Bush assina lei que autoriza escutas nos EUAWASHINGTON - O presidente americano George W. Bush disse nesta quinta-feira, 10, que a nova lei de escutas ajuda o serviço secreto a proteger os cidadãos e previne o país de novos atentados terroristas. Em declarações na Casa Branca, em uma cerimônia para promulgar a medida, Bush qualificou o projeto como "vital" para os esforços da inteligência em vigiar de maneira "rápida e efetiva" a comunicação dos terroristas no exterior.
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O líder americano falou após o Senado aprovar na quarta-feira a reforma de uma lei de espionagem que concede imunidade às empresas de telecomunicações que colaboram com o governo em seus esforços de identificar suspeitos de terrorismo através de escutas telefônicas.
Entre outros elementos, o projeto autoriza os grampos sem permissão judicial nas redes de telecomunicação dos Estados Unidos, seja para investigar americanos ou estrangeiros.
Dessa forma, os EUA reformam a chamada "Lei de Supervisão de Dados da Inteligência sobre Estrangeiros" (FISA), de 1978, que ainda não incluía as novas tecnologias como telefones celulares e internet.
Bush acrescentou que uma das lições mais importantes que aprendeu no governo após os atentados de 11 de setembro foi que os serviços de inteligência não dispunham dos instrumentos necessários para vigiar a comunicação de suspeitos de terrorismo no exterior.
Os atentados de 11 de setembro mudaram os EUA "para sempre", indicou Bush, que disse ainda que neste momento se deu conta de que "os violentos extremistas não medem esforços para matar."
"Levando isso em conta, não imaginávamos que estaríamos hoje aqui, sete anos depois, sem nenhum outro atentado em solo americano", completou.
O projeto foi discutido de modo acalorado no Congresso durante meses. A aprovação foi uma grande vitória para o governo impopular de Bush, que conseguiu sucesso no Congresso quando foram debatidos temas de segurança nacional e espionagem.
A União Americana de Liberdades Civis (ACLU) declarou que a lei "dá ao governo um cheque em branco para interceptar sem autorização judicial as comunicações internacionais de americanos inocentes". Antes da sanção presidencial, a ACLU informou que contestaria a medida nos tribunais.
Fonte O Estadão
Nota: Sempre ações desta natureza vêm como sendo benéficas para a população. Mas já conhecemos os resultados. A liberdade individual está correndo sério perigo.