A península Antártica ocidental tem rápida perda de gelo devido ao aquecimento mundial, mas outras partes do continente têm tido, paradoxalmente, uma refrigeração, com um aumento de 10% do gelo nos mares em torno da região nas últimas décadas. Muitos céticos das alterações climáticas têm utilizado o resfriamento da Antártida como prova contra o aquecimento global.
Mas John Turner do British Antarctic Survey disse que os cientistas agora estão "muito confiantes" de que a anomalia é causada pelo buraco de ozônio sobre a Antártida...
Essas mudanças no clima têm aumentado os ventos na região do Oceano Austral e que significa que uma grande parte do continente tem-se mantido relativamente fria em comparação com o oeste da Península. Mas os gases CFC que causou o buraco de ozônio já foram banidos, os cientistas esperam que os danos desapareçam dentro dos próximos 50-60 anos. Turner disse que a Antártida poderia enfrentar os efeitos do aquecimento global. Isso significa um aumento da temperatura média do ar em torno de 3º C e uma redução no gelo do mar por cerca de um terço.
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Publicado pelo Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR)... o relatório foi publicado para dar aos negociadores em Copenhague dados científicos atualizados. "Tudo está conectado - Antártida pode estar muito longe, mas é uma parte importante do sistema da Terra", disse Colin Summerhayes, diretor executivo da SCAR. "Ele contém 90% do gelo do mundo, 70% da água doce do mundo e isso é o suficiente, se vier a derreter, para elevar o nível do mar em até 63 m."
Revisão SCAR é também corroborada por recente trabalho de Stefan Rahmstorf, um cientista do clima no Instituto Potsdam para Pesquisa dos Impactos Climáticos na Alemanha, ele afirma que o nível médio do mar poderá sofre uma elevação de até 1,4 m até o final do século. Esta previsão é maior do que o aumento previsto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007, disse Turner, porque as previsões do IPCC não incluem o impacto do derretimento do gelo sobre o aumento do nível do mar. Muitos dos modelos climáticos usados pelo IPCC também não têm tido o buraco de ozônio em conta nas suas simulações.
Fonte The Guardian (em inglês)
Nota: Os cientistas estão se preparando para causar impacto nos líderes mundiais; provocando alarme e sensacionalismo; esperam eles, contribuir para um acordo climático mais abrangente.
Não sabemos quando as profecias se cumprirão, mas já podemos perceber que seu cumprimento caminha a passos largos. Como estamos nos preparando? Pense bem a esse respeito.
