12 setembro 2008

As Duas Repúblicas

The Two Republics é um grande livro para quem gosta de história e profecia. Escrito por Alonzo T. Jones em 1892 mostra o surgimento e a história de dois importantes poderes cujas participações serão decisivas nos eventos finais: a Igreja Romana e os EUA.Nesse livro é mencionado, entre outras coisas, que em 1863 foi organizada nos EUA a Liga de Reforma Nacional, um movimento de líderes cristãos cujo objetivo seria "lutar pela manutenção das características cristãs existentes no Governo Americano; promover reformas necessárias na ação do Governo no que diz respeito ao sábado [leia-se domingo], à instituição da família, ao elemento religioso na educação, ao juramento e à moralidade pública quando afetada pelo tráfico de bebidas alcoólicas e outros males análogos; e assegurar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos tal qual nela se venha a declarar a lealdade da nação a Jesus Cristo, e a sua aceitação das leis, instituições e costumes cristãos de nosso Governo sobre uma inegável base legal inserida na lei fundamental do país" (p. 705).

Em 1877 a Liga de Reforma Nacional uniu-se à Liga de Temperança das Mulheres Cristãs, cujo objetivo foi bem expresso em um discurso da Sra. Francis Willard, então presidente da Liga: "A Liga de Temperança das Mulheres Cristãs local, estadual, nacional e universal se inspira num pensamento vivo e orgânico, num objetivo que faz perder de vista todos os demais, num entusiasmo imorredouro, a saber, que Cristo deve ser o Rei deste mundo. O reino de Cristo tem de ser estabelecido na lei, entrando pela porta da política" (p. 735). Em 1884, o órgão oficial da Liga de Reforma Nacional, The Christian Statesman, publicou um artigo onde afirmava: "Dê-se a entender aa todo o mundo que constituimos uma nação cristã e que, por acreditarmos não poder subsistir sem o cristianismo, nos vemos na contingência de conservar por todos os meios o nosso caráter cristão. Inscreva-se isto no pavilhão de nossa Constituição... Obrigue-se a todos que vierem ter em nosso país a obedecer às leis da moral cristã" (p. 722). No final do mesmo ano, outro artigo declarava: "Se a Igreja Católica estiver disposta a agir de comum acordo conosco nesta luta contra o ateísmo político, do melhor grado a reconheceremos como nossa aliada" (p. 727).

Em fevereiro de 1885, na Convenção da Liga de Reforma Nacional, em New York, o Dr. Jonathan Edwards, vice-presidente, declarou: "Queremos uma união de Igreja e Estado e havemos de tê-la. Até onde os negócios do Estado necessitam de religião, esta deve ser a religião revelada de Cristo. O juramento cristão e a moral cristã devem ter neste país uma base legal iniludível" (p. 723).Em janeiro de 1887, um dos secretários distritais da Liga de Reforma Nacional, o Rev. M. A. Gault, afirmou: "O nosso remédio contra todas as influências perniciosas está em decretar o Governo a Lei Moral e reconhecer a autoridade de Deus que está por detrás desta, deitando mão a toda a religião que se não conformar com a mesma" (p. 723).

Ainda naquele mesmo ano, outro movimento se uniu à Liga de Reforma Nacional para engrossar as fileiras daqueles que queriam o fim da separação entre Igreja e Estado nos EUA no século XIX: o Partido Proibicionista (p. 741).

No ano seguinte, 1888, a Liga de Reforma Nacional uniu-se a um terceiro movimento: a American Sabbath Union (Liga Americana do Sábado), cujo principal objetivo era promover a observância obrigatória do domingo nos EUA (p. 744). Numa Convenção em 1889, a Liga de Reforma Nacional, juntamente com o Partido Proibicionista e a Liga de Temperança das Mulheres Cristãs declararam: "Se me derdes uma igreja unida que reconheça que o Senhor Jesus Cristo, e só Ele, é rei; e que pense, fale, pregue, ore, e vote em Seu nome; então virá a vitória, e os reinos deste mundo se tornarão reinos de Deus e de Seu Cristo. E então, quando isso acontecer, virá o milênio" (p. 743).
NOTA: Como pode-se perceber, os protestantes favoráveis à união de Igreja e Estado nos EUA (a maioria, portanto), só não alcançaram seu propósito final já no século XIX porque Deus não permitiu. Isso porque o evangelho, e a pregação do sábado do sétimo dia como verdadeiro sinal entre Deus e o Seu povo, deveriam de ser anunciados ainda nos quatro cantos da Terra. Porém, mais de um século depois o contexto é outro, não faltando quase nada que impeça o desencadeamento da crise final a partir dos EUA (leia-se Lei Dominical). Você está preparado?