09 fevereiro 2009

A História da Igreja de Deus

“Deus tem filhos, muitos deles nas igrejas protestantes, e um grande número nas igrejas católicas, que são mais fiéis para obedecer à luz e para proceder de acordo com o seu conhecimento do que um grande número entre os adventistas observadores do sábado que não andam na luz. O Senhor quer que a mensagem da verdade seja proclamada, para que os protestantes sejam advertidos e despertados para a verdadeira condição das coisas e considerem o valor do privilégio da liberdade religiosa que têm desfrutado há muito tempo”.

Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 386

Recebi alguns contados de pessoas que não pertencem à Igreja Adventista e desejam melhor esclarecimento quanto ao que tem sido postado neste site, principalmente quanto à Igreja Verdadeira, para tanto gostaria de convidar estes amigos leitores para um breve estudo e, assim, podermos entender algo muito interessante.

A História da Igreja de Deus

Igreja de Deus nesta Terra não foi fundada no Novo Testamento como muitos pensam. A Igreja de Deus foi fundada no Jardim do Éden quando Deus criou Adão e Eva, este casal formou a primeira Igreja estabelecida neste Planeta, tendo como guia, líder e pastor terrestre, o próprio Adão.

Existe um grande drama que começou nos céus e foi transferido para este planeta, o drama do Grande Conflito, este acontece entre Cristo e Satanás, o conflito entre a verdade e a mentira, entre o amor e o ódio, o prêmio neste Grande Conflito somos nós. Cristo e Satanás lutam para conseguir o trono em nosso coração, quando Satanás o perde, ameaça usando a força, a coesão através da morte, já Cristo usa o poder do amor, da verdade para entrar em nossa vida. Eles são completamente opostos e nunca se atraem.

O objeto mais precioso de Cristo nesta terra é a sua Igreja, então a mesma se tornou o principal alvo de Satanás. Apocalipse capítulo 12 revela toda a guerra de Satanás contra a Igreja de Deus (A Mulher e o Dragão). Leia II Coríntios 11: 2 e Isaías 54:1-6 e perceba nestes textos que a Igreja no Novo Testamento como a Igreja no Antigo testamento são consideradas como esposa, mulher, virgem. Portanto, a Igreja de Deus é a Mulher em Apocalipse 12. Estevão, o primeiro mártir cristão, chamou o povo de Isarel de “a congregação no deserto”. (Atos 7: 38). Isto quer dizer a Igreja no deserto.

Em toda a história deste planeta Deus sempre teve um representante (Igreja) para lutar contra o pecado e contra Satanás. No princípio eram poucos, a Bíblia nos revela apenas o nome de alguns homens e suas famílias. No Éden Adão era este representante, o seu substituto seria Abel, mas este foi morto por Caim. Neste ato foi demonstrado o que seria a inimizade de Satanás contra a Igreja de Deus, esta inimizade tem se estendido por milênios, e muitas vezes Satanás usou a morte para tentar destruir aqueles com quem ele perdeu o conflito.

Deus não poderia ficar sem representante, então concedeu a Adão outro filho “em lugar de Abel que Caim matou” Gênesis 4: 25 e 26. Este se chamou Sete e então começou a se invocar o nome do Senhor.

Sete correspondeu às expectativas representando a Deus. O substituto de Sete foi Enoque (Gênesis 5: 22) e de Enoque foi Noé (Gênesis 6: 8 e 9). Noé teve três filhos, Sem, Cão e Javé, destes três Sem substituiu a Noé (Gênesis 9: 26).

Da descendência de Sem nasceu Abrão, que mais tarde passou se chamar Abraão, (Gênesis 11: 10 e 26). Neste ponto precisamos entender algo muito importante: O povo ímpio, aqueles que não queriam reconhecer a Deus como Senhor e Salvador de suas vidas, havia se multiplicado sobremaneira formando cidades e nações, então houve a necessidade agora de Deus fundar uma nação que o servisse, uma nação que exaltasse a sua Lei acima de tudo, por isso Deus chamou Abrão e disse: “...de ti farei uma grande nação...” (Gênesis 12: 1 - 3). O objetivo de Deus era ter uma nação que o representasse de agora por diante. Esta nação herdou as promessas feitas a Adão a respeito do Messias (Gênesis 3: 15), mas eles precisavam testemunhar aos outros povos sobre a Lei e o Amor de Deus, expressão de Sua Vontade, (Isaías 43: 10, 12, 44: 8). Aqueles que não pertenciam ao povo hebreu eram convidados por Deus para aceitar as suas leis e fazerem parte deste povo, eles eram denominados na Bíblia como estrangeiros (Josué 8: 35; II Crônicas 2: 17; Salmo 146: 9; Isaías 14: 1; Isaías 56: 3-7).

A guerra de Satanás contra a Igreja de Deus era para devorar o Filho que haveria de nascer, o Messias, o Salvador, aquele que pisaria na cabeça da serpente (Gênesis 3: 15). Satanás empreendeu uma grande luta para impedir o nascimento Deste que o derrotaria para sempre, por isso usou a faraó para matar todas as crianças do sexo masculino na época de Moisés. (Êxodo 1: 15, 16). No Novo Testamento usou Herodes para fazer o mesmo (Mateus 2: 16-18). Como não teve êxito, Satanás mudou de estratégia, ele jamais conseguiria matar Aquele a quem a Bíblia se referia, então pensou: “se eu não posso matá-lo eu tenho que levar o povo a rejeitar-lo”. Nesta estratégia teve Satanás êxito. O povo de Israel, a nação a quem Deus havia escolhido para ser representante de Sua Lei, rejeitou Aquele que lhes concederia a salvação.

Mesmo com toda a luta de Satanás para levar o povo a rejeitar a Cristo completamente, ele, Cristo, conseguiu formar um grupo de homens e mulheres que permaneceram fiéis, a estes agora foi conferida a responsabilidade de testemunhar para o povo de Israel e para todas as nações a respeito da Lei e do Amor de Deus. (Mateus 28: 18-20; Lucas 24: 47; Hebreus 10: 16). Agora a Lei de Deus não seria mais escrita em tábuas de pedra, mas sim no coração daqueles que aceitassem a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

A mensagem de Deus para o mundo sempre foi a mesma, a Sua Lei e o Seu Amor demonstrado em Cristo, chamado de testemunho dos profetas a respeito de Jesus, a igreja que não ensinar isto ficará sem ver a luz. (Isaías 8: 20).

Alguns acreditam que a mensagem de Salvação pela fé só veio com a morte de Cristo, porém se assim fosse como seriam salvos aqueles que viveram antes de Cristo, como Enoque, Abraão, Jacó, Moisés e muitos outros? Pelas obras da lei? Impossível! Pois a Lei é impotente para salvar. (Romanos 8: 3). A função da Lei é revelar o pecado (Romanos 7: 7). Leia Hebreus 11 e verás como os antepassados de Cristo se salvaram. Cristo sempre foi a salvação tanto para aqueles que viveram antes DELE como para aqueles que viveram após Ele, os que viveram antes de Cristo alcançaram a salvação em um Cristo que ainda vinha, futuro, nós alcançamos a salvação em um Cristo que já veio, passado, o que mudou foi apenas o tempo do verbo. O povo no passado pela fé sacrificava animais como símbolo deste Cristo que ainda vinha, por este motivo quando Ele se manifestou não foi mais necessário realizar sacrifícios. A fé sempre esteve presente no passado, no presente e sempre haverá no futuro.

A Lei nos mostra que somos pecadores e nos condena à morte, então Cristo é a solução para isto no concedendo o perdão e a salvação. (Romanos 6: 23). Estas mensagens andam juntas. Cristo nos habilita a vivermos mediante a Lei e assim fugirmos da morte. (Romanos 7: 24 e 25; 8: 1-4; Gálatas 2: 20; Filipenses 1: 6).

Os apóstolos levaram a mensagem de Deus ao mundo daquela época, mas aos poucos foram morrendo, alguns apedrejados, outros crucificados, outros devorados por feras, outros decapitados e assim por diante, ficando por último apenas João, mas morreu por volta do ano cem, ao que parece, de causas naturais, porém antes foi jogado em um caldeirão de óleo quente e sobreviveu, então foi preso e exilado na Ilha de Patmos.

Quanto mais Satanás os perseguia e os matava, mais os cristãos de fortaleciam e cresciam em número, novamente ele mudou de estratégia, pois jamais conseguiria vencê-los desta maneira, a única solução seriam levá-los agora a rejeitar a Lei de Deus e ao sacrifício de Cristo como suficiente para sermos perdoados, e assim aconteceu. A Igreja aos poucos foi se corrompendo, misturando-se com o paganismo, adotaram imagens de esculturas em homenagem aos apóstolos, substituíram o Sábado bíblico pelo domingo pagão, pois o domingo era o dia dedicado ao deus Sol, a quem Constantino, imperador Romano, adorava, e este havia aderido ao cristianismo apenas para unificar o império que estava dividido. Substituíram também a graça de Cristo pelas indulgências e a Sua intercessão pela de Maria.

No ano 321 d.C Constantino criou um edito instituindo o domingo em substituto ao sábado, isto está registrado na história, é só pesquisar, cumprindo assim as profecias feitas por Daniel de que “cuidariam em mudar os tempos e Lei” Daniel 7: 25.

A Igreja entrou em um período totalmente escuro, onde o perdão de Cristo só poderia ser alcançado mediante a compra de indulgências que serviriam para enriquecer a Igreja. Este período é conhecido na história como a Idade Escura. A Igreja matou milhares, condenando à fogueira e executando a santa inquisição. Qualquer um que se levantasse contra os dogmas da igreja era considerado herege e condenado à morte caso não se retratasse.

Em Apocalipse 17 encontramos o retrato desta Igreja, uma mulher adultera denominada meretriz, pois havia trocado o Verdadeiro Esposo, Cristo, por Satanás e sua mensagem pagã. Mas mesmo assim alguns descendentes da Igreja fundada por Cristo permaneceram fiéis, estes se esconderam nas cavernas, nas montanhas, eles são conhecidos na história como os valdenses e os huguenotes, estes permaneceram leais a Deus e à Sua Lei. Pesquisem sobre eles. A Igreja Adultera fez muitas tentativas para exterminá-los, mas não conseguiu.

O Conflito foi se desenrolando até ao momento que se iniciaria o Tempo do Fim, Daniel 12: 4. Satanás parou de usar a força da morte durante um período, pois a Igreja adultera sofreria uma derrota (Apocalipse 13: 3), e a pior parte do conflito, descrito em Apocalipse 16: 12-16, irá se iniciar após a cura desta derrota.

Em 1798 o Papa Pio VI foi aprisionado por Bertier, general francês de Napoleão Bonaparte, assim a Igreja perdeu força, mas vem ganhando espaço, e a ferida está quase que totalmente curada. O período de domínio desta Igreja duraria “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Daniel 7: 25), em profecia tempos que dizer anos (Daniel 11: 13), então um tempo, um ano, dois tempos, dois anos, metade de um tempo, seis meses, isto em dias dá exatamente 1260 dias, levando em consideração um ano de 360 dias que é o exato, este foi o tempo em que os fiéis remanescentes da Igreja Verdadeira viveram nas montanhas (Apocalipse 12: 6 e 14). Utilizando o princípio de interpretação profética dia/ano seriam 1260 anos (Ezequiel 4: 6, 7). A supremacia papal iniciou-se no ano 538 d.C, quando Justiniano, Imperador Romano, concedeu todos os poderes ao Papa, líder da Igreja, começando a perseguição e as trevas espirituais, de 538 a 1798, quando foi ferida uma das cabeças da besta, (Apocalipse 13: 3) foram exatamente 1260 anos, cumprindo o período profético e iniciando o tempo do fim.

Deus precisava reerguer sua Igreja para esta exaltar a sua Lei e o Seu Amor demonstrado em Cristo na cruz do calvário, então iniciou-se no século XIX um Grande Movimento Religioso denominado no meio protestante como o Grande Despertar, pesquise sobre este assunto. Neste período surgiu um grupo de homens e mulheres que honraram a Deus acima de tudo e receberam iluminação divina para pregar aos povos e nações sobre a Lei de Deus e o Sacrifício de Cristo.

Satanás havia levado a nação escolhida por Deus para rejeitar a Cristo, havia levado a Igreja fundada por Cristo a rejeitar a Sua Lei, agora Deus precisava reerguer sua Igreja para exaltar sua Lei e conduzir as nações a Cristo, tudo foi profetizado. A esta Igreja é-nos dado a conhecer mediante as seguintes características: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. Apocalipse 12: 17. O dragão, quer dizer, Satanás, foi fazer guerra àqueles que guardam a Lei de Deus e o testemunho de Jesus. Esta é a Igreja Verdadeira, aquela que ensina que a Lei de Deus continua em vigor e que o único meio de alcançarmos a salvação é através de Cristo.

A Lei de Deus consiste nos Dez Mandamentos descritos em Êxodo 20 e Cristo é a única solução para o problema do pecado. O pecado é a transgressão da Lei (I João 3: 4), onde não há Lei não existe pecado. (Romanos 7: 8).

Quando ouço pregadores ensinarem que a Lei foi abolida, fico entristecido, pois eles não sabem o que estão dizendo, pois sem lei não existe pecado, se não existe pecado não existe pecadores, se não existe pecadores não precisamos de Cristo, pois é nos dito que Cristo veio salvar os pecadores (Tiago 1: 15). Precisamos entender este assunto para poder não nos contradizer em nossas próprias palavras. A Lei de Deus, os Dez Mandamentos nunca foram abolidos, o próprio Cristo disse isto (Mateus 5:17-19), o que cessou mediante o sacrifício de Cristo foi a lei onde havia mandamentos cerimoniais, onde ordenava matança de animais que simbolizavam Cristo. "Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz". (Efésios 2: 15). Pois caso não aceitemos isto estamos dizendo que existe contradição na Bíblia, pois como pode Cristo dizer que não veio abolir a Lei e Paulo diz que uma Lei foi desfeita, a solução para isto é afirmar que quando Cristo se referiu à lei, se referia aos Dez Mandamentos, tanto é verdade que no contexto de Mateus 5 são citados alguns dos dez mandamentos, já no caso de Paulo, ele não se refere no contexto sobre os dez mandamentos, mas sim sobre a circuncisão e incircuncisão, algo que continha no livro da Lei. Só para fins de entendimento veja que os Dez Mandamentos são escritos em tábuas de pedra pelo dedo de Deus e a lei onde continha os mandamentos cerimoniais é escrita por Moisés em um livro. Compare em sua Bíblia (Êxodo 31: 18; Êxodo 32: 16; Deuteronômio 10:4, Deuteronômio 31: 24; Êxodo 24: 4-7). A Lei dos Dez Mandamentos foi colocada dentro da Arca (Êxodo 40: 20; Deuteronômio 10: 4 e 5). Já o livro da lei foi colocado ao lado da Arca (Deuteronômio 31: 26). Em Apocalipse é nos mostrado que um dia irá aparecer no céu a Arca de Deus com as tábuas dos Dez Mandamentos para nos mostrar que sempre eles foram a base do Governo de Deus (Apocalipse 11: 19), e desde os mais remotos períodos da Igreja de Deus nesta terra sempre o Seu desejo foi que o Seu povo guardasse a Sua Lei, por isso entregou Cristo à morte para nos capacitar a vivermos de acordo com a Sua vontade. Para pregar esta mensagem levantou Israel, e depois de Israel fracassar, levantou sua Igreja, e depois que sua Igreja fracassou, ele levantou um pequeno povo, chamado de restantes, para proclamar os “mandamentos de Deus e a fé em Jesus” no último período de tempo concedido a este planeta, o tempo do fim (Daniel 12: 4).

Deseja você fazer parte deste povo? Então procure a Igreja Adventista mais próxima de sua casa e faça uma visita e solicite um estudo bíblico.

Resta Uma Esperança