Chuvas torrenciais de um lado (Brasil), fortes nevascas de outro (Europa) e, no meio disso tudo, secas intermináveis (África): feliz 2010, leitor!
Ninguém pode afirmar com certeza que esses fenômenos são consequência das mudanças climáticas - mesmo porque há El Niño em atividade no Pacífico - mas, da mesma forma, poucos questionam a possibilidade dessa influência...
O que leva à pergunta que não quer calar: como fica a mudança do clima neste ano?
Quem acompanhou as idas e vindas de Copenhague ao longo do ano passado até chegar ao último capítulo, em dezembro, viu o que aconteceu.
Não houve fator Obama - ou Lula - que desse jeito, e o encontro acabou sem acordo com valor legal e medidas obrigatórias. O tick, tick, tick dos ambientalistas continuou ticando.
Dependendo da versão que o leitor prefira, a culpa foi da China ou dos países ricos. Pode-se dizer que o Brasil ficou no meio - nem China nem Estados Unidos, nem rico nem pobre, nem culpado nem inocente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do encontro que, aos 45 minutos do segundo tempo, costurou o fraco Acordo de Copenhague. Estava lá, ao lado de Obama, encarando o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao.
No fim das contas, as discussões mais espinhosas - metas de redução de gases do efeito estufa para países ricos e globais, obrigações dos países em desenvolvimento, financiamento - ficaram para o Ano Novo.
Mesmo sem uma relação direta inquestionável, os acontecimentos das últimas semanas parecem ditar uma certa urgência ao debate.
Mas o que se pode esperar das negociações sobre mudanças climáticas em 2010?
Fonte BBC Brasil
Nota: Boa pergunta, essa do final do artigo publicado pela BBC Brasil. Gostaria de uma resposta.