HAVANA, Cuba, 24 set (ACN) José Ramón Machado Ventura, primeiro vice-presidente cubano, demandou uma nova ordem internacional mais justa e eqüitativa, durante seu discurso, pronunciado na quarta-feira no 63º período de sessões da Assembléia Geral da ONU, que se celebra em Nova Iorque.
Depois de felicitar o nicaragüense Miguel d’Escoto por sua eleição como cabeça da Assembléia, Machado Ventura significou que se vive um momento decisivo na história da Humanidade, já que as ameaças que pendem sobre o mundo atentam contra a existência da espécie humana.
Destacou que a promoção da paz, a solidariedade, da justiça social e o desenvolvimento sustentável é o único caminho para assegurar o futuro.
A ordem internacional vigente, injusta e insustentável, deve ser substituída por um sistema verdadeiramente democrático e eqüitativo, disse.
O vice-preside salientou ainda que o novo ordenamento mundial deve se fundamentar no respeito ao direito internacional e em princípios de solidariedade e justiça, para pôr fim às desigualdades e à exclusão às que foram condenadas as amplas maiorias da população do planeta.
Depois de afirmar que não existem alternativas, assinalou que devem assumir suas responsabilidades, justamente, os responsáveis desse estado de coisas: os países industrializados, em particular a única Superpotência (os Estados Unidos).
Não se pode seguir dilapidando fabulosas fortunas, enquanto milhões de seres humanos padecem fome, morrem de doenças curáveis.
Machado Ventura manifestou que não é possível seguir contaminando o ar, envenenando os mares, pois destrói as condições de vida para as gerações futuras.
Nem os povos, nem o próprio planeta o permitirão, sem grandes convulsões sociais e gravíssimos desastres naturais, precisou.
Denunciou como as mais graves ameaças à paz e segurança internacional as guerras de conquista, a agressão e ocupação ilegal de países, a intervenção militar e o bombardeio a civis inocentes, o armamentismo, o saque e a usurpação de recursos naturais do Terceiro Mundo, e a ofensiva imperial para vergar a resistência dos povos.
Mais adiante, Machado acrescentou que conceitos como limitação de soberania, guerra preventiva ou mudança de regime são expressão da pretensão de mutilar a independência de nossos países.
Sublinhou que o suposto combate ao terrorismo ou a pretendida promoção das liberdades servem de pretexto à agressão e à ocupação militar, à tortura, a detenção arbitrária e a negação da livre determinação dos povos.
Há injustos bloqueios e sanções impostas unilateralmente, denunciou o vice cubano, que também fustigou a imposição de modelos políticos, econômicos e sociais, que facilitam a dominação imperial em franco desprezo à história, culturas e vontade soberana dos povos.
Significou que os Países Não-Alinhados estão pagando o custo da irracionalidade e da especulação de uma poucas nações desenvolvidas do Norte.
Fonte Cuba Notícias
Nota: O desejo por uma reorganização no mundo é da parte de todos, o grande problema é como isso irá acontecer. Aqueles que estão acompanhando de perto os acontecimento proféticos já podem deslumbrar o fim de todas as coisas.