08 outubro 2008

Enfermidades pouco conhecidas ameaçam sobrevivência de espécies animais

Numerosas espécies animais, já ameaçadas pelo desaparecimento de seu meio natural, vêm sendo obrigadas, também, a enfrentar enfermidades pouco conhecidas, às vezes vinculadas à mudança climática com conseqüências potencialmente graves para os seres humanos.

"A maior ameaça da mudança climática provavelmente seja a propagação de enfermidades emergentes", declarou hoje em Barcelona Steven Sanderson, presidente da Wildlife Conservation Society, WCS, com sede em Nova York.

"Toda a perturbação no meio ambiente tem efeitos imediatos sobre os animais selvagens porque não podem se adaptar rapidamente", destacou o médico William Karesh, diretor de programas de saúde da WCS.

Um estudo da Sociedade apresentado no congresso da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) mostra uma lista de 12 agentes patógenos, como a peste e o cólera, que um aumento das temperaturas e das precipitações contribuiria para propagar rapidamente entre a fauna selvagem.

Entre as doenças citadas, figuram também a tuberculose e a febre amarela, o vírus Ebola, causadores de epidemias mortais em homens e primatas na África Equatorial, os parasitas externos e intestinais, o Mal de Lyme, transmitido pelo carrapato nos mamíferos, ou as "marés vermelhas" fatais para a vida marinha, devido à proliferação de uma alga (Karenia brevis) produtora de uma neurotoxina.

A mudança climática poderia também contribuir indiretamente para a propagação do vírus H5N1 da gripe aviária levando as aves migratórias a modificar suas rotas, entrando em contacto assim com aves domésticas, explicou.

Esta lista de enfermidades mortais da fauna selvagem é apenas "uma mostra", elaborada em função de seu impacto potencial sobre a saúde humana, destacou o doutor Karesh.

Assim, o chamado diabo da Tasmânia (Sarcophilus harrisii), um marsupial carnívoro, viu cair sua população em 60% nos últimos dez anos, devido a um misterioso tumor cancerígeno facial de que ninguém sabe a origem.

Fonte Último Segundo

Nota: "Os animais estão doentes, e participando de sua carne, plantamos as sementes de enfermidades em nossos tecidos e sangue. Depois, quando sujeitos às mudanças num ambiente doentio, isto é mais sensível; também quando somos expostos a epidemias e doenças contagiosas dominantes, o organismo não se acha em condições de resistir ao mal". Conselhos Sobre Regime Alimentar, 387.

"Deus não tem impedido que os poderes das trevas levem avante sua ímpia obra de poluir o ar, uma das fontes de vida e nutrição, com um veneno fatal. Não somente é afetada a vida vegetal, mas o homem sofre de epidemias. ... Essas coisas são o resultado de gotas das taças da ira de Deus que estão sendo borrifadas sobre a Terra, e constituem apenas débeis representações do que acontecerá no futuro próximo". Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 391.