16 maio 2008

Proteger vidas ou proteger soberania dos países?

O debate acerca de soberania e intervenção existe há décadas. Alguns países -- a maioria no mundo pobre -- dizem que a soberania do Estado sempre está à frente, mesmo em emergências humanitárias. Outros são contra esta idéia.

Na prática, desde o fim da Guerra Fria a ONU vem intervindo com mais freqüência em conflitos dentro dos Estados. Algumas vezes isto acontece com o consentimento dos governos. Outras, à revelia deles. Segundo o ministro das Relações Exteriores da França, a "responsabilidade de proteger" -- um novo conceito que defende a idéia de que, em circunstâncias extremas, pode-se ignorar a soberania dos países se o motivo for salvar vidas -- poderia ser invocada no caso do ciclone em Mianmar.

Já diplomatas da China, Vietnã, África do Sul e Rússia manifestaram-se contra a idéia do ministro francês. A China, inclusive, observou de forma incisiva que esta questão não foi levantada quando a França sofreu um onda mortal de calor em 2003.

Fonte - Opinião e Notícia

Nota DDP:De se relembrar um recente comentário colocado neste espaço por ocasião do discurso do Papa BXVI na sede das Nações Unidas, como pode ser lido em "Papa: A ONU deve intervir ":

Fora dos parâmetros já considerados no post anterior, apenas de se sublinhar as entrelinhas deste estranho pedido de intervenção supra nacional invocado pelo papa, que cheira claramente a um governo mundial.

Escapando um pouco para a discussão geopolítica, o Brasil que se prepare para uma intervenção há muito tempo anunciada: "Jornal britânico vê renúncia de Marina como ameaça ao futuro do planeta".

Extraído do blog Diário da Profecia

...