Roma, 18 nov (EFE).- Líderes cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hinduístas e xintoístas fizeram hoje em Nicósia uma apelo pela paz e o diálogo e denunciaram que os pobres são os mais atingidos pela crise econômica e as vítimas "de um mercado que se acredita onipotente".
Esta declaração foi feita no documento com o qual encerrou hoje na capital de Chipre o encontro organizado pela comunidade católica italiana de Sant'Egídio, que teve como lema "A civilização da paz: diálogo de religiões e culturas".No texto, segundo um comunicado divulgado em Roma por Sant'Egídio, as duas centenas de participantes disseram que tinham se reunido no Chipre, "onde está o último muro de divisão da Europa", para rezar, dialogar e fazer com que cresça "uma civilização de paz, que o mundo necessita para não se tornar desumano".
Os líderes religiosos afirmaram que o mundo vive um "momento difícil" e que "um grande mundo de pobres pagará um alto preço" pela atual crise econômica atualmente existente.
"Pensamos com muita preocupação nos milhões de novos e antigos pobres, vítimas de um mercado que considera onipotente", declarou no documento, no qual afirmaram que chegou a hora "de escutar a dor de tantos e de trabalhar para fundar uma nova ordem mundial de paz".
Além disso, a justiça, o diálogo e o respeito dos mais fracos são os instrumentos para construir esta nova ordem mundial e destacaram a necessidade de que tem o mundo de paz.
"Queremos a paz. As religiões sabem que falar de guerra em nome de Deus é absurdo e uma blasfêmia e estão convencidas de que da violência e do terrorismo não nasce uma humanidade melhor. Não acreditam em um confronto inevitável entre religiões e sociedade e esperam e rezam para que entre os povos e os homens se construa uma verdadeira comunidade de paz", concluiu o texto. EFE jl/fal
Fonte Último Segundo
Nota: O mundo religioso está prestes a dá as mãos em favor da paz, sempre vem com boas intenções, realmente a paz deve ser buscada por todas as religiões, mas qual será o preço a ser pago?