20 novembro 2008

Obama aponta aquecimento global como prioridade

Presidente eleito dos EUA diz que «adiar já não é uma opção»: 2008-11-20 Por Filinto Melo

Palavras de Barak Obama indiciam uma nova atitude dos EUA


Palavras de Barak Obama indiciam uma nova atitude dos EUA
Numa altura em que se discute quem serão as pessoas que o presidente eleito dos Estados Unidos levará para a Casa Branca, Barack Obama decidiu falar de políticas. Terça-feira, numa mensagem gravada, afirmou que adiar a questão das alterações climáticas "já não é uma opção" e "negar não é mais uma resposta aceitável", por isso garantiu que quando tomar posse "os EUA estarão vigorosamente engajados nas negociações para liderar o mundo numa nova era de cooperação contra o aquecimento global".


Esta nova visão desde Washington anima os responsáveis pela revisão do Protocolo de Quioto, que está já a ser negociada e que será consagrada numa conferência a decorrer em Dezembro de 2009 em Copenhaga. Yvo de Boer, secretário executivo da UNFCCC (Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas), mostrou o optimismo afirmando à agência Reuters que as declarações de Obama são um "imenso sinal" de incentivo aos negociadores. No jornal inglês «The Independent» de hoje, um dos negociadores envolvidos nesse processo pré-Copenhaga sublinha que as afirmações "enviam uma mensagem positiva a todo o mundo, especialmente para os países em desenvolvimento".

A China e a Índia têm-se destacado por terem emissões de gases acima da média dos países desenvolvidos, assim como os países africanos. Uns e outros escudavam-se na postura da actual administração americana para justificar as suas políticas ambientais. No caso dos países africanos a situação é ainda mais difícil, por questões económicas. Falando em Argel, onde participou num encontro com representantes de todo o continente no sentido de estabelecerem uma plataforma comum face ao encontro de Copenhaga, de Boer pediu que houvesse um protocolo "mais benéfico para África" pois todos os estudos indicam ser o continente menos apto a enfrentar as mudanças climáticas provocados pelo aquecimento global.

Além da mensagem para o congresso organizado pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e que mereceu o aplauso deste republicano, uma outra seguiu para os negociadores que, em Dezembro, na Polónia, têm mais uma cimeira preparatória da conferência de Copenhaga. As palavras de Obama vão no mesmo sentido. Combater o aquecimento global passa a ser prioridade, mesmo em tempo de crise. Aliás, o presidente eleito entende que a aposta nas energias renováveis, como a solar e eólica, pode ser uma oportunidade para a indústria americana e ajudá-la a sair da crise

Fonte Ciência Hoje

Nota: Obama é visto como o salvador do planeta, o líder do mundo, então agora, mais do que nunca, todas as medidas tomadas por ele para o bem estar do meio ambiente serão seguidas por todos os países no mundo.