O plano alemão apresentado hoje para fazer frente à crise econômica, de 50 bilhões de euros, "é um grande esforço por parte do Governo alemão e tenho certeza de que será uma grande ajuda", disse em Budapeste Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Strauss-Kahn acrescentou à imprensa que não conhece os detalhes do plano apresentado pela chanceler Angela Merkel, mas opinou que "os efeitos destes planos dependem das decisões concretas que se tomam"."Não temos que olhar apenas para os números globais, mas um pouco mais (adiante), que é o que está por trás destes 50 bilhões (de euros)", declarou o diretor-gerente do FMI.
Após uma reunião com o primeiro-ministro húngaro, Ferenc Gyurcsány, Strauss-Kahn disse que as reformas estruturais necessárias nos diferentes países são quase as mesmas do setor bancário: a regulação monetária, o controle dos gastos e a reforma do sistema tributário.Por outro lado, o diretor-gerente afirmou que "todos olhamos o futuro com preocupação", porque as previsões para 2009 "são tristes".
O FMI publicará suas previsões em poucos dias, mas Strauss-Kahn antecipou uma forte queda nas expectativas relativas ao crescimento da economia mundial.Strauss-Kahn disse ainda que a Hungria, que tinha recebido em outubro uma ajuda de 20 bilhões de euros do FMI, da União Européia (UE) e do Banco Mundial (BM), está no caminho certo para fazer frente às conseqüências da crise financeira mundial. EFE