19 junho 2015

O cumprimento de Apocalipse 13 está a caminho

As profecias contidas no capítulo 13 de Apocalipse têm sido aguardada com muita ansiedade por todos aqueles que estão a esperar a segunda vinda de Cristo. Apesar que a metade do capítulo já se cumpriu durante a Idade Média (clique aqui e saiba mais), ainda falta a outra metade (A Besta que Emerge da Terra) para se cumprir. É precisamente sobre esse último tema que iremos tratar neste breve artigo.

Ontem (18/06/2015), o Papa Francisco publicou sua primeira Encíclica com o título Laudato Si [1] (‘Louvado sejas’, em português). O tema central abordado pelo pontífice foi o Meio Ambiente e o dever de todo cristão em protegê-lo. Certamente, é dever de todo aquele que acredita na existência de um Criador Inteligente por trás da natureza fazer o que estiver ao seu alcance para defender toda a criação das ameaças ecológicas.

O Erro de Francisco

O problema no discurso de Francisco, como bem identificou Michelson Borges, é "confundir deliberadamente o sábado com o domingo"[2,] para fazer, deste último, o dia de proteção ao meio ambiente e incutir na mente das pessoas a observância do domingo, como sendo uma orientação divina. Não existe um só linha em toda a Bíblia que autorize a mudança do sábado para o domingo. O sábado foi o dia instituído por Deus para o descanso semanal, sendo este dia, o sábado, escolhido para celebração da criação dos céus e da Terra. "Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército. Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera" Gênesis 2:1-3.

No livro de Êxodo, Moisés escreveu assim: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-11.

Portanto, a ordem de Deus é guardar o sábado e não o domingo. Todavia, a ICAR transferiu o dia de descanso para o domingo sem nenhuma autorização escriturística com base na Palavra de Deus[3], a Bíblia. Por esse motivo, ela vem apoiando a evolução teísta, que defende a criação através de processos evolutivos, onde os dias literais de Gênesis 1 representam períodos de milhões de anos, na visão deles. Dessa forma, a semana da criação que culmina com o sábado como dia de descanso cai por Terra. Entretanto, a evolução teísta "é péssima ciência somada com péssima teologia e filosofia"[4].

Obama e o Erro de Francisco

Barak Obama apoiou as palavras de Francisco contidas na Encíclica Papal[5]: "Congratulo-me com Sua Santidade o papa Francisco pela encíclica, e admiro profundamente a decisão do papa em tratar sobre o tema – de forma clara, poderosa e com a autoridade moral completa de sua posição – pela ação com respeito à mudança climática global. Como o papa Francisco tão eloquentemente afirmou nesta manhã [ontem], temos uma profunda responsabilidade de proteger nossos filhos e os filhos dos nossos filhos dos impactos nocivos das alterações climáticas" [...] "Acredito que os Estados Unidos devem ser um líder nesse esforço, e que por isso estou comprometido a tomar ações ousadas no país e no exterior para reduzir a poluição por carbono, para ampliar a energia limpa e a eficiência energética, para garantir a resistência em comunidades vulneráveis e para encorajar a gestão responsável dos nossos recursos naturais." [...] "minha esperança que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre o chamado do papa Francisco a se unirem para cuidar de nossa casa comum."

Com esse pronunciamento, Obama demonstra apoio total às palavras de Francisco e promete empenho para que, não só os EUA, mas todo o mundo siga a orientação do Pontífice. Portanto, o cumprimento de Apocalipse 13, segunda parte, começou. Quando irá chegar ao clímax? Não sabemos. O que devemos fazer é aproveitar o tempo de graça que ainda temos e pregar, pregar e pregar.

O que fazer?

Precisamos ser cautelosos com nossos irmãos mais débeis, para que não tomem medidas extremas. Peço a todos os líderes que tomem cuidado ao tratar deste assunto com a igreja. Nada de sensacionalismos. Ela precisa saber? Sim, precisa. Contudo, necessitamos de sabedoria e bom senso para fazer esse trabalho.

Lembre-se: Deus ainda está no controle deste mundo e nada acontecerá com seus filhos que se mantiverem firmes. Horas difíceis nos aguardam, mas a proteção de Cristo e seus anjos está garantida. Se temos Cristo, temos tudo. A quem temeremos? Ninguém!!!

Os dias que estão diante de nós foi aguardado por todos os pioneiros desta igreja. Temos o dever de buscar em Cristo ajuda e sabedoria para cumprirmos nossa parte na profecia como Igreja de Deus e povo escolhido do Senhor, e muito em breve estaremos em festa nas mansões celestiais.

Que nos abençoe!!!

Hilton Bastos

Referências:


[1] http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html

[2] http://www.criacionismo.com.br/2015/06/laudato-si-e-o-erro-do-papa-francisco.html

[3] The Catholic Mirror 23 de Setembro de 1893 publicado pelo Cardeal James Gibbons

[4] http://www.criacionismo.com.br/2013/03/declaracao-de-um-cientista-criacionista.html

[5] https://www.whitehouse.gov/the-press-office/2015/06/18/statement-president-pope-francis%E2%80%99s-encyclical

Obama elogia atitude do papa e apela aos líderes mundiais

Apoiador do papa
A propósito da divulgação da encíclica papal Laudato Si, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, publicou a seguinte nota no site oficial da Casa Branca:
“Congratulo-me com Sua Santidade o papa Francisco pela encíclica, e admiro profundamente a decisão do papa em tratar sobre o tema – de forma clara, poderosa e com a autoridade moral completa de sua posição – pela ação com respeito à mudança climática global. Como o papa Francisco tão eloquentemente afirmou nesta manhã [ontem], temos uma profunda responsabilidade de proteger nossos filhos e os filhos dos nossos filhos dos impactos nocivos das alterações climáticas. Acredito que os Estados Unidos devem ser um líder nesse esforço, e que por isso estou comprometido a tomar ações ousadas no país e no exterior para reduzir a poluição por carbono, para ampliar a energia limpa e a eficiência energética, para garantir a resistência em comunidades vulneráveis e para encorajar a gestão responsável dos nossos recursos naturais. Temos também que proteger os pobres no mundo, que têm feito o mínimo para contribuir com esta crise iminente e são os que mais estão perdendo. Estou ansioso para discutir essas questões com o papa Francisco quando ele visitar a Casa Branca em setembro. E enquanto nos preparamos para as negociações climáticas globais em Paris, em dezembro, é minha esperança que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre o chamado do papa Francisco a se unirem para cuidar de nossa casa comum.”

Nota: É muito interessante ver esses dois poderes – o Vaticano (papa) e os EUA – liderando os esforços para salvar o mundo das consequências do aquecimento global. E mais interessante ainda é ver o presidente dos EUA sugerindo que “o mundo inteiro se maravilhe” diante de Francisco... (está na hora de darmos atenção redobrada ao capítulo 13 do livro do Apocalipse). [MB]

18 junho 2015

A Encíclica do Papa Francisco, o Domingo, o Sábado e o Meio Ambiente

Apoio e admiração totais
Hoje pela manhã, o papa Francisco saudou seus mais de seis milhões de seguidores no Twitter com a seguinte conclamação: “Convido a todos para fazer uma pausa para pensar sobre os desafios que enfrentamos em relação aos cuidados com a nossa casa comum.” Pouco mais de uma hora depois, outro tweet foi divulgado: “A cultura do descartável de hoje apela a um novo estilo de vida.” Sempre com a hashtag #LaudatoSi, que, na verdade, é o título da encíclica que o Vaticano divulgará oficialmente hoje. Conforme destacaram Bruno Calixto e Marina Ribeiro, em artigo publicado ontem no site da revista Época, hoje um bispo católico, um ortodoxo e um cientista ateu sentarão juntos na Sala do Sínodo, no Vaticano, e apresentarão aos jornalistas a primeira encíclica escrita exclusivamente pelo papa Francisco. “A escolha das pessoas que apresentarão o documento não é aleatória. O papa quer que sua encíclica – uma carta de ensinamento aos católicos – ultrapasse as fronteiras do catolicismo, chegue às ‘pessoas de boa vontade’ e influencie as decisões internacionais sobre o meio ambiente e o clima. A encíclica de Francisco, que empresta do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis seu título Laudato Si (‘Louvado sejas’, em português), fala especificamente sobre o impacto do homem no meio ambiente – ou na ‘Criação’ – e mostra como os homens podem viver em harmonia com a natureza, de acordo com a moral e a ética da Igreja.”

Obviamente que é louvável a iniciativa de um líder religioso como o papa de encabeçar um movimento ecológico com o objetivo de proteger a Terra da degradação que ela vem sofrendo ao longo dos anos. É evidente que os religiosos podem e devem dar sua parcela de contribuição para criar uma mentalidade de cuidado com a criação de Deus. O problema são as motivações, os argumentos, os objetivos e os erros por trás de todo esse discurso ecológico.

Não quero aqui me deter na ideia de que o ser humano seja o verdadeiro culpado pelo aquecimento global. Há cientistas que, embora não neguem esse aquecimento, não creem que a causa dele seja antropogênica. Poderíamos estar atravessando um novo ciclo de calor; a causa poderia ser outra, como a atividade solar; ou mesmo, como escreveu Ellen White, no livro O Grande Conflito, páginas 589 e 590: “[Satanás] estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. [...] Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...] Essas visitações devem se tornar mais e mais frequentes e desastrosas. [...] E então o grande enganador persuadirá as pessoas de que os que servem a Deus estão motivando esses males. [...] Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que esse pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta.”

E é exatamente sobre isso que eu quero falar aqui. Quero me deter num erro típico do romanismo, presente na encíclica Laudato Si: o erro de confundir deliberadamente o sábado com o domingo.

No capítulo II, seção 71 (a encíclica está disponível aqui), referindo-se à destruição do mundo por um dilúvio no tempo de Noé e sua posterior restauração, Francisco escreveu: “A tradição bíblica estabelece claramente que esta reabilitação implica a redescoberta e o respeito dos ritmos inscritos na natureza pela mão do Criador. Isto está patente, por exemplo, na lei do Shabbath. No sétimo dia, Deus descansou de todas as suas obras. Deus ordenou a Israel que cada sétimo dia devia ser celebrado como um dia de descanso, um Shabbath (cf. Gn 2, 2-3; Ex 16, 23; 20, 10).”

É bom deixar claro logo de início que, ao contrário do que afirma o papa, o sábado não foi dado a Israel apenas. Na verdade, o sábado foi dado à humanidade, no Éden, quando havia apenas um casal sobre a Terra (Gn 2:2, 3), e Jesus confirma isso ao dizer que o “sábado foi feito por causa do homem” (Mc 2:27), não do judeu ou de qualquer outro povo.

Embora cite o mandamento do sábado conforme está na Bíblia, no capítulo VI, seção 237 da encíclica, Francisco se permite reinterpretar o mandamento:

“A participação na Eucaristia é especialmente importante ao domingo. Este dia, à semelhança do sábado judaico, é-nos oferecido como dia de cura das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da Ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, que tem as suas primícias na humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de toda a realidade criada. Além disso, este dia anuncia ‘o descanso eterno do homem, em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do repouso e da festa. [...] A lei do repouso semanal impunha abster-se do trabalho no sétimo dia, ‘para que descansem o teu boi e o teu jumento e tomem fôlego o filho da tua serva e o estrangeiro residente’ (Ex 23, 12). O repouso é uma ampliação do olhar, que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana inteira e encoraja-nos a assumir o cuidado da natureza e dos pobres.”

Conforme observou Filipe Reis, de Portugal, “não precisamos de muito esforço para perceber que o papa confunde o Shabbat bíblico do sétimo dia com o domingo, primeiro dia da semana, atribuindo a este a importância e solenidade que, biblicamente, apenas o sábado do sétimo dia possui. Ou seja, a validade do sábado do sétimo dia parece ter sido mudada para o domingo, primeiro dia da semana”.

Curiosa e e contraditoriamente, na secção 68 do capítulo II, Francisco escreve, citando os Salmos:

“‘Ele [ndr: Deus] deu uma ordem e tudo foi criado; Ele fixou tudo pelos séculos sem fim e estabeleceu leis a que não se pode fugir!’ (Sl 148, 5b-6).” O papa está correto aqui. Não podemos fugir das leis de Deus, muito menos alterá-las. O sábado faz parte dessa lei e é tão eterno que continuará sendo observado na Nova Terra (Is 66:23). Daniel 7:25, escrito cerca de 500 anos antes de Cristo, previu que no futuro haveria um poder religioso que se atreveria a mudar os tempos e a lei de Deus. A profecia, pra variar, estava corretíssima...

Por favor, tome algum tempo para assistir ao vídeo abaixo. Creio que lhe será muito esclarecedor e o situará devidamente nessa controvérsia entre o sábado e o domingo, que só tende a aumentar daqui para a frente.

Em seu artigo na revista Época, Bruno Calixto e Marina Ribeiro captaram com precisão a intenção do papa com essa encíclica: “Francisco escolheu com cuidado o momento da publicação e de seu ativismo ambiental. Em setembro, a Assembleia Geral da ONU se reunirá para aprovar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele pessoalmente discursará em Nova York. Depois, em novembro, haverá a Conferência do Clima em Paris, onde se espera que governos assinem um acordo global contra as mudanças climáticas. Segundo o secretário-geral do WWF-Brasil, Carlos Nomoto, o papa poderá desempenhar um papel importante nessas reuniões internacionais, aumentando a pressão para que governos enfim assumam compromissos nas negociações climáticas.”

Para Eduardo Felipe Matias, autor de A Humanidade Contra as Cordas: A luta da sociedade global pela sustentabilidade, as questões ambientais exigem a mobilização de todos os atores da sociedade, não apenas governos (num programa da rádio CBN, dois jornalistas também falam sobre isso). “Os efeitos que a encíclica papal pode ter sobre a comunidade internacional e sobre os católicos seriam ampliados se outras instituições religiosas se somassem a esse esforço. Não iremos alcançar um mundo mais sustentável sem mudar radicalmente a mentalidade das pessoas, e as diferentes religiões podem contribuir para essa mudança”, diz.

Felipe resume bem um assunto sobre o qual tenho falado em meu blog há quase dez anos: o ECOmenismo. Trata-se de um movimento de união de esforços que extrapola os limites das religiões e tem o potencial de coligar religiosos, místicos, cientistas, ativistas, ateus e outros grupos.

Estamos vivendo dias solenes. Deus nos ajude a estar firmados na verdade bíblica, cumprindo nosso papel, assim como o papa e outros estão cumprindo o deles.

Michelson Borges

Nota: Faça uma pesquisa neste blog utilizando a palavra ECOmenismo e descubra mais sobre o assunto.

16 junho 2015

Encíclica papal trata da “lei do descanso semanal”

Recado aos líderes mundiais
Na próxima quinta-feira, o papa Francisco vai divulgar oficialmente sua encíclica ECOmênica (tão aguardada) intitulada Laudato Si que, segundo ele, é direcionada a toda a humanidade, não apenas ao seu rebanho católico (confira). Nesse documento oficial, o papa faz propostas de contenção do aquecimento global e sugere que ele sirva de base para reflexão por parte dos líderes mundiais aos quais falará em setembro, na sede da ONU. O amigo Filipe Reis, de Portugal, traduziu algumas partes interessantes de uma versão preliminar da encíclica (aliás, veja que interessante o print do jornal Washington Examiner, abaixo, em que Francisco e Ben Carson aparecem na mesma página, algo que eu já havia destacado aqui). As partes traduzidas por Filipe são relacionadas com o domingo como dia de repouso. Leia os trechos a seguir, extraídos do capítulo 237 de Laudato Si:
“O domingo, a participação na Eucaristia tem importância especial. Esse dia, bem como o sábado hebraico, oferece-se como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, cujo primeiro fruto é a humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de todo o mundo criado. Além disso, esse dia anuncia ‘o repouso eterno do homem em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do descanso e da celebração.
“O ser humano tende a reduzir o repouso contemplativo ao âmbito do inútil e estéril, esquecendo que assim lhe retira da obra realizada a coisa mais importante: o seu significado. Somos chamados a incluir no nosso trabalho uma dimensão confortável e gratuita, que é diferente de uma simples inatividade. Trata-se de uma outra forma de atuar que faz parte da nossa essência. Dessa forma, a ação humana é preservada não só de um ativismo vazio, mas também da ganância desenfreada e do isolamento de consciência que leva a procurar exclusivamente o benefício exclusivo.
A lei do descanso semanal requer abster-se de trabalho no sétimo dia, para que ‘descansem o teu boi e o teu jumento, e respirem o filho de tua escrava e o estrangeiro’ (Êxodo 23:12). O repouso é um vislumbre alargado que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim, o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, espalha a sua luz por toda a semana, e nos encoraja a cuidar de nossa natureza e dos pobres.”
Como era de se esperar, o papa apresenta o domingo como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo e com a natureza, reforçando a dimensão ecológica do domingo. E o iguala ao sábado hebraico, como se a bênção que Deus atribuiu ao verdadeiro sétimo dia pudesse ser estendida a outro dia da semana. Para o papa, o domingo é o “primeiro dia da nova criação”, deixando de lado o último dia da criação (na qual Bergoglio não crê, pois considera Adão e Eva mitológicos), memorial da verdadeira criação divina. Assim, o que o papa faz (à semelhança do que fez João Paulo II) é se apropriar de conceitos relacionados ao sábado e reaplicá-los ao domingo.

Aguardemos o lançamento oficial da encíclica, na quinta-feira, e os desdobramentos do estudo e da divulgação desse documento. [MB]

Fonte: Criacionismo.com.br