Bento XVI regressou este Domingo ao tema da laicidade, durante um encontro com os Bispos católicos de França, no Santuário de Lourdes. Numa análise às questões internas e externas da Igreja no país, o Papa retomou alguns pontos da reflexão que apresentara no primeiro dia de visita, aquando da passagem pelo Eliseu.
Segundo Bento XVI, a Igreja não reivindica "o lugar do Estado” nem quer substitui-lo, assegurando que o Vaticano tem todo o desejo de respeitar a “originalidade da situação francesa”.
Neste contexto, contudo, não deixou de lembrar as raízes cristãs da França, as quais “permitem a cada habitante do país compreender melhor de onde vem e para onde vai”.
Neste contexto, contudo, não deixou de lembrar as raízes cristãs da França, as quais “permitem a cada habitante do país compreender melhor de onde vem e para onde vai”.
“No quadro institucional existente e no maior respeito pelas leis em vigor, é preciso encontrar um novo caminho para interpretar e viver no quotidiano os valores fundamentais sobre os quais se construiu a identidade da nação” francesa, acrescentou Bento XVI. [Foi assim que tudo começou]
O Papa lembrou aos Bispos que foi o próprio presidente Sarkozy quem “evocou essa possibilidade”.
“Uma sã colaboração entre a comunidade política e a Igreja, realizada na consciência e no respeito da independência e da autonomia de cada um no seu próprio domínio, é um serviço prestado ao homem”, afirmou. [A alegação de ser um bem ao homem é que levará a perseguição a outros]
Na passada Sexta-feira, Bento XVI advogara a necessidade de “uma nova reflexão sobre o verdadeiro sentido e a importância da laicidade”, num encontro em que Nicolas Sarkozy reafirmou o desejo de uma “laicidade positiva”, conceito que tem gerado uma onda de reacções em todos os quadrantes políticos franceses.
Ao lado dos Bispos
No plano interno, o Papa procurou deixar ao episcopado gaulês palavras de conforto e encorajamento, diante dos vários problemas com que se debatem.
Um dos pontos mais aguardados relacionava-se com a aplicação no país do Motu Proprio Summorum Pontificum, que “liberaliza” a celebração da Missa segundo a liturgia em vigor antes do Concílio Vaticano II. Para Bento XVI, é indispensável uma “pacificação dos espíritos”, criticando os que faltam ao respeito aos Bispos ou procuram colocá-los em xeque, recorrendo directamente a Roma.
“O povo cristão deve considerar-vos com afeição e respeito”, apontou.
Demonstrando profundo conhecimento da realidade eclesial local, o Papa deu destaque à catequese, à promoção das vocações, sobretudo religiosas e sacerdotais, ao papel insubstituível do sacerdote na vida paroquial e no apostolado, com atenção particular aos mais necessitados, idosos e doentes.
Bento XVI referiu-se ainda a outros aspectos pastorais, como a família, “célula viva da sociedade”; a indissolubilidade do matrimónio, o bem comum e a defesa da vida, desde o início até ao fim natural; a juventude, “futuro da humanidade”; o divórcio e o aborto, que representa “uma chaga na sociedade moderna”; o compromisso dos leigos, na vida social e eclesial; enfim, o diálogo ecuménico e inter-religioso. [Tudo termina em ecumenismo para melhorar o mundo e o futuro da humanidade]
“O homem precisa sempre de libertar-se dos seus medos e pecados; ele precisa de aprender a amar a Deus como amigo e a dar sentido à própria existência. Neste sentido, os Pastores têm um papel importante, ao conduzir o seu rebanho à meta estabelecida”, concluiu o Papa
Nota: Parênteses acresentados. Tudo está se encaminhando para o que temos publicado, não só neste blog, mas em muitos outros como o Diário da Profecia, Munto Proféticos e muitos outros.