29 julho 2008

Mulheres-bomba matam 57 pessoas no Iraque

RIO - Três mulheres-bomba mataram pelo menos 57 pessoas e feriram outras 200 quando detonaram explosivos em meio a procissões realizadas por xiitas. Os ataques, um dos mais sangrentos dos últimos meses no Iraque, chamam atenção para a fragilidade dos recentes avanços realizados no país ocupado, onde o número de incidentes violentos está em seu menor patamar desde o início de 2004.

A intensificação dos esforços americanos não são suficientes para conter a violência, mesmo com um forte esquema de segurança montado em virtude do festival religioso.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelas explosões de Bagdá, mas a rede Al Qaeda, organização sunita, já realizou vários atentados contra peregrinos xiitas.
A rede passou a usar um número crescente de mulheres em seus atentados suicidas porque as militantes conseguem escapar com maior facilidade das revistas.

Só este ano, 27 ataques ocorridos no Iraque foram realizados por mulheres, um grande aumento em relação aos oito do ano passado.

Explosões

Os ataques ocorreram em dois locais, no povoado xiita de Karradah. As primeiras bombas explodiram perto do Teatro Nacional, e foram seguidas por um ataque próximo ao alojamento dos peregrinos. Os três bombardeios quase simultâneos intensificaram o clima de insegurança em todo o país.

Ao menos 1 milhão de pessoas deve participar da peregrinação na capital iraquiana, que chega a seu ápice hoje e marca a morte de um dos 12 imãs do islã xiita.

Militares dos EUA disseram que “três agressores suicidas podem ter realizado os ataques na capital”, mas não admitiram que se tratava de mulheres.

No domingo, a polícia disse que homens armados mataram sete peregrinos na zona sul de Bagdá. Ontem, porém, algumas autoridades questionaram esse relato, afirmando não ter tomado ciência de nenhuma agressão do tipo.

Em Kirkuk, imagens de TV mostraram milhares de pessoas protestando contra uma lei eleitoral quando uma explosão provocou uma correria. Os ataques na capital começaram às 7h15, quando as mulheres detonaram as bombas em locais distintos a menos de 1 km de distância umas das outras.

Na cidade, de composição étnica mista, o toque de recolher deve ficar em vigor até hoje.
Os bombardeios em Bagdá deixaram pilhas de destroços e vidros nas ruas, junto com pedaços de carros e sandálias de peregrinos, muitos dos quais haviam dormido em acampamentos antes de saírem de madrugada para começar a marcha anual para um santuário.

Os quartos de emergência dos hospitais ficaram todos lotados.

– Escutei mulheres e crianças chorando e gritando – lamentou Mustapha Abdullah, de 32 anos, que foi ferido na barriga e nas pernas.

Este foi o ataque com o maior número de vítimas na capital desde 17 de junho, quando um caminhão-bomba matou 63 pessoas em Hurriyah.

As forças de segurança do Iraque tinham preparado cerca de 200 mulheres esta semana para investigar as peregrinas em Kazimiyah, mas os ataques ocorreram ainda longe do templo. Havia poucas mulheres para cuidar da segurança da procissão em si.

Xiitas na rota para Kazimiyah têm sido atacados nos últimos anos em áreas do sul de Bagdá. Nenhum grande bombardeio havia sido registrado, embora pelo menos mil pessoas tenham morrido numa ponde da capital no que se acredita ter sido um ataque suicida em 2005.

Desde a queda de Saddam Hussein, que era sunita, em 2003, os partidos políticos xiitas encorajam grandes manifestações, procissões e festivais religiosos na cidade, para exibir a o setor de poder majoritário no Iraque. Os extremistas sunitas sempre organizam ataques para fomentar a guerra, mas isso não impede os xiitas de se reunirem de novo.

Fonte JB Online

Nota: Os terroristas estão fazendo seu papel incumbidos pelo inimigo para que todos os filhos de Deus, homens e mulheres, fiquem impossibilitados de pregar o evangelho durante o período de angústia, realmente a obra irá ser terminada pelas crianças, como proferiu Ellen White.