13 outubro 2008

Bento XVI como ponto de União entre Cristãos

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O representante da Igreja Ortodoxa da Grécia reconheceu diante do Sínodo dos Bispos o papel do bispo de Roma como sinal de unidade entre os cristãos.

Assim expôs o arquimandrita Ignatios D. Sotiriadis, conselheiro da Representação da Igreja da Grécia na União Européia, ao tomar a palavra neste sábado na assembléia sinodal sobre a Palavra de Deus.

Sua relação foi a mais aplaudida na primeira semana de intervenções na sala do Sínodo.

«Santidade – disse –, nossa sociedade está cansada e doente! Procura, mas não encontra! Bebe, mas não se sacia! Exige de nós, os cristãos (católicos, ortodoxos, protestantes, anglicanos), um testemunho comum, uma voz unida! Esta é nossa responsabilidade como pastores das Igrejas no século 21!»

Deste modo, ele apresentou «a missão primária, histórica e extraordinária do primeiro bispo da cristandade, quem preside na caridade e, sobretudo, de um Papa que é Magister Theologiae (professor de teologia, N. do T.): ser sinal visível e paterno de unidade e guiar, sob a orientação do Espírito Santo e segundo a Sagrada tradição, com sabedoria, humildade e dinamismo, junto a todos os bispos do mundo, co-sucessores dos apóstolos, toda a humanidade a Cristo Redentor!”.

«Este é o desejo profundo de quem guarda no coração a nostalgia dolorosa da Igreja não dividida, Una, Sancta, Catholica et Apostolica! Assim como de quem, em um mundo sem Cristo, dirige-lhe, com paixão, com confiança filial e fé, mais uma vez, o grito dos apóstolos: Senhor, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna!», disse o arquimandrita.

Falando do tema da assembléia, o «delegado fraterno» reconheceu que a história da cristandade está cheia de crimes, pecados e erros. Então se questiona sempre o problema da interpretação autêntica da Palavra de Deus.

Ele disse também que não são suficientes as boas intenções para guiar o povo de Deus ao Reino prometido. É necessária a metanoia e a metamorfosis dos nossos fracos corações.

Neste contexto, ele concluiu afirmando que a Igreja vive da fonte da vida que é a Sagrada Escritura. Ela ensina à Europa secularizada o amor pela criação em perigo, o perdão e a reconciliação com quem quer começar uma nova vida, o respeito por toda pessoa humana, feita à imagem de Deus, assim como a paz, a justiça, a igualdade entre o homem e a mulher, judeu ou grego.

Fonte Zenit

Nota: Assim diz a profecia de Apocalipse 13, não podia ser diferente.