09 julho 2008
Rumores de Guerra de Todos os Lados
Rice diz que míssil do Irã "mostra que a ameaça não é imaginária"
Sófia, 9 jul (EFE).- A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, advertiu hoje, em Sófia, que o teste de um novo míssil pelo Irã "mostra que a ameaça do regime de Teerã não é imaginária".
A chefe da diplomacia dos Estados Unidos fez essa declaração em entrevista coletiva, após se reunir com o ministro das Relações Exteriores búlgaro, Ivaylo Kalfin, com quem discutiu a situação atual nos Bálcãs, especialmente a do Kosovo, assim como diversos projetos no setor da energia.
Rice disse que, na reunião, não havia sido abordado o assunto do polêmico sistema Nacional de Defesa contra Mísseis que os EUA querem construir no Leste Europeu, e para o qual foi assinado um acordo ontem, em Praga, para que Washington possa instalar um radar na República Tcheca.
"No entanto, o teste de míssil realizado hoje pelo Irã é uma demonstração de que a ameaça do regime em Teerã não é imaginária", disse a secretária americana.
O Irã anunciou hoje que testou "com sucesso" o novo míssil Shahab-3, de 2.000 quilômetros de alcance, durante as manobras que unidades navais e aéreas do corpo da Guarda Revolucionária fazem no Golfo Pérsico.
Nesta terça-feira, em Praga, Rice disse que o escudo antimísseis "é um pilar não só para a segurança dos EUA e da República Tcheca, mas também da Otan e, em último lugar, de toda a comunidade internacional, porque enfrentamos grandes ameaças. A proliferação de mísseis balísticos não é uma ameaça imaginária".
Sobre a reação russa de rejeição ao acordo entre EUA e República Tcheca para instalar o radar, Rice disse que "a má reação da Rússia era esperada".
"Esperamos que um dia a Rússia se dê conta das ameaças de forma real e que também são dirigidas contra ela", acrescentou.
A secretária de Estado chegou hoje a Sófia, procedente de Praga, para uma visita oficial de seis horas, antes de continuar viagem para Tbilisi (Geórgia). EFE
Fonte Yahoo Brasil Notícias
Irão testou míssil com alcance para atingir Israel
EPA A nova versão do míssil de longo alcance foi baptizada de “Shahab3”, o que significa “Grande Profeta 3”
O Irão lançou nove mísseis de médio e longo alcance no âmbito de um exercício militar no deserto do Golfo Pérsico. Os Estados Unidos e a Alemanha já vieram condenar os lançamentos.
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Com uma abrangência de dois mil quilómetros e a convencional tonelada de peso, o míssil pode atingir Israel, de acordo com a televisão nacional Al-Alam, que transmitiu o lançamento.
Além de Israel, também a Turquia, o Afeganistão, o Paquistão e a Península Arábica ficam dentro sob a alçada do míssil.
O exercício “demonstra a nossa vontade e poder contra inimigos que na últimas semanas ameaçaram o Irão com linguagem agressiva”, referiu o comandante dos Guardas da Revolução, corpo de elite do regime, Brigadeiro General Hossein Salami, citado pela televisão iraniana.
Os exercícios militares foram realizados no deserto junto ao Estreito de Ormuz, por onde passa 40 por cento do petróleo mundial.
O comandante das Forças Aéreas acrescentou diz que o objectivo dos testes é mostrar que o país está pronto para defender a “integridade da nação”.
Além da nova versão do míssil de longo alcance foram também testados mísseis Zelzal, com 400 quilómetros de amplitude, e Fateh, com uma abrangência de 170 quilómetros.
“Os nossos mísseis estão prontos para disparar em qualquer local e qualquer momento, com rapidez e eficácia”, disse ainda Salami, que garantiu ter sob mira alvos inimigos como os Estados Unidos e países seus aliados.
Uma referência a um eventual ataque às instalações nucleares iranianas que teria sido ensaiado em Junho pelo exército israelita. Este ensaio poderá ser interpretado como um aviso a Israel.
Ontem, o presidente do Irão classificava de “piada divertida” o cenário de um ataque israelita ao seu país. “Garanto-vos que não haverá qualquer guerra no futuro”, disse Mahmoud Ahmadinejad.
Os responsáveis pelo regime iraniano têm tecido comentários contraditórios relativamente a um alegado conflito com Israel e os Estados Unidos. Um conselheiro do Líder Supremo iraniano afirmava, também ontem, que qualquer ataque militar no Irão iria ter repercussões na cidade israelita de Tel Aviv. “A nossa diplomacia baseia-se em negociações”, disse por outro lado um oficial superior.
Comunidade internacional condena exercício militar
O Irão deve “abster-se de realizar mais testes a mísseis se querem verdadeiramente conquistar a confiança do mundo”, comentou o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe, que classifica o ensaio de “total inconsistência” perante as “obrigações do Irão para com o mundo”.
“O regime iraniano só aumenta o isolamento do povo iraniano da comunidade internacional quando desenvolve este tipo de actividade”, acrescentou. O porta-voz da Casa Branca para a Segurança Nacional declarou ainda que “a produção de mísseis balísticos pelo Irão constitui uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
Também a Alemanha criticou o teste promovido pelo regime de Teerão. “Soubemos com inquietude que o Irão testou mísseis de longo e médio alcance no Golfo Pérsico”, confirmou um porta-voz do Executivo alemão.
Thomas Steg lamentou que os gestos de “boa vontade” do Ocidente fossem recebidos no Irão com lançamentos de mísseis. Apelou ainda que fosse interrompida “qualquer tentativa de intimidação”.
Os líderes do G8 apelaram ao Irão para “suspender qualquer actividade de enriquecimento de urânio”, dando como contrapartida propostas que abrangem áreas tão amplas como a política, a agricultura, a parceria energética, o ambiente e a aviação civil.
O negociador da comunidade internacional (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China) para esta questão é Javier Solana. Para as negociações terem início, o que poderá acontecer nos próximos dias, será necessário que Teerão interrompa qualquer actividade no seu programa nuclear.
O regime iraniano garante que o seu programa nuclear tem como único objectivo a produção de electricidade.
Rússia estuda medidas de retaliação a sistema anti-missil na Europa
Para prevenir eventuais ataques iranianos, a República Checa e os Estados Unidos assinaram ontem o documento final para a construção do escudo de defesa anti-missil. Este documento ainda vai ser ratificada pelo parlamento checo.
O sistema tem vários componentes, um dos mais importantes é o radar que detecta mísseis inimigos. Este ficará localizado nos arredores de Praga.
A Rússia opõe-se à construção do escudo de defesa por considerar que perturba a segurança no continente europeu. O presidente Medvedev afirmou que “a Rússia não vai entregar-se à histeria, mas reflectirá em medidas de retaliação”.
Raquel Ramalho Lopes
Fonte RTP
Nota: Será que resta alguma dúvida que estamos vivendo nos últimos dias deste planeta? O Tempo do Fim já terminou, estamos no Fim do Tempo.