O amor do próximo é o pleno cumprimento da lei cristã, e há que o não separar do amor de Deus: recordou-o o Papa, na audiência geral desta quarta-feira, aos cerca de quinze mil peregrinos congregados na Praça de São Pedro. Prosseguindo a catequese que tem vindo a dedicar a São Paulo, Bento XVI deteve-se desta vez sobre a teologia da “justificação”, partindo do capitulo terceiro da Carta aos Romanos, em que o Apóstolo desenvolve a relação entre a fé e as obras. O Papa não deixou de referir a posição de Lutero e da Reforma protestante sobre este problema da “justificação”.
“A Lei na sua totalidade – explicou Bento XVI – é perfeitamente dúplice: é no amor de Deus e do próximo que está presente e se concretiza toda a Lei. Para cumprir toda a Lei, requere-se que nos encontremos “justificados”, “justos”, pela comunhão com Cristo que é amor. “É a Cruz de Cristo a única via aberta para a justificação. Paulo não deseja abrogar a Lei mosaica porque ela vem de Deus e constitui a identidade de Israel”, mas “o acontecimento de Damasco permitiu-lhe compreender a Lei de uma maneira nova”. Compreendeu que “é em Cristo que a Lei de Moisés encontra o seu pleno cumprimento” e que é no mandamento do amor, que Jesus nos deixou que se vive em plenitude a Lei. Mais do que à “sola fides” (só a fé), o ensinamento de Paulo conduz-nos a “solus Christus” (só Cristo), centro da nossa fé e único salvador do mundo”.
Mas ouçamos a saudação que o Papa dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa:
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma fraterna saudação de boas-vindas a todos. Antes de vós, muitas gerações de romeiros vieram ajoelhar-se junto dos túmulos de São Pedro e São Paulo, à procura daquela razão de viver tão forte e segura que levou os Apóstolos a darem a sua vida por Cristo. Espero que a encontreis... Sobre vós e vossos entes queridos, desça a minha Bênção.
Fonte Rádio Vaticana
Nota: Bento XVI entendeu perfeitamente sobre o que Paulo e Tiago escreveram (Tiago capítulo 2), porém o detalhe é que quando se fala de Sábado ele diz que foi substituído pelo Domingo, onde ele encontra razão para afirmar isto é somente no catecismo católico, pois na Bíblia não há esta autorização.
Lutero também entendeu, pois quando escreveu que é somente "SOLA FIDES" (só a fé) em Cristo que nos justifica, estava ele falando em relação às indulgências que eram cobradas pela Igreja Católica para conceder o perdão e não contra as obras que Tiago e Paulo se refere e que devem andar juntas, pois estas obras se referem ao cumprimento da Lei, que é o amor, enquanto que as indulgências eram para a Igreja (Os Papas) viver em plena riqueza e poder e não para ajudar os pobres e necessitados. Quanto a estes se quisessem comprar uma indulgência deveriam abrir mão até do alimento da família para poder adquirir uma. Onde está o amor na venda de indulgências Bento XVI? Para "Vossa Santidade" descordar de Lutero deve primeiro explicar este ponto!