Os 21 glaciares que ainda existem nos Pirenéus terão todos desaparecido antes de 2050, antecipa um estudo de investigadores espanhóis da Universidade de Cantábria, da Universidade Autónoma de Madrid e de Valladolid.
“A subida progressiva da temperatura – um total de 0,9 graus Célsius de 1890 à actualidade – confirma que os glaciares nos Pirenéus terão desaparecido antes de 2050”, explica o trabalho publicado na revista “The Holocene”.
Os investigadores analisaram o estado actual dos glaciares nos Pirenéus, Picos da Europa e Serra Nevada e observaram a evolução climática desde a Pequena Idade do Gelo (de 1300 a 1860) até ao período actual, explicava ontem o “El Mundo” online.
A investigação conclui que a rapidez com que se deu o degelo ocasionou o desaparecimento de todos os glaciares pequenos e entre 50 a 60 por cento da superfície dos maiores. Entre 1880 e 1980 desapareceram 94 glaciares ibéricos e desde os anos 80 até agora outros 17 também deixaram de existir.
Juan José González Trueba, coordenador do estudo, alerta que “as altas montanhas são zonas especialmente sensíveis às alterações climáticas e ambientais. A evolução dos glaciares é um dos indicadores mais eficientes que mostra o sobre-aquecimento global que estamos a viver”.