê, pois considera Adão e Eva mitológicos), memorial da verdadeira criação divina. Assim, o que o papa faz (à semelhança do que fez João Paulo II) é se apropriar de conceitos relacionados ao sábado e reaplicá-los ao domingo.

Aguardemos o lançamento oficial da encíclica, na quinta-feira, e os desdobramentos do estudo e da divulgação desse documento. [MB]

Fonte: Criacionismo.com.br

05 maio 2015

LANTERNA

A certa altura de Ouse crer, escrevi isto aqui: "Desde crianças, ficamos empolgados com a história de José. Ficamos chocados pela forma como ele foi traído pelos irmãos, vendido como escravo para uma terra estrangeira, aprisionado, mas nos regozijamos quando ele, enfim, é colocado como governador do Egito.Tudo para que sua família fosse salva da fome que veio no tempo das vacas magras. Ele passa a ser um herói para nós. Portanto, conscientemente ou não, alimentamos a perspectiva de que há, em maior ou menor escala, um posto de governador do Egito esperando por nós em algum momento de nossa jornada. No entanto, desconsideramos o fato de que Deus poderia ter resolvido o problema da fome de outra forma qualquer, começando por evitar a própria seca que a ocasionou".

O fato de que algum bem foi extraído de todo aquele sofrimento injusto nos ajuda a ver sentido na coisa toda. Em nossa mente simplista e pequena, pensamos: ah, então ele sofreu tudo aquilo para isso. Como se ele precisasse estar naquela prisão naquele momento pois esse seria o único jeito que Deus encontrou de José ser promovido a governador do Egito... Como estamos sendo fustigados pelo sofrimento e pela injustiça nós também, é importante enxergar esse tipo de causalidade.

Mas se as coisas como pensamos, a maldade dos irmãos de José e a volúpia da esposa de Potifar seriam agentes de Deus.
 
Acho inútil pensar se tudo que aconteceu tinha que acontecer exatamente desse jeito, mas não é inútil pensar no que Deus está fazendo com nossas cabeçadas. Em Patriarcas e Profetas, Ellen G. White afirma que José foi uma espécie de profeta para o Egito, o primeiro deles, seguido por toda sua família e as quatro ou cinco gerações de hebreus que nasceram, cresceram e morreram lá.
 
Assim como Abraão e Isaque haviam sido para o canaanitas.
Nós somos a luz do mundo. No relógio divino, muito mais sábio que o nosso, havia o tempo de apontar a lanterna que era Abraão para Canaã. E, depois, chegou a hora de apontar a lanterna José para o Egito. Para que no futuro nenhum povo O acuse de falta de oportunidade.
 
E mais importante do que imaginar a razão exata do meu sofrimento hoje, é imaginar se Deus não estaria direcionando minha lanterna para algum canto escuro dessa Terra enquanto eu me ocupo de esconder a luz que sou embaixo do alqueire (o que quer que seja alqueire).
 

Marco Aurelio Brasil
SP, 01/05/2015

27 abril 2015

Movimento da Igreja Emergente

“Fique longe de matérias espirituais não-bíblicas ou métodos de formação espiritual que estão enraizados no misticismo, como a oração contemplativa, oração centrante e o movimento da igreja emergente, na qual elas são promovidas. Procure na Igreja Adventista do Sétimo Dia pastores humildes, evangelistas, acadêmicos bíblicos, líderes e departamentais que podem providenciar métodos evangelísticos e programas baseados em princípios sólidos da Bíblia e do tema do grande conflito.” (Pr. Ted Wilson em Adventist News)

Formação espiritual, oração contemplativa, oração centrante, movimento da igreja emergente são pilares do One Project. Trata-se de um “ministério” ligado ao Movimento Emergente que tem como objetivo disseminar suas ideias e práticas pelo mundo. Aqui no Brasil o trabalho deste Movimento ainda é muito sutil, mas nos EUA a igreja tem sido assediada de maneira direta, e muitas já cederam às práticas deste Movimento. É importante conhecer um pouco sobre isso para entender o alerta do Pr. Ted Wilson.

Seguem algumas características deste Movimento Emergente:
  1. O Movimento da Igreja Emergente começou como uma tentativa de ser “relevante” para a cultura pós-moderna. O termo “relevante” é muito utilizado na literatura emergente. O Movimento busca modificar a igreja para adaptá-la à sociedade atual, sendo uma oposição às raízes do cristianismo. A ideia de “emergente” se relaciona com o surgimento de uma igreja destinada a uma geração de pessoas com muito pouco apego à igreja. Ou seja, uma igreja para quem não tem interesse em igreja; uma religião para quem não tem interesse em religião. É uma igreja “adaptada ao usuário” ou “orientada para o consumidor”. Os emergentes são tolerantes com todos, menos com os conservadores contra os quais fazem duras críticas. 
  2. Este Movimento é eclético e diversificado, concentra-se menos no ensino bíblico distintivo e enfatiza a experiência espiritual (ou espiritualista?) do indivíduo. Não está preocupado com a interpretação correta da Bíblia, mas com a adaptação dela ao contexto pós-moderno. O Movimento é baseado em conceitos experimentais, sendo que uma das propostas fundamentais na comunicação emergente é a criação de um culto multissensorial, numa atmosfera construída com luzes, símbolos, mensagens multimídia, expressões artísticas, privilegiando sempre a experiência e o sentimento em contraposição à verdade bíblica. A intenção é experimentar Deus com os cinco sentidos. 
  3. A adoração da Igreja Emergente inclui elementos carismáticos. A liturgia tende a substituir hinos e corinhos por música de “louvor” e “adoração” no estilo pop. Substituem o órgão e o piano convencional por teclados eletrônicos, baterias e contrabaixos, utilizando também “ordens cultuais”, tais como “coloque-se de pé … levante as mãos … diga ao Senhor ‘eu te amo’ … cante mais alto … feche seus olhos”. Um dos líderes deste Movimento Emergente nos EUA afirmou que “queremos oferecer às pessoas um local onde elas possam se sentir parte antes mesmo de acreditar.” E se elas se sentirem confortáveis e acolhidas sem a necessidade de acreditarem e seguirem doutrinas, ou seguirem o mínimo necessário, para eles é ainda melhor. 
  4. O Movimento Emergente evita a “placa de igreja”, utilizando nomenclaturas genéricas com o suposto objetivo de atrair as pessoas que têm preconceitos em relação à denominação. A informalidade é buscada em todos os processos litúrgicos, pois a igreja tradicional não é vista com simpatia. O movimento nega a possibilidade de um único caminho, de regras fixas e de princípios que transcendam o tempo e a cultura. 
  5. A evangelização da Igreja Emergente procura atender às necessidades físicas, emocionais e materiais das pessoas sem nenhuma ênfase no aspecto espiritual e na santificação, enfatizando as bênçãos materiais que supostamente advirão da fidelidade. 
  6. Os emergentes são desiludidos com a igreja organizada e têm aversão ao conservadorismo, às regras, aos hinos sacros e à pregação da verdade presente. Não se preocupam com a conduta cristã e defendem a ideia de que Deus não se importa com o que faço ou deixo de fazer, desde que professe Seu nome e ame ao próximo. Dentro desse contexto, uma das críticas feitas à igreja tradicional é que ela insiste em que a pessoa pertença à igreja antes de poder tomar parte nas atividades do culto. Isto, segundo os emergentes, seria exclusivismo. Por isso, propõe que as pessoas passem imediatamente a participar de todas as atividades da igreja, inclusive nos púlpitos, antes mesmo de se tornarem membros efetivos. 
  7. A Bíblia não é considerada nem parâmetro inquestionável nem autoridade de fé e prática. Não se deve procurar o sentido que o autor pretendia para seus leitores, nem os princípios intrínsecos ou extrínsecos, mas sim procurar o sentido que se percebe nela hoje quando interpretada dentro da prática da sociedade moderna. Portanto, o sentido pode variar de acordo com a comunidade. A teologia não é bem vista. A doutrina não é importante e até desnecessária, pois é considerada causa de divisão da igreja. 
  8. O termo “igreja missional” é frequentemente usado na literatura dos líderes emergentes. Quase todas as descrições feitas deste Movimento também apontam para esta como uma de suas principais características. Esta expressão é usada para colocar a ética acima da doutrina, compreendendo a missão como mera compaixão social, concentrando-se nas relações interpessoais, dando muito valor às boas ações e ao ativismo social, e nenhuma ênfase ao comportamento cristão. Enfatiza a necessidade de viver como Jesus viveu, mas não condena o que Jesus condenou, pois resume o ministério de Cristo em “atender aos pobres e necessitados”. 

Existem outras características, muitas delas voltadas a práticas absorvidas do misticismo. Abaixo alguns vídeos sobre o assunto para conhecimento.

Leandro Dalla

Fonte: Música e Adoração

O JOGO DOS TRONOS

É de uma das personagens da série de enorme sucesso Game of Thrones, Cersei Lannister, a frase de onde sai o título da série: "Quando você joga o jogo dos tronos, ou você ganha, ou morre".

Jesus e Satanás jogam, de certo modo, o jogo dos tronos. Satanás quis subir acima das estrelas do Céu (lembrando que as estrelas são uma figura para anjos na simbologia bíblica), colocar seu trono nas extremidades do norte e assim ser "semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14).

Jesus, jogando o jogo dos tronos, "abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz" (Filipenses 2:7 e 8).

A lógica de Cersei Lannister parece funcionar até certo ponto na verdadeira batalha pelo trono que está acontecendo agora. Jesus de fato morreu. Mas Satanás não ganhou. Ao contrário, graças à atitude de Jesus, tão diferente da de seu oponente,  "por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos" (Filipenses 2:9 e 10).

Uau!

Por outras palavras, esvaziar-se e morrer foi o caminho percorrido por Aquele que se assentará no trono que jamais passará.

E, se você considera que aí, do lado esquerdo de seu peito, há um trono, e que esses dois paradigmas (inflar-me   esvaziar-me) estão disputando para assentar-se nele, saiba de uma coisa, amigo: quando se joga o jogo dos tronos, ou você escolhe o lado certo ou você morre.

Não dá pra ficar em cima do muro.

Marco Aurelio Brasil
SP, 24/04/2015

06 março 2015

Série de Palestras sobre Criacionismo e Evolucionismo já apresentadas em algumas Igrejas

As Marcas do Designer - Tema 01: O Verdadeiro Objetivo

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Líderes religiosos bilionários confirmam poder político e econômico descontrolado

A revista norte-americana Forbes divulgou a lista dos mais ricos do mundo. Incluiu entre eles o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. O patrimônio de US$ 1 bilhão coloca Macedo na 1.868ª posição, o último entre os 48 bilionários brasileiros citados.  Aos 70 anos, casado, pai de três filhos, morando em Atlanta (EUA), Macedo é caracterizado como empresário de mídia “self made”. Que se fez por força própria, na expressão americana.

A Forbes tenta explicar a origem do dinheiro de Macedo. Lembra que criado como católico, converteu-se à religião evangélica em 1970. Em 1977, fundou sua própria igreja, baseada na “teologia da prosperidade”. Baseia-se na proposta de que a fé e o compromisso de atuação e de contribuições financeiras com a igreja são recompensados ​​com riquezas.

Em julho de 2013, Macedo tornou-se banqueiro ao adquirir 49% do Banco Renner, “que possui uma das mais altas taxas de juros no Brasil”, salientou a revista. “A transação espantou porque o Banco Central do Brasil tratada Macedo como investidor estrangeiro uma vez que ele é baseado em os EUA”, assinalou.

A maior parte da fortuna de Macedo tem origem na Rede Record, a segunda maior emissora do Brasil, adquirida em 1990. “Não está claro como ele conseguiu o financiamento para comprar a empresa: o Ministério Público do Brasil tem sondado a questão há mais de dez anos e produziu relatórios que alegaram que ele usou os fundos da igreja. Macedo se recusou a comentar”.

O império de mídia de Macedo já inclui uma filial Telemundo com sede em Atlanta. Em 2014, Macedo inaugurou uma enorme réplica do Templo de Salomão em São Paulo, com capacidade para 10 mil fiéis. A mega-igreja custou US$ 200 milhões.

Antes de mais nada diga-se que a fé é um negócio mundial. Listas de pastores mais ricos do mundo se multiplicam, sendo lideradas por pastores americanos milionários. A Nigéria produziu cinco deles, todos com patrimônio em centenas de milhões de dólares. Mas bilionário até agora só Macedo.

No Brasil, outros bispos de denominações evangélicas seguem o caminho de Macedo. Valdemiro Santiago, ex-protegido de Macedo e hoje inimigo figadal, criou a Igreja Mundial do Poder de Deus. Seu patrimônio é estimado em US$ 220 milhões. Silas Malafaia criou sua própria igreja, Vitória em Cristo, em 1990. Tem bens na ordem de US$ 150 milhões e arrecada contribuições para reunir US$ 500 milhões para criar uma rede mundial de emissoras evangélicas. O pastor R. (Romildo) R. (Ribeiro) Soares acumula US$ 150 milhões em bens, entre eles um jatinho King Air 350, avaliado em US$ 5 milhões.

 É preciso separar os líderes das igrejas de seu rebanho. Um quarto dos brasileiros se declara evangélico. São mais de 50 milhões de pessoas. A maioria pobres, com pouca escolaridade. Sua fé deve ser respeitada. Há vários estudos que mostram a importância das igrejas evangélicas na melhoria das relações familiares, na redução de vícios e na capacitação e melhoria da força de trabalho. De certa maneira, dedicar-se a uma religião pode mudar vidas desregradas, núcleos familiares conflituosos e estimular o desempenho no trabalho e na criação de negócios. A “teologia da prosperidade” tem fundamento socioeconômico.

A liberdade de escolha de religião é mais sagrada do que o entendimento do papel dela na vida de uma pessoa. Mas, quando os braços de uma determinada religião começam a abarcar causas mais do que terrenas - adquirindo redes de televisão, aviões, patrocinando campanhas e partidos eleitorais, qual deve ser o papel do Estado?

Como o Estado deve acompanhar e fiscalizar o enriquecimento de seus líderes, todos voltando os negócios para meios de comunicação que funcionam como concessão pública? As igrejas gozam de isenção de impostos. Diversas investigações mostram operações de compra de emissoras e de bens com dinheiro vindo de contas do exterior por prepostos de igrejas.

O crescimento do poder midiático levou ao crescimento do poder político. Os evangélicos já têm um dos seus na presidência da Câmara dos Deputados. A questão não é a opção individual religiosa. É sim se o Estado omite-se na formação de um poder político financiado por doações crédulas, mas manipulado por interesses estritamente terrenos.

Fonte Yahoo Notícias - Blog do Plínio Fraga

Nota: Já escrevi diversas vezes neste espaço sobre o assunto (clique aqui e confirme), entretanto não me exausto de falar: o mundo religioso virou comércio e já faz muito tempo. O bispo Macedo pagou a TV Record (hoje, Rede Record) com dinheiro da Igreja Universal. Eu era pastor auxiliar da IURD durante o período da compra e era-nos exigido que solicitássemos ofertas aos membros para esse fim e eu arrecadei muitas ofertas, tanto que fui promovido a pastor de igreja. O discurso apresentado pelo bispo Macedo e pelos pastores (inclusive eu) era que a Rede Record serviria para pregação do evangelho e com programas para a família, algo que nunca aconteceu. Os programas da IURD exibidos na grade da Record são mantidos até hoje através das ofertas dos membros. Ele enganou os pastores que, consequentemente, enganaram os membros.

Gostaria, aqui, de pedir publicamente desculpas aos membros da IURD que doaram ofertas para comprar a TV Record quando eu (Hilton Bastos) solicitei  nas igrejas que pastoreei: município de Santa Rita-MA, dos Bairros São Cristovão e João Paulo, em São Luis-MA.

06 fevereiro 2015

Revoltas Climáticas

Atualmente as mudanças climáticas são um fato indiscutível nos fóruns internacionais. O agravamento das consequências do aquecimento global vem sendo sentido de modo mais acentuado nos últimos anos, por todo o planeta. Além disso, modificam-se ecossistemas que abrigam fauna e flora específica, aumentando as perspectivas de um aceleramento no processo de diminuição da biodiversidade. Este é um fenômeno global, com consequências regionais e locais, que está se disseminando por todo o mundo.

No Brasil, considerado o país como um todo as manifestações das mudanças climáticas se tornam especialmente graves pela abundância de determinados fatores como a água doce e solo cultivável. No entanto, a falta de planejamento e de gestão adequada dos recursos está fazendo com que a população brasileira em diversas áreas se vê enfrentando situações ambientais extremas, ano após ano.

A atual crise está relacionada à falta de água nos grandes centros urbanos, que devido à alta concentração populacional representa um potencial explosivo do ponto de vista social.
Numa época em que a maioria da população desfruta há tempos, das condições básicas de sobrevivência, tendo incorporado em seu cotidiano os benefícios da água limpa e tratada, a interrupção do acesso a esse bem de consumo tende a trazer uma reação emocional intensa.
Esta situação pode levar multidões a se mobilizarem espontaneamente sem uma liderança identificada, em manifestações que podem gerar situações de violência incontroláveis.

A água poderá ser um catalizador de um quadro de insatisfação geral que vai crescendo, com a corrupção, as demissões em massa, o aumento dos impostos, da gasolina, dos alimentos, dos preços de modo geral, entre outros problemas socioeconômicos que são facilmente previsíveis de ocorrerem ao longo deste ano.

Ora, os desdobramentos da atual situação indicam que a intranquilidade social se expressará com mais intensidade em manifestações de rua e tendo como foco as administrações públicas e instâncias políticas como Câmaras de Vereadores. Uma amostra do que poderá ocorrer, foi o que aconteceu no ano passado em Itu/SP, onde o desespero levou às ruas milhares de pessoas sem articulação com qualquer movimento político, estavam simplesmente manifestando sua indignação. A multiplicação desse quadro para as grandes cidades, associado a outros fatores, como os de ordem econômica pode desencadear em uma situação explosiva que nenhum governo quer enfrentar.

Esse cenário de mobilizações e revoltas indignadas contra o poder público incapaz de atender as necessidades básicas de uma população que já estava acostumadas a tê-las aponta para o início de um processo histórico diretamente ligado ao aquecimento global e às mudanças climáticas decorrentes, onde as revoltas climáticas terão um papel de destaque. 

A questão central é que a atual situação foi causada pelos seres humanos e a reversão desse quadro pode ser feita pelos próprios causadores, ou seja, todos nós. Ocorre que para se chegar a uma condição, onde todos participam do processo de controle ambiental, há necessidade da intervenção direta do poder público. Para tanto é necessário ampliar seus canais de comunicação com a população e fundamentalmente, executar programas de educação ambiental em todos os níveis de ensino e para a população de modo geral, com extrema seriedade e comprometer-se com a elevação da participação popular no monitoramento das ações públicas voltadas para uma melhoria da gestão dos recursos ambientais.

Na verdade o encaminhamento da solução não é complicado embora exija determinação do poder público. A dificuldade pode estar na incompetência ou na crença de que tudo se resolverá por si mesmo, como no caso da água e da energia, em que várias autoridades dizem que basta chover, pois sempre foi assim. Não sabem os tolos que o mundo mudou e está em processo acelerado de mais mudanças. Essa triste situação, infelizmente, custará muitas vidas, caso não enfrentem a realidade escancarada às suas portas.

Fonte ClicFolha

Nota: Para entender melhor o tema, pesquise neste blog sobre o Aquecimento Global e ECOmenismo.

06 janeiro 2015

Pessoas religiosas são chamadas de menos inteligentes que ateus em novo estudo provocador - Leia a nota no final

Mais um devaneio ateísta
Pessoas religiosas são menos inteligentes que ateus?

Sim, de acordo com uma nova e provocadora meta-análise de 63 estudos sobre religião e inteligência, que cobriu o século passado. A meta-análise mostrou que, em 53 dos estudos, conduzidos entre 1928 e 2012, houve uma relação inversa entre religiosidade – ter crenças religiosas ou tomar parte em rituais religiosos – e inteligência. Ou seja, na média, os descrentes tiveram melhores notas que os religiosos em testes de inteligência.

Qual seria a explicação para isso?

Os cientistas por trás dos estudos analisados em geral sugerem que “as crenças religiosas são irracionais, não ancoradas na ciência, não testáveis e, portanto, não atraentes para as pessoas inteligentes, que ‘não caem nessa’”.

Mas os pesquisadores que fizeram a nova meta-análise dizem que a resposta é um pouco mais complicada. Eles suspeitam que as pessoas inteligentes possam ter menos “necessidade” de religião.

“A inteligência também pode levar a uma maior capacidade de autocontrole, autoestima, percepção de controle sobre os eventos da vida e relacionamentos de apoio, removendo alguns dos benefícios que a religião oferece”, disse por email ao Huffington Post Jordan Silberman, estudante de mestrado de neuroeconomia na Universidade de Rochester e coautor do estudo.

Os religiosos são tolos, portanto?

“Tenho certeza de que existam pessoas religiosas inteligentes e ateus não inteligentes”, diz Silberman. “Os resultados dizem respeito à inteligência média das pessoas religiosas ou não-religiosas, mas não se aplicam necessariamente a cada pessoa individualmente. Eu não apostaria dinheiro na inteligência de uma pessoa só por saber se ela é religiosa ou não.”

Os pesquisadores reconhecem as limitações da meta-análise. Ela não considerou o tipo de religião, por exemplo, ou o papel que a cultura possa ter na interação entre religiosidade e inteligência.

Além disso, o The Independent aponta que os pesquisadores usaram uma definição estreita do que é inteligência. Na pesquisa, a inteligência é definida como “a capacidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rapidamente e aprender com a experiência.” Isso exclui outras formas de inteligência, como as inteligências emocional e criativa.

A meta-análise foi publicada na revista Personality and Social Psychology Review.

Fonte BrasilPost

Nota: Perceba que a pesquisa parece ter sido direcionada para se obter o resultado esperado, isso fica evidenciado quando não foi considerado "o tipo de religião, por exemplo, ou o papel que a cultura possa ter na interação entre religiosidade e inteligência". Ademais, a informação de que "os pesquisadores usaram uma definição estreita do que é inteligência" é uma pena, pois o resultado poderia ser bem diferente. Pesquisas dessa natureza é realizada e divulgada para forçar a barra e afirmar que ateus são mais inteligentes. Mais um devaneio ateísta. Isso caracteriza má fé e desonestidade científica.

Pastores precisam aprender com ensinamentos do papa, diz juiz

O escritor e juiz federal William Douglas chamou a atenção das lideranças evangélicas para os ensinamentos do Papa Francisco. Em um texto publicado no Facebook, William pediu que os pastores e bispos evangélicos ouçam o pontífice. Francisco enumerou durante encontro de confraternização de Natal com os cardeais 15 doenças que, segundo o Papa, contaminaram parte da Igreja.

Para William Douglas as denúncias que Francisco fez aos vícios da Cúria Romana devem ser observadas pelos líderes evangélicos. O escritor lembrou que durante a Reforma Protestante, há quase 500 anos, foram apontados abusos da Igreja Católica, mas que agora é um Papa que, ao alertar seus cardeais, acabou apontando para problemas presentes também entre os evangélicos.

“Não tiraria uma vírgula para falar aos líderes evangélicos. Obrigado, Francisco! Como existem pastores precisando ouvir sua fala, e observar seus modos”, escreveu William.

Francisco denunciou, entre outras coisas, “a síndrome do acúmulo de bens”, referência que lembra as fortunas que os pastores e bispos brasileiros tem ostentado. Falou da “doença do lucro mundano”, da “rivalidade” e da “gloria vã”. Também fez criticas ao que chamou de “terrorismo das fofocas”, que destrói a reputação das pessoas; a “doença dos covardes”, que falam por trás; e a “daqueles que tratam os chefes como seres divinos para subir na carreira”. O pontífice também citou os que pertencem a grupos fechados mais do que a Cristo ou ao corpo da Igreja.

Bergoglio também aproveitou para fazer um trocadilho, lembrando que ouviu que “os padres são como os aviões, só são notícia quando caem”. “Isso também vale para os ministros evangélicos. Raramente um cristão é notícia salvo quando, humano que é, cai. O outro caso ocorre quando incomoda o reino das trevas e é perseguido”, comentou William.

O escritor também fez um desabafo dizendo que gostaria muito que os pastores fossem como Francisco e que ora para que padres, pastores e bispos ouçam as doenças e que tratem de curá-las.
“Que os pastores evangélicos ouçam sua fala e se comportem como Cristo quer. Que padres e pastores, que conduzem católicos e evangélicos, sejam exemplos em tudo, como quer o Messias que os chamou para a obra, para servir ao Rei e ao Reino”, concluiu William.

Fonte Gospel Prime

Nota: O problema denunciado por Francisco dentro de Roma é antigo. No entanto, quanto ao mundo evangélico, apontado pelo Juiz William Douglas, é relativamente novo (metade do Século XX) e está a crescer assustadoramente. A fé virou produto a ser comercializado, as igrejas viraram lojas e os pastores comerciantes. Mais um sinal que o mundo está caminhando para o seu fim. Mas ainda restará um povo que não dobrará os joelhos a Baal. Lamentavelmente, juiz William, os pastores não ouvirão seu apelo, pois as profecias não falham.

Papa Francisco quer motivar igreja a combater o aquecimento do planeta

O Papa Francisco anunciou uma meta audaciosa para o ano de 2015. O argentino, que é a principal autoridade oficial católica na Terra, se comprometeu a incentivar todos os fieis a lutarem contra o aquecimento global. Ele ainda pretende estender o esforço às outras religiões.

Assim como o santo que inspira o seu nome, o Papa Francisco está disposto a lutar pelo bem dos animais e da natureza, em geral. O compromisso do representante está dividido em três etapas: emitir uma mensagem sobre o aquecimento global a 1,2 bilhão de católicos, fazer um discurso à Assembleia Geral da ONU e convocar uma reunião de cúpula com representantes das principais religiões do mundo.

Conforme informado pelo bispo Marcelo Sorondo, em declaração ao jornal britânico The Guardian, a intenção do Papa é influenciar positivamente a próxima reunião do clima, realizada em Paris neste ano. O encontro deve marcar a conclusão de negociações tensas para um compromisso universal em relação às reduções na emissão de gases de efeito estufa.

Para alcançar os fiéis, o Papa se comprometeu com a criação de um documento, exortando as pessoas a tomarem medidas por razões morais e científicas. O documento será enviado a cinco mil bispos católicos, 400 mil sacerdotes e, assim, será distribuído aos paroquianos.

O encontro com autoridades de outras religiões deve acontecer em uma Assembleia da ONU, que determinará novas metas de combate à pobreza e cuidados ambientais.

Não é de hoje que o Papa se mostra contrário ao modelo econômico mundial, que incentiva o consumo e a riqueza. Durante um evento realizado em outubro de 2014, o católico alertou para o poder que o dinheiro tem tomado. “Um sistema econômico centrado no deus dinheiro precisa que a natureza seja saqueada, para que possa sustentar o ritmo frenético de consumo que lhe é inerente”, disse o Papa.

Ele ainda completou o discurso dizendo que o modelo está carente de ética e apontou o que está errado. “A monopolização de terras, o desamatamento, a apropriação de água, uso inadequado de agrotóxicos são alguns dos males que separam o homem da terra de seu nascimento. As alterações climáticas, a perda da biodiversidade e o desmatamento já estão mostrando seus efeitos devastadores nos grandes cataclismos que assistimos”, alertou.

Fonte Tribuna da Bahia

Nota: Clique aqui e fique por dentro do tema.

Estudiosos apontam para o declínio das religiões e avanço do ateísmo em todo o mundo

Uma tendência mundial que tem chamado a atenção de estudiosos da sociologia e ciências da religião é o número cada vez maior de pessoas que se afastam da religião, e que se declaram abertamente como ateus.

Uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup International, que entrevistou mais de 50 mil pessoas em 57 países, mostra que o número de indivíduos que se dizem religiosos caiu de 77% para 68% entre 2005 e 2011, enquanto o número daqueles que se identificaram como ateus subiu 3%, elevando para 13% a proporção da população sem religião.

– Há muito mais ateus no mundo hoje do que jamais houve, tanto em números absolutos quanto em porcentagem da humanidade – relata Phil Zuckerman, professor de sociologia e estudos seculares no Pitzer College, na Califórnia, e autor de “Living the Secular Life” (“Vivendo uma vida secular”, em tradução livre).

Zuckerman afirma que o capitalismo e o acesso à tecnologia e à educação parecem ter relação direta com o declínio da religiosidade em algumas populações, e ressalta que nações que registram maiores taxas de ateísmo tendem a ser aquelas que oferecem a seus cidadãos uma estabilidade econômica, política e existencial relativamente alta.

Porém, mesmo com a redução do número de religiosos em muitos países, os estudiosos afirmam que “declínio, no entanto, não quer dizer desaparecimento”, como argumenta Ara Norenzayan, psicólogo social da Universidade da Columbia Britânica em Vancouver, no Canadá, e autor de Big Gods (“Grandes Deuses”, em tradução livre).

– Por alguma razão, a religião parece dar um sentido ao sofrimento, muito mais do que qualquer ideal secular – ressalta Norenzayan, que acredita que, mesmo se os problemas do mundo fossem milagrosamente resolvidos e todos nós vivêssemos em paz e igualdade, as religiões ainda estariam entre nós.

De acordo com a BBC, os acadêmicos apontam dois motivos principais pelos quais acreditam que as religiões sempre vão existir, apesar do seu aparente declínio. O primeiro deles é o que a neuropsicologia chama de “buraco na forma de Deus”, uma suposta falha evolucionária que nos torna “vulneráveis” a acreditar em forças intangíveis. Outro fator é que a religião promove coesão e cooperação em grupo, muitas vezes pelo medo ou pela adoração a um ser superior, o que ajudou a manter a ordem em muitas sociedades, o que, segundo os especialistas, ainda colabora para a continuidade da presença de religião em inúmeras culturas.

Fonte Gospel Mais 

Nota: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lucas 18:8).