30 setembro 2010

Abastecimento de água de bilhões está em risco, diz estudo

Represa


Represas não são as soluções ideais, dizem os pesquisadores
Cerca de 80% da população mundial vive em áreas onde o abastecimento de água potável não é assegurado, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature.

Os pesquisadores organizaram um índice com as "ameaças para a água” incluindo itens como escassez e poluição.

Cerca de 3,4 bilhões de pessoas enfrentam as piores ameaças, segundo o estudo. Os pesquisadores dizem que o hábito ocidental de conservar água para suas populações em reservatórios funciona para as pessoas, mas não para a natureza.

Eles recomendam que países em desenvolvimento não sigam o mesmo caminho, mas sim invistam em estratégias de gerenciamento hídrico que mescle infraestrutura com opções “naturais”, como bacias hidrográficas e pântanos.

Mapeamento

Os autores dizem que nas próximas décadas o panorama deve piorar, com o aumento populacional e as mudanças climáticas.

Eles combinaram dados de diferentes ameaças para a confecção do índice.

O resultado é um mapa que indica as ameaças ao fornecimento para a humanidade e para a biodiversidade.
"Olhamos para o fatos de forma fria, analisando o que acontece em relação ao abastecimento de água para as pessoas e o impacto no meio-ambiente da infraestrutura criada para garantir este fornecimento", disse o responsável pelo estudo Charles Vorosmarty, do City College de Nova York.

"O que mapeamos foi um padrão de ameaças em todo o planeta, apesar dos trilhões de dólares gastos em engenharias paliativas", completou, referindo-se a represas, canais e aquedutos usados para assegurar o abastecimento de cidades.

No mapa das ameaças ao abastecimento, boa parte da Europa e América do Norte aparecem em condições ruins.

Mas quando o impacto da infraestrura criada para distribuir e conservar a água é adicionado, as ameaças desaparecem destas regiões, com exceção da África, que parece estar rumando para a direção oposta.
"O problema é que sabemos que uma fatia enorme da população mundial não pode pagar por estes investimentos”, disse Peter McIntyre, da Universidade de Wisconsin, que também participou da pesquisa.
“Na verdade, estes investimentos beneficiam menos de um bilhão de pessoas, o que significa que excluímos a grande maioria da população mundial”, disse ele.

“Mas mesmo em países ricos, esta não é a opção mais inteligente. Poderíamos continuar a construir mais represas ou explorar mais fundo o subterrâneo, mas mesmo se tivermos dinheiro para isso, não é uma saída eficiente em termos de custo”, disse ele.

Críticas

De acordo com esta e outras pesquisas, a forma como a água é tratada no ocidente teve um impacto significativo na natureza.

Atualmente, um conceito defendido por organizações de desenvolvimento é o gerenciamento integrado da água, no qual as necessidades de todos os usuários são levadas em consideração e as particularidades naturais são integradas às soluções criadas pelo homem.

Um exemplo citado é o abastecimento de água da cidade de Nova York, feito por fontes nas montanhas de Catskill. Estas águas historicamente não precisavam de filtragem até a década de 1990, quando a poluição agricultural mudou o cenário.

A solução adotada, um programa de conservação de terras, se provou mais barata do que a alternativa de construção de unidades de tratamento.

A atual análise pode vir a ser contestada por conter elementos relativamente subjetivos, como por exemplo a forma como as diferentes ameaças são pesadas e combinadas.

Mas os pesquisadores a consideram uma base para futuros estudos e calculam que ela possa ser melhorada quando surgirem dados mais precisos, especialmente de regiões como a África.

Eles calculam que os países desenvolvidos e os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), não conseguirão investir em infraestrutura os US$ 800 bilhões que o estudo julga necessários até 2015. O panorama para países em desenvolvimento é mais sombrio.

“Este é um raio-x do mundo há cinco ou dez anos, porque fizemos o estudo com bases nestes dados”, disse McIntyre.

Fonte BBC Brasil

Nota: Veja a palestra As Crises Mundiais e o Fiel Servo de Deus.

Após dois fortes terremotos na costa, Indonésia emite alerta de tsunami

Tremores ocorreram no intervalo de um minuto, segundo agência dos EUA.
Ainda não há informação sobre vítimas ou danos.

A Agência Nacional de Geofísica da Indonésia emitiu um alerta de tsunami na madrugada desta quinta-feira (29), pouco depois de dois fortes terremotos terem atingido a costa do país.

Os tremores ocorreram muito próximos, e em um intervalo de cerca de um minuto, segundo o Serviço Geológico dos EUA.

O primeiro teve magnitude 6,6 e ocorreu às 2h10 locais (14h10 de quarta de Brasília), a uma profundidade de 21,2 km e a 310 km da cidade indonésia de Enarotali.

O segundo teve magnitude 7,2 e aconteceu a uma profundidade de 12,3 km, a 307 km da mesma cidade.

Ainda não há informações sobre vítimas ou danos.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, também americano, disse que os tremores não provocaram alerta de ondas gigantes, mas poderiam causar tsunamis locais nas regiões distantes algumas centenas de quilômetros dos epicentros.

A Indonésia localiza-se no chamado "anel de fogo do Pacífico", região em que ocorrem muitos abalos.

Fonte Portal G1

22 setembro 2010

Tufão mata 13 e 34 desaparecem no sul da China

Fanapi provocou uma das piores chuvas do século no país e já provocou prejuízos de mais de US$ 60 milhões

PEQUIM - Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 34 desapareceram após a passagem do tufão Fanapi pela província de Cantão, sul da China, e somam aos três falecidos e dezenas de feridos na ilha de Taiwan, informou nesta quarta-feira a agência oficial de notícias Xinhua.

Um deslizamento de terras provocado pelo tufão, o 11º que afeta a China este ano na temporada das monções e que está sendo o mais destrutivo, deixou cinco mortos, seis desaparecidos e sete feridos na região de uma represa da cidade de Xinyi, segundo as autoridades locais.

Além disso, 346 casas foram derrubadas nesta cidade e as perdas econômicas na região chegaram a 460 milhões de yuans (US$ 65,5 milhões).

No município de Rupingtang, mais deslizamentos e inundações mataram três pessoas, deixaram 12 soterradas e outras três desaparecidas.

Outras três morreram e oito desapareceram na cidade de Yangchun, onde, além disso, 18.930 pessoas foram desalojadas.

O município de Shuangjiao, em Yangchun, sofreu precipitações de 548,5 milímetros durante sete horas, as piores em 58 anos, de acordo com as autoridades.

Na cidade de Gaozhou, as inundações provocadas pelo Fanapi deixaram dois mortos e cinco desaparecidos.

Outra cidade gravemente afetada é Maoming, onde oito mil moradores foram evacuados devido às inundações.

O Fanapi, que em um dos dialetos da Micronésia significa "pequenas ilhas do atol", está causando as piores chuvas em um século no sul da China, embora na tarde desta terça-feira tenha perdido força até se tornar um sistema de baixas pressões, após ter descarregado 550 milímetros em 24 horas em Yangchun e Shuangyao.

Em Fujian, seis comarcas registraram chuvas superiores a 200 milímetros nas últimas 23 horas, e está previsto que as precipitações continuem nas cidades de Xiamen, Zhangzhou, Quanzhou e Longyan.

A China sofre em 2010 suas piores inundações durante a temporada da monção desde 1998, com mais de três mil mortes e mil desaparecidos.

Fonte O Estadão

21 setembro 2010

Dia Mundial Sem Carro

A ideia é mostrar que é possível se locomover a pé, de ônibus, metrô, bicicleta ou qualquer outro meio de transporte

Amanhã, 22 de setembro, será o Dia Mundial Sem Carro data simbólica na qual cidadãos de todo o mundo são encorajados a passar um dia sem usar o carro. A ideia é mostrar que é possível se locomover a pé, de ônibus, metrô, bicicleta ou qualquer outro meio de transporte.

Em São Paulo, a data é celebrada desde 2005. Não há programação oficial, mas ONGs e ativistas organizam atividades durante o dia. Manifestantes vão, por exemplo, transformar vagas de estacionamento em área de lazer nos Jardins, na zona sul. Ciclistas também participarão de uma bicicletada na Avenida Paulista. A concentração será a partir das 18 horas na Praça do Ciclista. A programação pode ser conferida nos sites www.nossasaopaulo.org.br/portal/semanadamobilidade e http://www.diamundialsemcarro.org/.

Fonte Último Segundo

Nota: A cada ano esse evento consegue mais adeptos. Brevemente isso se tornará universal. E daí para a escolha de um dia por semana para preservar o meio ambiente, é só um passo.

Neves eternas do monte Ararat ameaçadas pelo aquecimento global

ISTAMBUL — As neves eternas do lendário monte Ararat, no leste da Turquia, perderam 30% de sua superfície em três décadas, declarou nesta quarta-feira à AFP o geólogo Mehmet Akif Sarikayaun, que pesquisou a respeito.

"Utilizamos imagens de satélites para analisar a resposta do gelo no topo do monte Ararat ao aquecimento global. Descobrimos que havia perdido 30% de sua superfície entre 1976 e 2008", indicou o cientista, cujo estudo ainda não foi publicado.

"A superfície das neves eternas passou de 8 km² em 1976 para 5,5 km² em 2008, o que significa uma redução de aproximadamente sete hectares por ano", explicou Mehmet Akif Sarikayaun, professor da universidade Fatih de Istambul e pesquisador da universidade americana de Omaha.

De acordo com o geólogo, as mudanças climáticas são a causa mais provável do degelo, e pode ameaçar a existência das neves eternas do monte a longo prazo.

Sarikayaun indicou ainda que a "temperatura aumentou 0,03 graus por ano" na área durante o período estudado. Entretanto, não descartou que outros fatores tenham influenciado no degelo.

O pesquisador reconheceu que não tem elementos para determinar se as causas do aumento da temperatura estão ligadas ou não ao fenômeno do aquecimento global.

Religiões como o judaísmo e o cristianismo acreditam que o monte Ararat (5.137 m) é o local onde a arca de Noé parou depois do dilúvio universal narrado no Antigo Testamento.

Fonte AFP

Na ONU, Ahmadinejad pede ‘nova ordem mundial’

Presidente rejeita capitalismo e busca ‘governo baseado na mentalidade divina’

Após inúmeras provas de tirania como o caso de Sakineh Mohamadi Ashtiani, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu nesta terça-feira o estabelecimento de uma "nova ordem mundial" na próxima década. Em declaração feita em Nova York, por ocasião da Assembleia Geral da ONU, ele rejeitou o capitalismo e defendeu um "governo justo e imparcial, baseado na mentalidade divina".

Segundo um texto do discurso divulgado posteriormente pelas Nações Unidas, Ahmadinejad acusou o capitalismo liberal e as multinacionais de causar o sofrimento de um incontável número de mulheres, homens e crianças no mundo todo. "As estruturas injustas e pouco democráticas das instituições internacionais, políticas e financeiras mundiais estão por trás da maioria das desgraças da humanidade", afirmou.

O presidente pediu a todos, então, que retornassem à “mentalidade divina, a nossa verdadeira natureza, da qual o homem foi criado, e ao governo justo e imparcial". "Agora que a ordem discriminatória do capitalismo e os enfoques hegemônicos afrontam sua derrota e se aproximam do fim, é essencial sustentar relações justas e prósperas", afirmou o líder iraniano em seu discurso na cúpula da ONU.

O discurso do presidente iraniano no plenário da cúpula foi acidentado: em diversas ocasiões, intérpretes das Nações Unidas advertiram que a fala traduzida não condizia com as palavras pronunciadas por Ahmadinejad. Os últimos minutos do discurso do presidente iraniano não contaram com tradução simultânea.

O objetivo da reunião, que se estende até quarta-feira, é revisar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e tentar acelerar o cumprimento dos compromissos em favor do desenvolvimento adotados pela comunidade há dez anos.

Tirania - O caso de Sakineh Mohamadi Ashtiani, condenada à morte no Irã por adultério, é só mais uma das inúmeras provas da tirania do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Combinação de fanático religioso e populista, ele costuma chocar o mundo com suas ameaças verbais e demonstrações de força. Alguns dos principais alvos de sua retórica agressiva são Israel e os Estados Unidos.

Recentemente, Ahmadinejad chegou a dizer que prevê uma ação militar americana contra “pelo menos dois países” do Oriente Médio nos próximos meses. As relações entre seu governo e a Casa Branca são marcadas por momentos de tensão, sobretudo pela insistência de Ahmadinejad dar sequência ao programa nuclear iraniano.

O Irã também provoca os Estados Unidos fornecendo armas e explosivos para ser usados contra as tropas americanas no Iraque. Por fim, confronta as Nações Unidas, que querem que Teerã permita a inspeção internacional em suas instalações nucleares e suspenda o enriquecimento de urânio, material que pode ser usado numa arma nuclear.

Fonte Veja online

Nota: Esse não é só o desejo de Ahmadinejad. Muitos outros líderes mundiais estão fazendo o mesmo apelo, principalmente mediante a tantos problemas que o mundo enfrenta. E podemos ter certeza que a Nova Ordem Mundial estará ligada a alguma "divindade".

16 setembro 2010

Tempos Difíceis

Por Julio Hegedus*

Vive-se uma era de tensão nas economias globais. Depois das incertezas da crise fiscal europeia, nos confrontamos agora com os rumos da economia norte-americana, diante das medidas de estímulo monetário e fiscal perdendo força. Neste cenário, dúvidas surgem se a economia global não estaria experimentando mais um surto recessivo ou mesmo um duplo mergulho (double dip). Esta é a indagação feita por todos os observadores da cena econômica mundial.

Teríamos então o desfecho de uma tese cara a todos, segundo a qual a economia global mergulhou numa terrível seca de crédito, há exatos dois anos, quando da implosão do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA, resultando numa ameaça de risco sistêmico bancário ao redor, com as instituições financeiras carregadas de títulos hipotecários de alto risco (subprime) nas carteiras de ativos se confrontando com o risco de insolvência. Depois das fortes intervenções keynesianas dos vários governos afetados, como Europa, entre os Piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha), Reino Unido, Estados Unidos e Ásia, a situação acabou superada, dado o grande volume de crédito público e medidas fiscais empreendidos.

O mergulho inicial acabou marcado pela retração de 2,4% da economia norte-americana, como podemos observar no gráfico ao fim, depois de um ciclo consistente de forte crescimento na economia global de 5% por dois anos, fruto do 'boom' de crédito experimentado nestes países.

O problema é que, passada a fase mais aguda da crise, os países se recuperaram, mas agora começam a se confrontar com crises fiscais e esgotamento das várias medidas adotadas. Muitos acadêmicos e analistas acreditam que as medidas de estímulo, aprovadas nos EUA, geraram bons resultados, mas já começam a mostrar esgotamento. Na Europa, os rigorosos ajustes fiscais anunciados até deram uma trégua a alguns países, como Irlanda, Portugal e Espanha, bem sucedidos nas rolagens das suas dívidas, mas seus impactos recessivos já começam a ser questionados. Neste contexto, a Grécia ameaça mergulhar numa recessão de queda de 3% neste ano, com o resto dos países empacados na estagnação.

Na "sopa de letrinhas" em que se transformou o debate da comunidade econômica internacional no esforço de explicar a crise, diversas formas já foram tomadas nos vários países envolvidos, uns mais castigados, outros menos, mas sem passar por rigorosos apertos e dificuldades. No início da crise, se falava num formato de "V", com rápido mergulho seguido por uma forte recuperação, se parecendo com o caso brasileiro, já se falou em "U", com a economia mergulhando e demorando um pouco mais para se recuperar. Agora todos falam da letra da vez, o "W", com um mergulho, seguido por recuperação, mediante estímulos, que diante do seu esgotamento, recolocam a economia num outro surto recessivo, sem esquecer o fantasma da deflação, que impacta ainda mais a capacidade de consumo e endividamento dos agentes. Neste caso, poderíamos incluir os EUA, países da zona do euro, sem esquecer o Japão.

Neste último, tem-se o banco central japonês operando as expectativas dos agentes com taxas de juros muito baixas (0,1% anuais), mas sem estimular o consumo, já que, numa "armadilha de liquidez", estes se mostram cautelosos, mantendo a taxa de poupança em patamares elevados. Este cenário já começa a se repetir de novo no país oriental, onde o Bank of Japan já cogita afrouxar ainda mais sua política monetária, diante da queda do iene. Nesta semana, uma primeira iniciativa foi tomada, com uma forte intervenção no mercado de divisas, através da venda forte de ienes, totalizando mais de ¥ 1 trilhão no dia 15/09. Com isto, o iene voltou a se depreciar fortemente.

Este receio de estagnação no longo prazo é observado também na economia norte-americana, onde a taxa de poupança, historicamente negativa, vem se mantendo em patamares elevados, em torno de 5% do PIB. Lembremos que o motor do EUA passa pelo consumo privado, representando mais de 70% da economia. Sem ele, a economia não anda.

Diante dos receios de desemprego alto e mercado imobiliário inerte - vendas de imóveis usados e novos confirmaram isto, com recuo de 27% e 12,4% em julho, respectivamente -, além do receio de mais endividamento, as famílias norte-americanas, mais cautelosas, optam por adiar o consumo.
Neste contexto, será que, em vez de um duplo mergulho, não teríamos a economia norte-americana embarcando numa letra sob a forma de "L", um mergulho sem fôlego para retomar?

Nas pesquisas, o risco de uma recessão nos EUA já se encontra em torno de 60% de probabilidade, com a Europa não escapando, derrapando numa suave recessão no primeiro semestre de 2011, com recuo de até 0,5 ponto porcentual no seu PIB.

Por outro lado, há os que acreditam numa recuperação gradual e errática, e não numa recessão. Por outro lado, a sensação dos mercados é de recessão. Bank of America Merrill Lynch, por exemplo, até já usou a expressão de "crescimento recessivo". Para os mais otimistas, o viés é de crescimento baixo por um longo período, com a economia dificilmente passando de 2,5% ao ano. Nos EUA, com o desemprego próximo a 10% da PEA, o consumo não engrena, pelo receio de se perder o emprego.

Diante destas indagações, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, e Barack Obama, presidente dos EUA, vêm se comprometendo, caso seja necessário, a adotarem novas medidas, mesmo que "não convencionais", ou, nas palavras de Bernanke, para "oferecer acomodação monetária adicional" e estimular a economia neste ano e nos próximos. Não enxerga-se, por enquanto, risco de deflação, com a economia devendo crescer pouco neste ano, mas ganhando impulso no ano que vem.

Na verdade, o Fed possui alguns instrumentos como: compra de títulos de longo prazo, em troca da injeção de liquidez na economia; juros de curto prazo, mantidos baixos por um longo período; e redução dos juros paga aos bancos. Esta última acabou descartada, por ver o problema não nos bancos, mas na pouca disposição dos agentes em voltar a consumir. Lembremos que, nestas operações de compra de ativos, o Fed já mobilizou US$ 1,7 trilhão até março passado.
Na divulgação do PIB, revisado no segundo trimestre, observamos uma economia norte-americana desacelerando. O crescimento acabou revisado para baixo, de 2,4% para 1,6%, mesmo que acima do esperado pelo mercado (1,3%), com o consumo crescendo mais que o esperado (2% contra 1,9%) e a inflação ao consumo estável (PCE), depois de acumular 2,1% no 1º trimestre.

Isto pode confirmar a possibilidade de deflação na economia norte-americana, corroborando seu fraco desempenho. No gráfico abaixo, observamos o forte impulso do PIB de lá gerado pelas medidas de estímulo, e a perda de dinamismo diante do esgotamento destas. Começa-se a se formar a figura do duplo mergulho...

Reforçando esta tese, há dúvidas sobre a capacidade de a economia norte-americana voltar a crescer com mais força em 2011. Outra dúvida diz respeito à inevitabilidade de deflação nos próximos meses. Estudo recente de dois acadêmicos norte-americanos - James Stock (Harvard) e Mark Watson (Princeton) - corrobora isto. Estima-se que haverá deflação em 2011, em função do excesso de capacidade produtiva, com o núcleo do PCE, medida preferida do Fed, podendo recuar 0,8 ponto porcentual até o segundo trimestre do ano que vem, contra 1,5% anual neste segundo trimestre (estimativa).

Tendo-se que as estimativas do Fed se encontram entre 1,5% e 2,0%, com a inflação recuando abaixo disto, próxima a zero, uma luz vermelha estaria acesa para a autoridade monetária norte-americana. Neste estudo, baseado em sete episódios de recessão desde 1960, chegou-se a conclusão que, depois das recessões. a inflação sempre acabava caindo no momento seguinte, com exceção de 2004, quando o Fed manteve a taxa de juros baixa e a inflação em queda, mesmo diante de uma retomada saudável da economia.

Isto dito, concluímos que existem muito mais dúvidas do que certezas sobre o desempenho da economia norte-americana nos próximos anos. Medidas de estímulo foram adotadas, mas serão eficazes para tirá-la da inércia? É neste mar de dúvidas que os mercados ao redor do mundo vêm mantendo uma postura defensiva nas últimas semanas. Realmente, vivemos tempos difíceis.

Fonte Abril.com

Nota: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis..." II Timóteo 3:1.

Os cultos atuais mostram a cegueira dos corações

Por: A. W. Tozer

A Transcendência Divina

Quando falamos da transcendência de Deus, queremos dizer naturalmente que Ele é exaltado muito acima do universo criado, tão acima que o pensamento humano não pode concebê-lo.

A fim de poder pensar acertadamente a esse respeito, temos de ter em mente que "muito acima" não se refere à distância física da terra, mas à qualidade de existência. Não nos preocupamos com a localização no espaço nem com a altitude, mas com a vida.

Deus é espírito, e para Ele a magnitude e a distância nada significam. Nós as utilizamos como analogias e ilustrações, e assim Deus Se refere constantemente a estas palavras quando fala à nossa limitada compreensão. As palavras de Deus em Isaías: "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade", nos dão uma impressão distinta de altitude, mas isso é porque nós que habitamos num mundo de matéria, espaço e tempo, temos a tendência de pensar em termos materiais e só compreendemos as ideias abstratas quando elas se identificam de alguma forma com coisas materiais. Em sua luta para libertar-se da tirania do mundo natural, o coração humano precisa aprender a traduzir a linguagem que o Espírito usa para nos instruir, traduzir de forma ascendente.

É o espírito que dá significado à matéria e separado do espírito nada tem valor, afinal. Uma criancinha se afasta dum grupo de acampantes e se perde numa montanha, imediatamente toda a perspectiva dos membros do grupo se transforma. Toda a admiração que momentos antes eles estavam demonstrando pela natureza dá lugar ao desespero pela perda da criança. O grupo se espalha pela montanha, chamando o nome da criança e procurando ansiosamente em todo canto remoto onde a pequenina pudesse esconder-se.
O que causou essa mudança súbita? A montanha coberta de árvores belas ainda se levanta até as nuvens com sua beleza arrebatadora, mas ninguém mais a nota. Toda a atenção se focaliza na busca duma meninazinha de cachos loiros, que não tem nem dois anos e que pesa menos de quinze quilos. Embora tão nova e tão pequenina, ela é para os seus pais e amigos é mais preciosa do que toda a antiga e imensa montanha que admiravam poucos minutos antes. E todo o mundo civilizado concorda com o seu ponto de vista, pois a meninazinha pode amar e rir, falar e orar, e a montanha não. É a qualidade da existência da criança que lhe confere valor.

Não devemos, porém, comparar a existência de Deus com outra qualquer, como há pouco comparamos a montanha com a criança. Nem devemos pensar em Deus como o mais elevado numa ordem crescente de seres, começando duma única célula e passando do peixe à ave, ao animal, ao homem, ao anjo ou querubim, e chegando afinal até Deus. Isso daria a Deus eminência, e até mesmo preeminência, mas não basta. Precisamos dar-lhe transcendência, no sentido mais amplo da palavra. Deus está sempre à parte, em Sua luz inatingível. Está tão acima de um arcanjo [anjo] quanto duma lagarta, pois o abismo que separa o arcanjo [anjo] da lagarta é finito, enquanto o abismo que separa Deus e o arcanjo [anjo] é infinito. A lagarta e o arcanjo [anjo], embora muito distantes um do outro na escala das coisas criadas, mesmo assim estão unidos pelo fato de terem sido ambos criados. Os dois pertencem à categoria daquilo que não-é-Deus e estão separados dEle pela própria infinitude.

Dentro do coração que quer falar a Deus, lutam sempre a compulsão e a reticência.
Como ousarão os mortais pecaminosos
Cantar a Tua graça e Tua glória?
Sob os Teus pés prostramo-nos, distantes,
E vemos só as sombras da Tua face.
ISAAC WATTS

Nós nos consolamos, no entanto, com a ideia de que é Deus que coloca em nossos corações o desejo de buscá-lO, tornando possível conhecê-lO em parte, e Ele se agrada do mais frágil esforço para torná-lO conhecido.

Se algum observador ou santo que tivesse passado séculos ao lado do mar de fogo descesse à terra [exemplo Moisés, Enoque, Elias], como seria sem significado para ele a tagarelice incessante dos homens. Como lhe seriam estranhas e como pareceriam vazias as palavras triviais, áridas e inúteis que hoje se ouvem na maioria dos púlpitos todas as semanas. E se esse alguém fosse falar aqui na terra, não falaria sem dúvida de Deus, fascinando os seus ouvintes com as descrições extasiadas da Divindade? E depois de ouvi-lo, será que consentiríamos novamente em aceitar qualquer coisa inferior à teologia, a doutrina de Deus? Não exigiríamos depois de tal experiência, que nos falassem tão-somente da visão do próprio Deus ou então que se calassem totalmente?

Ao ver a transgressão do ímpio, o coração do salmista lhe revelou o que acontecera. "Não há temor de Deus diante dos seus olhos". Ao dizer isso, ele expôs a psicologia do pecado. Quando os homens deixam de temer a Deus, transgridem as Suas leis sem hesitação. O medo das conseqüências não detém o pecado quando desaparece o temor de Deus.

Nos tempos antigos era dito que os homens de fé "andaram no temor de Deus" e "serviam ao Senhor com temor". Por mais íntima que fosse a sua comunhão com Deus, por mais ousadas fossem as suas orações, sua vida religiosa apoiava-se no conceito de um Deus aterrador. Essa concepção de um Deus excelso desenvolve-se através de toda a Bíblia e dá tonalidade e cor ao caráter dos santos. Esse temor a Deus era mais que um medo natural do perigo; tratava-se de um temor irracional, um sentimento agudo de insuficiência pessoal na presença do Deus Todo-Poderoso.

Em todas as ocasiões em que Deus aparece aos homens nos tempos bíblicos os resultados foram os mesmos — uma sensação esmagadora de terror e espanto, um sentimento opressivo de pecado e culpa. Quando Deus falou, Abraão se lançou ao chão para escutar. Quando Moisés ouviu o Senhor na sarça ardente, escondeu o rosto temeroso para não vê-lo. A visão que Isaías teve de Deus, fê-lo exclamar: "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros".

O encontro de Daniel com Deus foi talvez o mais terrível e maravilhoso de todos. O profeta levantou os olhos e viu Aquele cujo "corpo era como o berilo, o seu rosto como um relâmpago, os seus olhos como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido, e a voz das suas palavras como estrondo de muita gente. Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram, não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam. Fiquei, pois, eu só, e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e ouvindo-a, caí sem sentido, rosto em terra" (Daniel 10:6-9).

Estas experiências demonstram que uma visão da transcendência divina acaba com toda a controvérsia entre o homem e o seu Deus. O homem perde toda a sua valentia e no final está pronto a perguntar brandamente como Saulo, depois de vencido: "Senhor, que queres que eu faça?" Em contraste, a autoconfiança da maioria dos cristãos de hoje, a frivolidade básica que se faz presente em tantas das nossas reuniões religiosas, o chocante desrespeito à Pessoa de Deus, evidenciam claramente a profunda cegueira dos corações. Muitos se chamam pelo nome de Cristo, falam muito a respeito de Deus, e por vezes oram a Ele; mas evidentemente não sabem Quem Ele é. "O temor do Senhor é fonte de vida", mas esse temor santo não é quase encontrado hoje entre os cristãos.

Certa vez, ao conversar com o seu amigo Eckermann, o poeta Goethe começou a falar de religião e mencionou o abuso do nome de Deus. "As pessoas O tratam, como se o Ser Altíssimo e Incompreensível, que se encontra além do alcance do pensamento, pudesse comparar-Se a elas. Como contrário, não fariam referências ao "querido Deus, bondoso Deus, Senhor Deus" [Contudo, Ele nos permite chamá-lo de Pai]. Estas expressões se tornam, principalmente para o clero, que as tem continuamente em sua boca, simples palavras, nome estéril ao qual significado algum é atribuído. Se estivessem realmente impressionados com a Sua grandeza, emudeceriam, e, em demonstração de reverência, evitariam nomeá-lO."

Senhor supremo, entronizado na amplidão,
Fulgura a Tua luz no sol e nas estrelas.
És Tu o centro, és Tu a alma das esferas,
No entanto, quão próximo do amoroso coração.
Senhor de toda vida, nas alturas e na terra,
Cuja luz é verdade, cujo fogo é amor,
Ante o Teu trono que a tudo ilumina,
Não temes de pedir que haja brilho em nós

Fonte Josemar Bessa

Nota: Apesar de toda a grandeza Ele se importa com cada um de nós - isso é Amor.

"Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo." Isaías 40:17

"Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos." Isaías 57:15

"Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido." Salmos 34:18

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16

Hoje os cultos religiosos se transformaram em uma forma barata de manifestação humana. O que se vê é um desrespeito generalizado para com a Grandeza de Deus. São muitos aqueles que falam do que não entendem, pregam a respeito de coisas que não compreendem (ou se compreendem, o fazem de propósito, pois são mercenários e pagarão por suas ações lastimáveis). Fazem de Deus e de Sua Palavra meros coadjuvantes em seus discursos para levar milhares ao êxtase e depois extrair deles gordas ofertas. Fazem das "bênçãos de Deus" objetos de negócio. Isso realmente é uma demonstração de cegueira espiritual que contagiou muitos líderes religiosos da atualidade. Mas eles pagarão por isso se não se arrependerem de seus pecados.

Resgate de mineiros no Chile pode demorar menos do que o previsto

Os responsáveis pelas operações informaram nesta quinta-feira que falta escavar pouco mais de 200 metros para chegar até o local onde os trabalhadores estão isolados

Soterrados desde 5 de agosto, os 33 trabalhadores da Mina de San José, no Chile, podem ser resgatados antes do previsto pelas autoridades chilenas. Os responsáveis pelas operações informaram nesta quinta-feira (16) que falta escavar pouco mais de 200 metros para chegar até o local onde os mineiros estão isolados. Os trabalhadores estão a 700 metros de profundidade. O trabalho conjunto de duas máquinas perfuradoras acelerou a escavação.

As máquinas Strata 950 e T-130, que têm potências diferentes, estão acionadas de forma ininterrupta. O terceiro equipamento, usado em petrolíferas, deve ser acionado ainda nesta quinta. Os técnicos concluíram na quarta-feira (15) a construção de uma plataforma própria que sustente o uso desta última máquina.

As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. Na semana passada, uma das máquinas parou por problemas técnicos, gerando angústia, temor e revolta entre trabalhadores soterrados e as famílias.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, designou o ministro da Saúde para acalmar os parentes e os mineiros. Porém, ele manteve a previsão inicial de resgaste em três a quatro meses. As autoridades pensaram até em usar dinamites para acelerar as operações. A proposta era entrar por uma chaminé, usando o explosivo. Mas a alternativa foi descartada por causa do risco de novos desabamentos.

Em um mês e 11 dias que estão soterrados, os mineiros transformaram o local onde estão em uma verdadeira comunidade com tarefas bem divididas – limpeza, alimentação, saúde, comunicação e segurança. Foram gravados dois vídeos que as autoridades chilenas divulgaram, nos quais os trabalhadores mostram o cotidiano deles e mandam mensagens para as famílias.

Com ajuda da Agência Espacial dos Estados Unidos (a Nasa), as autoridades chilenas mantêm os mineiros sob rigoroso monitoramento. A preocupação maior é com a saúde física e mental deles. Alguns trabalhadores apresentaram depressão.

Fonte Abril.com

Nota: A Igreja Adventista do Sétimo Dia começou uma corrente de oração pelos mineiros no Chile através do tuitaço, realizado na última semana. O objetivo era pedi a Deus que o tempo de resgate fosse reduzido. Esta notícia nos mostra o quanto Deus ouve as orações de Seus filhos. Obrigado Senhor! Vamos continuar orando, pois Deus tem maravilhas para fazer em favor de Seus filhos.

09 setembro 2010

Pastor diz que desistiu de queimar exemplares do Alcorão nos EUA

Polêmica manifestação estava marcada para 11 de setembro na Flórida.
Jones diz ter feito acordo para deter construção de mesquita no Marco Zero.

O pastor evangélico norte-americano Terry Jones anunciou nesta quinta-feira (9) que desistiu do ato público em que cerca de 200 exemplares do Alcorão, livro sagrado do Islã, seriam queimados no próximo sábado na cidade de Gainesville, na Flórida.

Em entrevista diante de sua igreja, o reverendo afirmou que sua decisão segue-se a um acordo negociado com líderes islâmicos americanos, que inclui que não sejam mais construídos uma mesquita e de um centro cultural islâmico previstos para o Marco Zero de Nova York, local dos ataques terroristas de 11 de Setembro.

Os responsáveis pela obra, no entanto, disseram que não há acordo nenhum para a mudança do lugar da construção.

O recuo de Jones ocorre após grande pressão internacional contra o ato que, segundo ele, tinha o objetivo de protestar contra o radicalismo islâmico e sua crescente influência na agenda política americana.

O anúncio da queima dos livros gerou protestos do governo americano, de governos estrangeiros e de várias entidades.

O governo dos EUA chegou a emitir nesta quinta-feira um alerta sobre risco de atentados em represália ao protesto. A Interpol também advertiu sobre possíveis ataques.

Mais cedo, o próprio presidente dos EUA, Barack Obama, havia apelado para que Jones desistisse do protesto. Para o democrata, ele serviria de estímulo para que terroristas recrutassem militantes.

Fonte Portal G1

Nota: Graças a Deus! Pois Ele ouviu as orações de muitos cristãos!

08 setembro 2010

Igreja na Europa, renova o teu empenho na salvaguarda da Criação

A 1 de Setembro, cerca de 50 delegados das Conferências Episcopais Europeias provenientes de mais de dezena e meia de países partimos da Basílica de Esztergom, na Hungria, para uma peregrinação de esperança para toda a Criação, tendo como destino o Santuário de Mariazell, na Áustria, passando pela Eslováquia, onde fomos acolhidos pelo Arcebispo de Bratislava, D. Stanislav Zvolenský. A iniciativa foi inspirada pela Mensagem do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Paz de 2010, com o título: “Se queres cultivar a paz, protege a Criação”.

A ideia de uma peregrinação foi escolhida por constituir uma acção que simboliza o caminho de reflexão, formação e conversão, caminho este que se torna necessário se a humanidade deseja afrontar as muitas dimensões do desafio ambiental. Uma peregrinação é tanto expressão de fé como empenho de mudança. Por isso, esta peregrinação começou com uma bênção e aspersão pelo Cardeal Péter Erdö, para nos recordar que, no baptismo, através desse dom fundamental de Deus que é a água, nos tornamos parte da Igreja, também ela peregrina.

Dedicamos uma particular atenção ao tema da água, um elemento da Criação rico de significados bíblicos e sacramentais. A decisão de realizarmos parte da peregrinação de barco ao longo do magnífico rio Danúbio –o rio europeu que atravessa o maior número de países- pretendeu exprimir a nossa preocupação de que, nas palavras de Bento XVI, “o açambarcamento dos recursos, especialmente da água, pode provocar graves conflitos entre as populações envolvidas. Um acordo pacífico sobre o uso dos recursos pode salvaguardar a natureza e, simultaneamente, o bem-estar das sociedades interessadas” (CV 51). Os delegados dedicaram uma particular atenção à iniciativa ecuménica conjunta do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), já subscrita por algumas Conferências Episcopais católicas da Europa, intitulada “Declaração Ecuménica sobre a Água como Direito Humano e Bem Público”. É que a água, que simboliza também o elemento fundamental e condividido da fé, está a tornar-se um recurso escasso para muitos seres humanos.

Prestamos também particular atenção ao problema da energia e à necessidade de se poupar, sempre que possível. Sublinhou-se a importância do recurso às fontes renováveis, tais como a eólica, a solar, os biocombustíveis, a biomassa, as mini-hídricas (“small-hydro”), as tecnologias que aproveitam as marés e ondas marítimas e outros combustíveis não fósseis. Concordou-se que é necessário afrontar seriamente a problemática dos resíduos, quer através da prevenção e da reciclagem, quer pelo encorajamento de tecnologias dedicadas a esse sector. Entretanto, sublinhou-se a necessidade de uma valorização completa e rigorosa do impacto ambiental surgido directa ou indirectamente de tais tecnologias de reciclagem.

É fundamental uma conversão da mente e do coração mediante uma educação que conduza à mudança nos modelos de comportamento habituais e socialmente consolidados. Como sublinhou o Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, no seu discurso aos delegados da peregrinação, a tradição bíblica ressalta a unidade interna e a lógica da Criação, obedecendo a uma sabedoria, transmitida pelo Criador, que lhe garante beleza e equilíbrio. Tal como a Palavra de Deus faz com que o «caos» se faça «cosmos», do mesmo modo, o cosmos, sem a Palavra de Deus, pode conduzir-nos aos caos. Esta persuasão encontra eco na própria etimologia da palavra «ecologia», que contém a ideia de velar por uma boa ordem na «oikos», na casa comum, na nossa habitação terrestre. Quanto tudo está conforme a esta ordem, existe beleza. Quando esta ordem se rompe ou perturba pelo egoísmo e pelo pecado, a beleza é ameaçada. Este tema é posto em evidência por Bento XVI na “Caritas in veritate”, quando afirma que a natureza “fala-nos do Criador (cfr. Rom 1, 20) e do seu amor pela humanidade. (…) Por conseguinte, também ela é uma «vocação”. A natureza está à nossa disposição, portanto, não como «um monte de lixo espalhado ao acaso», mas como um dom do Criador que traçou os seus ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem há-de retirar as devidas orientações para a «guardar e cultivar» (Gn 2, 15)” (n. 48). A mensagem fundamental que esta peregrinação pretende lançar é que a bondade, a beleza e a fecundidade da Criação constituem a primeira vocação do homem, vocação que lhe é confiada na responsabilidade.

Na esperança de inspirar um renovado empenho moral e espiritual na questão ecológica, os delegados fixaram a atenção no rico património de valores contidos na tradição bíblica, patrística e teológica, assimilado pela razão e proposto à humanidade pela Doutrina Social da Igreja. Estes valores geram os seguintes princípios fundamentais:

•empenho no bem comum universal, reconhecendo que o bem de cada um de nós depende também do bem-estar de todos os outros;
•afirmação do destino universal dos bens da terra, recusando todas as tentativas de monopolizar, limitar ou comercializar os bens que Deus deu a todos e dos quais cada pessoa depende na sua própria existência física;
•a subsidiariedade, tendo presente que são determinantes para o futuro do ambiente global as iniciativas de nível local que envolvam as famílias, as paróquias e as escolas;
•a solidariedade, incluindo a disponibilidade para sacrificar os rápidos e fáceis ganhos pessoais em benefício dos outros, em particular dos pobres e dos indefesos;
•a justiça distributiva, para que aqueles que menos poluem, como os pobres e os em vias de desenvolvimento, não continuem a ser os mais tocados e feridos pelas graves consequências da crise ambiental;
•a justiça inter-geracional, agindo agora com prudência e precaução para não colocar em risco a própria existência das gerações futuras;
•o «livro da natureza» é uno e indivisível. O respeito por uma «ecologia humana» está integralmente interligado com o respeito pela Criação.
Formulamos um apelo aos jovens, às famílias, às comunidades paroquiais, aos mosteiros e conventos, às escolas, aos seminários e às universidades para que renovem o seu empenho na vocação de velar por esta nossa comum casa terrena, encorajando a difusão, o estudo e actuação destes princípios que oferecem uma orientação clara e portadora de esperança para a humanidade.

Em particular, apelamos à oração e a acções comuns com outras Igrejas e comunidades eclesiais cristãs, como fizemos nós numa oração ecuménica em St. Pölten, que constituiu parte integrante desta peregrinação. Encorajamos, ainda, calorosamente, as Igrejas locais a participarem na iniciativa «Tempo para a Criação» (“Creation Time”), lançada em 2007 pela III Assembleia Ecuménica Europeia, realizada em Sibiu, na Roménia, que recomenda que o período entre 1 de Setembro e 4 de Outubro –memória litúrgica de São Francisco de Assis- seja dedicado a orações e iniciativas sobre este tema da Criação, como já fazem algumas Igrejas e Conferências Episcopais.

Encorajamos também um amplo diálogo com a comunidade política e no interior desta, cujo benefício, aliás, nós próprios experimentamos no decurso desta peregrinação.

Ao realizarmos esta peregrinação de esperança pela Criação, tomamos consciência de que, de algum modo, também nós repetimos e reproduzimos a viagem de disponibilidade e de alegria da Virgem Maria quando atravessou rios e montanhas para proclamar o acontecimento da Nova Criação à sua prima Santa Isabel. Estamos conscientes de que, com aquela viagem, Maria se tornou imagem da Igreja futura, a Igreja peregrina que porta no seu seio a esperança do mundo através dos vales e das montanhas da história humana. Ao concluir a nossa peregrinação, à imitação da Virgem Maria e sob a guia orante do Cardeal Christoph Schönborn, trazemos a este belo Santuário alpino de Mariazell a nossa esperança de uma nova compreensão das “grandes coisas” que o Senhor fez para nós no dom imenso da Criação e da necessidade de dizer um novo “sim” à nossa vocação primordial. Da mesma forma que iniciamos a nossa peregrinação ecológica no coração da Europa, na belíssima Basílica da Anunciação de Esztergom, e a concluímos no santuário da Natividade de Nossa Senhora de Mariazell, assim desejamos, ao longo da nossa peregrinação na terra, continuar a levar a esperança escatológica da Igreja, já que “lá onde ela estiver”, toda a Criação a seguirá.

Fonte Agência Ecclesia

Nota: Antes de tudo quero afirmar que devemos proteger o meio ambiente; a Criação de Deus deve ser respeitada e protegida. Contudo, não devemos esquecer que essa proteção deve ser feita, como muitas vezes já escrevi neste espaço, sem ofender a Lei de Deus contida no Êxodo, capítulo 20.

Sugiro que essa notícia acima seja vista dentro contexto do ECOmenismo e Aquecimento Global

Igreja da Flórida reafirma plano de queimar Alcorão

Uma pequena igreja da Flórida, nos Estados Unidos, mostrou-se intransigente aos apelos internacionais e reafirmou que pretende queimar cerca de 200 exemplares do Alcorão. Diversos funcionários locais faziam planos para tentar impedir a manifestação. Apesar da condenação internacional liderada por funcionários dos EUA, militares e líderes religiosos, a igreja disse que o evento para queimar o livro sagrado islâmico ocorrerá no aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001.

"No momento, nós sentimos que essa mensagem é importante. Nós ainda estamos determinados a fazê-la, sim", disse hoje o pastor Terry Jones, em entrevista à emissora CBS. Ele afirmou que a mensagem de sua igreja era alvo do islamismo radical. "Nós queremos que eles saibam que, se estão na América, eles precisam obedecer à lei e à Constituição, e não sobrepor sua agenda gradualmente sobre nós."

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, denunciou o plano como "infame". Funcionários da pequena cidade universitária de Gainesville, de pouco mais de 120 mil habitantes, encontraram-se hoje para se preparar para o ato, que deve mobilizar policiais e bombeiros no sábado.

Um porta-voz da prefeitura disse que os membros da igreja violarão o código que proíbe fogo ao ar livre. A punição prevista para isso é uma multa de US$ 250. No entanto, o porta-voz disse que não está fora de questão prender os manifestantes. O evento da obscura igreja evangélica, que declara ter apenas 50 membros, gerou atenção para a calma cidade situada no centro-norte da Flórida.

As Nações Unidas condenaram hoje a ideia da igreja, advertindo que civis e funcionários humanitários no Afeganistão podem ser mortos, caso o Alcorão seja queimado. A chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Catherine Ashton, também condenou os planos, enquanto o chefe da Liga Árabe, Amr Mussa, disse que Jones era um "fanático".

A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou a iniciativa como "ignominiosa" e "simplesmente errada". O presidente libanês, Michel Suleiman, também condenou a ideia. As informações são da Dow Jones.

Fonte O Estadão

Nota: Uma atitude dessa natureza só causará mais atentados terroristas, bem como, endurecer o coração dos mulçumanos para a mensagem cristã contida na Bíblia. A referida igreja está tentando combater o erro cometendo outro erro, essa é uma atitude anti-cristã que está sendo realizada por uma igreja que se auto-denomina cristã.

Nós estamos realmente vivendo em uma época que os verdadeiros princípios bíblicos têm sido deixado de lado para ser exaltado o desejo humano. Essa atitude demonstra desejo por vingança, algo extremamente condenado por Cristo.

Nós, cristãos, devemos levantar a nossa voz em protesto contra uma atitude como essa que só demonstra desrespeito para com a fé de um povo, embora alguns dentre eles possam agir de forma que não aprovamos, mas mesmo assim não podemos corroborar uma ideia tão repugnante como esta empreendida pela Igreja da Flórida.

Esse é o princípio bíblico.

Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos.
Romanos 12:17 (NVI)

Quem procura o bem será respeitado; já o mal vai de encontro a quem o busca.
Provérbios 11:27 (NVI)

03 setembro 2010

2010 e os terremotos... Mais um... Terremoto de 7,2 graus atinge ilha da Nova Zelândia

Um terremoto de 7,2 graus de magnitude na escala Richter atingiu hoje a ilha sul da Nova Zelândia. O sismo ocorreu, pelo horário local, já no sábado, às 4h35 da madrugada, informou o Centro de Geologia dos Estados Unidos (USGS na sigla em inglês). Ainda não há informações sobre possíveis prejuízos e mortes. Conforme a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), não há alerta de tsunami.

Segundo o instituto, o epicentro do tremor localiza-se 30 quilômetros ao noroeste de Christchurch, a maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia, e a 298 quilômetros ao sudoeste de Wellington, a capital neozelandesa. O epicentro teve profundidade de 16,1 quilômetros.




01 setembro 2010

Carvalhos de Justiça

A história do Grande Conflito e de como ela mudou a vida de um ex-pastor neopentecostal

Há alguns anos fui incentivado a escrever um livro contando o meu testemunho, bem como, aquilo que tenho apresentado em várias palestras nas igrejas que tenho sido convidado. Bem, o livro está concluído. Estou em busca agora de uma editora que possa publicá-lo.

Nos últimos meses estive bastante envolvido nesse projeto, quase não tive tempo de postar neste blog, como vocês puderam perceber. Ainda estou trabalhando, correndo atrás de uma editora, bem como, cuidando dos últimos detalhes que envolvem a publicação de um livro.

Gostaria de pedir oração a todos vocês que acessam este blog, para que Deus possa abençoar esse projeto.

Os meus primeiros agradecimentos são a Deus, pois sem o auxílio do Espírito Santo não poderia realizar esse sonho.

Nesse projeto recebi ajuda e incentivo de vários irmãos que desejo também prestar meus agradecimentos: Daniel de Oliveira Silva, Michelson Borges, Nivaldo dos Santos Costa, Pr. Kerlon Wolff e a todos os irmãos das Igrejas Adventistas em Anajatuba-MA.

“Hitler do clima” muda de ideia e quer lutar contra o aquecimento global

Um dos mais famosos questionadores do aquecimento global, o dinamarquês Bjorn Lomborg, afirmou na terça-feira (31) ao jornal britânico “Guardian” que mudou de ideia e vai lutar contra a mudança climática a partir de agora, segundo informações da “Folha de São Paulo”. Lomborg, que é estatístico e costumava diminuir a importância do tema, resolveu lançar um livro no próximo mês pedindo uma verba de cerca de US$ 100 milhões para combate ao aquecimento global.

Na obra, ele, que ficou conhecido como "Hitler do Clima" pelas suas opiniões, e economistas analisarão as ações contra a mudança climática e farão sugestões de investimentos em energia limpa, segundo informações do jornal.

Lomborg disse ao “Guardian” que sempre aceitou a existência do efeito humano na questão, porém mostrava na sua obra “O Ambientalista Cético” e nas suas palestras que controlar o aquecimento global tinha um custo muito alto. Agora, ele pensa que o importante é saber onde se deve gastar dinheiro para tentar diminuir o problema, ainda de acordo com a “Folha”.

Fonte Abril