15 janeiro 2009

Aquecimento provocará crise alimentar, diz estudo

Metade da população mundial pode sofrer com a falta de comida até 2100 se nada for feito para adaptar a Terra ao aquecimento global. O alerta aparece em estudo publicado na revista "Science".

Segundo o artigo, no final deste século, há probabilidade de mais de 90% de as regiões tropicais e subtropicais conviverem com temperaturas mais altas do que os recordes de calor do século 20. Isso vai afetar as plantações e comprometer a produção de alimentos.

Nos trópicos, as temperaturas mais elevadas poderão comprometer de 20% a 40% da produção das principais culturas, como milho e arroz. Cada 1ºC a mais na temperatura pode significar uma redução média de produtividade agrícola entre 2,5% e 16%.

Segundo o principal autor do estudo, David Battisti, da Universidade de Washington, a temperatura vai causar uma pressão enorme para a produção de alimentos, e a pesquisa nem leva em conta, por exemplo, os problemas de abastecimento de água que serão provocados pelo aquecimento.

"Nós temos que repensar a agricultura como um todo, não somente em novas variedades, mas também reconhecer que muitas pessoas vão deixar a agricultura, e até mesmo se deslocar de terras onde vivem agora", afirmou uma das autoras do estudo, Rosamond Naylor, diretora do programa de Segurança Alimentar e Ambiente da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Atualmente, vivem nas regiões tropicais e subtropicais cerca de 3 bilhões de pessoas. Espera-se que o número dobre até o fim deste século. A área analisada no Ocidente compreende desde o sul dos EUA até o norte da Argentina. No Oriente, vai do norte da Índia e sul da China até a Austrália. A África também foi estudada.

Para elaborar a pesquisa, os cientistas usaram 23 modelos de clima --programas de computador que projetam o futuro meteorológico com base no passado. Os autores citam episódios históricos que podem ficar mais frequentes. Entre eles, os recordes de calor na Europa Ocidental em 2003, quando 52 mil pessoas morreram.

Na época, a temperatura média na França foi 3,6ºC mais alta. "Infelizmente, até o final deste século, é provável que o calor como o visto em 2003 seja normal no país", diz o artigo.

Na opinião de Battisti, ainda há como evitar parte da desgraça. "Você pode deixar que isso aconteça e se adaptar dolorosamente, ou você pode se planejar", diz o pesquisador. "Você também poderia atenuar o aquecimento e não deixar que isso ocorra, mas não estamos fazendo um trabalho muito bom sobre a questão."

Brasil quente

No ano passado, pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)-- apresentaram um estudo sobre os reflexos da mudança climática para a agricultura brasileira.

De acordo com a pesquisa, o maior prejuízo ocorrerá nas plantações de soja. A área adequada ao grão diminuirá 34% até 2050 e a soja deve sumir, por exemplo, de grande parte do Rio Grande do Sul.

O aquecimento global também vai reduzir a área ótima para lavouras de café (queda de 17% na área de potencial cultivo), de girassol (-16%), de milho (-15%), de algodão (-16%), de arroz (-12%) e de feijão (-10%). Só a cana será beneficiada neste cenário --as áreas potenciais para a cultura crescerão 139%.

Metade da população mundial pode sofrer com a falta de comida até 2100 se nada for feito para adaptar a Terra ao aquecimento global. O alerta aparece em estudo publicado na revista "Science".

Segundo o artigo, no final deste século, há probabilidade de mais de 90% de as regiões tropicais e subtropicais conviverem com temperaturas mais altas do que os recordes de calor do século 20. Isso vai afetar as plantações e comprometer a produção de alimentos.

Nos trópicos, as temperaturas mais elevadas poderão comprometer de 20% a 40% da produção das principais culturas, como milho e arroz. Cada 1ºC a mais na temperatura pode significar uma redução média de produtividade agrícola entre 2,5% e 16%.

Segundo o principal autor do estudo, David Battisti, da Universidade de Washington, a temperatura vai causar uma pressão enorme para a produção de alimentos, e a pesquisa nem leva em conta, por exemplo, os problemas de abastecimento de água que serão provocados pelo aquecimento.

"Nós temos que repensar a agricultura como um todo, não somente em novas variedades, mas também reconhecer que muitas pessoas vão deixar a agricultura, e até mesmo se deslocar de terras onde vivem agora", afirmou uma das autoras do estudo, Rosamond Naylor, diretora do programa de Segurança Alimentar e Ambiente da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Atualmente, vivem nas regiões tropicais e subtropicais cerca de 3 bilhões de pessoas. Espera-se que o número dobre até o fim deste século. A área analisada no Ocidente compreende desde o sul dos EUA até o norte da Argentina. No Oriente, vai do norte da Índia e sul da China até a Austrália. A África também foi estudada.

Para elaborar a pesquisa, os cientistas usaram 23 modelos de clima --programas de computador que projetam o futuro meteorológico com base no passado. Os autores citam episódios históricos que podem ficar mais frequentes. Entre eles, os recordes de calor na Europa Ocidental em 2003, quando 52 mil pessoas morreram.

Na época, a temperatura média na França foi 3,6ºC mais alta. "Infelizmente, até o final deste século, é provável que o calor como o visto em 2003 seja normal no país", diz o artigo.

Na opinião de Battisti, ainda há como evitar parte da desgraça. "Você pode deixar que isso aconteça e se adaptar dolorosamente, ou você pode se planejar", diz o pesquisador. "Você também poderia atenuar o aquecimento e não deixar que isso ocorra, mas não estamos fazendo um trabalho muito bom sobre a questão."

Brasil quente

No ano passado, pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)-- apresentaram um estudo sobre os reflexos da mudança climática para a agricultura brasileira.

De acordo com a pesquisa, o maior prejuízo ocorrerá nas plantações de soja. A área adequada ao grão diminuirá 34% até 2050 e a soja deve sumir, por exemplo, de grande parte do Rio Grande do Sul.

O aquecimento global também vai reduzir a área ótima para lavouras de café (queda de 17% na área de potencial cultivo), de girassol (-16%), de milho (-15%), de algodão (-16%), de arroz (-12%) e de feijão (-10%). Só a cana será beneficiada neste cenário --as áreas potenciais para a cultura crescerão 139%.

Fonte Jornal Dia a Dia

Nota: As perspectivas para este mundo até 2100, caso o Aquecimento Global não for contido, são catastróficas. Lembremos que o prazo limite para tomar uma posição definitiva quanto ao aquecimento global é 2015. Se até lá não for tomada uma providência, poderá não haver mais retorno.

Os estudos realizados por cientistas e divulgados pela mídia são assustadores. Será que eles estão desejando causar pânico nas pessoas para que, quando for tomada uma decisão, ninguém venha contestar, apenas apoiar e combater aqueles que não agirem de acordo com as novas leis de proteção ao meio ambiente? É o que parece, pois muitos estudos de cientistas de grande credibilidade mostram que as perspectivas não são tão ruins assim, mas estes estudos são poucos divulgados pela mídia.

A estratégia é boa e já a compreendemos.