22 dezembro 2009

ELLEN WHITE E O NATAL


Estive lendo alguns artigos publicados em alguns blogs e sites adventistas e, confesso, achei que alguns foram ao extremo condenando o natal em todas as suas formas, em contraste, outros são tão liberais que até parece a igreja romana defendendo o domingo, dia do deus sol, como dia do Senhor Jesus que é o Sol da Justiça. Alguns demonstraram certo equilíbrio. Uma vez que a Bíblia não nos informa a data do nascimento do Salvador e não existe nenhuma orientação sobre assunto, mas apenas um período provável de meses que pode ter ocorrido, resolvi preparar um artigo sobre o que Ellen White nos diz sobre o Natal. As citações dela estão entre aspas e em itálico e os meus comentários entre colchetes.

“Nossos aniversários, Natal e festas do Dia de Ações de Graças, são não raro devotados a satisfações egoístas, quando a mente devia ser dirigida para a amorável bondade e misericórdia de Deus. É desagradável ao Senhor que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor, não sejam trazidos à mente nas ocasiões de aniversário”. Review and Herald, 23 de dezembro de 1890.

As sugestões de Satanás são executadas em muitas, muitas coisas. Nossos aniversários natalícios e festas de Natal e de Ações de Graça freqüentemente são devotados à satisfação do eu, quando a mente devia ser dirigida para a misericórdia e a amorável benignidade de Deus. Deus Se desagrada de que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor não sejam trazidos à lembrança nessas ocasiões de aniversário.

“Se todo o dinheiro usado extravagantemente, para coisas desnecessárias, fosse colocado no tesouro de Deus, veríamos homens, mulheres e jovens entregarem-se a Jesus e fazerem sua parte para cooperar com Cristo e os anjos. As mais ricas bênçãos de Deus adviriam às nossas igrejas, e muitas almas se converteriam à verdade”. Review and Herald, 23 de dezembro de 1890.

[Estes conselhos nos advertem para não utilizarmos o Natal para satisfação egoísta, voltada para o eu, advertindo-nos sobre o consumismo que se desencadeia nesta época de plena satisfação dos desejos carnais.]

“Não somente nos aniversários devem pais e filhos lembrar-se das misericórdias do Senhor de uma maneira especial, mas também devem o Natal e o Ano Novo ser ocasiões em que toda a casa se deve lembrar do seu Criador e Redentor. Em vez de dedicar dádivas e ofertas com tanta abundância a objetos humanos, reverência, honra e gratidão devem ser prestadas a Deus, fazendo-se com que dádivas e ofertas fluam para o conduto divino. Não Se agradaria o Senhor de que dEle nos lembrássemos assim? Oh, como Deus tem sido esquecido nessas ocasiões! ...” Conselhos Sobre Mordomia, Pág. 297

“Tenho dito a minha família e meus amigos: É meu desejo que ninguém me dê presentes de aniversário ou de Natal, a não ser com a permissão de transferi-los ao tesouro do Senhor, para serem usados no estabelecimento de Missões.” Review and Herald, 27 de dezembro de 1906.

[Embora a Igreja Adventista tenha crescido grandemente desde seu surgimento até a presente data, precisamos voltar os olhos para os diversos campos de pregação espalhados pelo mundo onde faltam recursos para alavancar a obra que sido negligenciada. Se todos os membros da Igreja Adventista no mundo fossem orientados para neste período, ao invés de gastarem recursos para satisfazerem o apetite e a vaidade, dá uma oferta de gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas durante todo o ano, a obra alcançaria resultados esplêndidos.]

“'Aproxima-se o Nata’, eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão grande atenção? ...

“O dia 25 de dezembro é supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias.

“Em Sua sabedoria o Senhor ocultou o lugar onde sepultou Moisés. Deus o sepultou e Deus o ressuscitou e o levou para o Céu. Este procedimento visava prevenir a idolatria. Aquele contra quem se haviam rebelado quando estava em serviço ativo, a quem haviam provocado quase além dos limites da resistência humana, era quase adorado como Deus depois de separado deles pela morte. Pela mesma razão é que Ele ocultou o dia preciso do nascimento de Cristo, para que o dia não recebesse a honra que devia ser dada a Cristo como Redentor do mundo - Aquele que deve ser recebido, em quem se deve crer e confiar como Aquele que pode salvar perfeitamente todos os que a Ele vêm. A adoração da alma deve ser prestada a Jesus como o Filho do infinito Deus.” Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

[Deus não deixou claro em Sua palavra a data de nascimento de Seu Filho, esse ato deve nos mostrar algo muito importante que só a sabedoria de Deus poderá nos revelar algum dia. Mas uma coisa é certa: Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Ao lermos Lucas 1:26-27 teremos uma pequena luz quanto ao possível mês do nascimento do Mestre. “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, desposada com um varão, cujo nome era José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria.” Foi no sexto mês do calendário judaico que Gabriel avisou Maria que a mesma se encontrava grávida pelo poder do Espírito Santo; Isabel, prima de Maria, estava no sexto mês, grávida de João Batista. Verso 36. Alguns dias depois Maria foi visitar Isabel e o pequeno João Batista saltou em seu ventre, então Isabel declarou que Maria estava grávida. Versos 39-45. O sexto mês no calendário judaico é equivalente ao mês de setembro em nosso calendário, então se levarmos em conta o período de nove meses de gestação de Maria, isso levaria o nascimento de Jesus ao mês de junho; não podemos afirmar com precisão que esse seria o mês exato, podendo ter acontecido um ou dois meses antes ou depois, isso no leva à provável suposição de que Jesus nasceu entre o mês de abril a agosto, mas nunca dezembro.]

[Vinte e cinco de dezembro é aniversário de vários deuses no paganismo. Tamuz, Sol, etc. O Sol era o maior deus considerado pelos pagãos. A Igreja Romana escolheu essa data para não causar impacto nos adoradores do sol que se converteram ao cristianismo, assim como adotou o culto a Maria em substituição ao da deusa Cibele, e outras deusas do paganismo foram substituídas por santas.]

“Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.

“A juventude deve ser tratada com muito cuidado. Não devem ser deixados no Natal a buscar seus próprios divertimentos em prazeres vãos, em diversões que lhes rebaixarão a espiritualidade. Os pais podem controlar esta questão voltando a mente e as ofertas dos filhos para Deus e Sua causa e a salvação de almas.

“O desejo de divertimentos, em vez de ser contido e arbitrariamente sufocado, deve ser controlado e dirigido mediante paciente esforço da parte dos pais. Seu desejo de dar presentes deve ser levado através de puros e santos canais e feitos resultar em bênção ao nosso próximo graças à manutenção do tesouro na grande e ampla obra para a qual Cristo veio ao mundo. Abnegação e espírito de sacrifício assinalaram Sua conduta. Seja isto também o que assinale os que professam amar a Jesus, porque nEle está centralizada nossa esperança de vida eterna.” Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

[Apesar de Jesus não haver nascido no dia 25 de dezembro, data que tem fortes ligações com o paganismo, não seria errado, nem pecado, usar esta data para propagar a mensagem de salvação, como fazemos com a Semana Santa. Mas tudo deveriam ser feito com cautela e longe dos padrões mundanos. Os jovens e crianças devem ser ensinados a separarem uma oferta especial para a obra de Deus e ajuda ao próximo, mas nunca serem ensinados nos costumes que o mundo usa neste período. O Mutirão de Natal é uma boa opção, mas apenas cumpre parte do trabalho, devemos fazer também uma campanha que estimule os membros a doarem uma oferta para a obra de Deus, que muito precisa. Muitos acreditam que os dízimos são suficientes para sustentar a obra, esse pensamento demonstra egoísmo e amor ao dinheiro. Se a igreja fosse liberal em suas ofertas como é no dízimo, cidades onde há somente uma igreja, haveria dezenas, e lugares onde não há nenhuma, a mensagem da Verdade Presente já teria alcançado milhares de pessoas. É o egoísmo que tem impedido a obra de Deus de crescer. O que vemos é um dos enganos de Satanás, pois enquanto centenas de igrejas exploram seus fiéis, tirando até o que eles não têm para propagar um falso evangelho, Satanás leva os membros da Igreja Verdadeira a amarem mais o dinheiro do que a Deus, assim ele propaga o engano e trava a verdade. Muitos ainda usam as suspeitas sobre os líderes da Igreja para justificar seu egoísmo. Mero engano. Pode até haver erros, não digo que não existam, pois são homens, mas um pecado não justifica outro.]

“As festas estão chegando rapidamente com sua troca de presentes, e jovens e idosos estão estudando intensamente o que poderão dar a seus amigos como sinal de afetuosa lembrança. É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma afirmação de que não estamos esquecidos, e parece ligar-nos a eles mais intimamente. ...

“Está certo concedermos a outros demonstrações de amor e afeto, se em assim fazendo não esquecemos a Deus, nosso melhor amigo. Devemos dar nossos presentes de tal maneira que se provem um real benefício ao que recebe. Eu recomendaria determinados livros que fossem um auxílio na compreensão da Palavra de Deus ou que aumentem nosso amor por seus preceitos. Provede algo para ser lido durante esses longos serões de inverno.” Review and Herald, 26 de dezembro de 1882.

“Há muitos que não têm livros e publicações sobre a verdade presente. Aqui está um grande campo onde o dinheiro pode ser investido com segurança. Há grande número de crianças que pode ser suprido com leitura. The Sunshine Series, Golden Grains Series, Poems, Sabbath Readings, etc., são todos livros preciosos e podem ser introduzidos seguramente em cada família. As pequenas quantias gastas em guloseimas e brinquedos inúteis podem ser acumuladas e com isto comprar esses volumes. ...

“Os que desejarem fazer caros presentes a seus filhos, netos, sobrinhos, procurem para eles os livros acima mencionados. Para os jovens a Vida de José Bates é um tesouro; também os três volumes de O Espírito de Profecia. Esses volumes podem ser levados a cada família na Terra. Deus está dando a luz do Céu, e nenhuma família deve ficar sem ela.

“Sejam os presentes que façais, da espécie que espalhe raios de luz sobre o caminho que conduz ao Céu.” Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.

[O conselho aqui é o seguinte: Queres dá algum presente para um familiar ou amigo neste fim de ano, então presenteie seu familiar ou amigo com alimento espiritual: livros, lição de escola sabatina, etc. Não dê nada que satisfaça o eu.]

“Irmãos e irmãs, enquanto estais planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Ele Se agradará se mostrarmos que não O esquecemos. Jesus, o Príncipe da vida, deu tudo a fim de pôr a salvação ao nosso alcance. ... Ele sofreu mesmo até à morte, para que nos pudesse dar a vida eterna.

“É por meio de Cristo que recebemos todas as bênçãos. ... Não deve nosso Benfeitor celestial participar das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos lábios o Seu louvor.” Review and Herald, 26 de dezembro de 1882.

[Aqui é reafirmado a oferta de gratidão a Deus no final de cada ano.]

“Pelo mundo os feriados são passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. ... Milhares de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus.” Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.

[Aqui é condenado os gastos inúteis neste período com ornamentos de natal, satisfação do apetite nas ceias aquisição de vestuários caros, etc. Alguns podem argumentar que ela escreveu para sua época, pois a igreja estava enfrentando sérias necessidades financeiras em seu início, mas eu pergunto: a igreja hoje está rica, possuindo de sobra? Claro que não. Sabemos das dificuldades financeiras que o mundo enfrenta e que também atinge a igreja, e, embora que houvesse dinheiro de sobra, afirmo que mesmo assim isso não nos daria o direito de satisfazer o nosso próprio eu enquanto milhares enfrentam a miséria e a fome no mundo. Será que achamos que o simples fato de fazermos doações de algumas cestas básicas, isso nos dá o direito de agora saciar o nosso ego? Pense nisso: Se todo o dinheiro gasto com esses costumes fosse revertido para ajudar o próximo, não estaríamos cumprindo a missão que Deus nos confiou? Eu acredito que o natal e o ano novo, assim como a Semana Santa, seriam realmente as melhores datas para testemunharmos do amor de Deus, praticando a abnegação.]

“Há muita coisa que pode ser planejada com gosto e muito menos dispêndio do que os desnecessários presentes que são tão freqüentemente oferecidos a nossos filhos e parentes, podendo assim ser mostrada cortesia e a felicidade ser levada ao lar.

“Podeis ensinar uma lição a vossos filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus. Dizei-lhes que tendes pensado mais em vosso próprio prazer e satisfação deles e de manter-vos em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que deles não necessitam, do que em ajudar ao progresso da causa de Deus. Como os magos do passado, podeis oferecer a Deus vossos melhores dons e mostrar por vossas ofertas a Ele que apreciais Seu dom por um mundo pecaminoso. Levai os pensamentos de vossos filhos através de um canal novo, altruístico, incitando-os a apresentar ofertas a Deus pelo dom do Seu Unigênito Filho.” Review and Herald, 13 de novembro de 1894.

[Aqui é reafirmado a recusa em satisfazer o eu e colocar em primeiro lugar a obra de Deus e ao próximo.]

“Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.

“A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração.” Review and Herald, 11 de dezembro de 1879.

[Muitos utilizam essa passagem para justificar o uso de uma árvore de natal. Contudo, Ellen White está aqui nos mostrando outro sentido para a árvore de natal. Devemos ver o contexto em que ela foi proferida. Árvore de natal aqui seria utilizada para recolher donativos e ofertas para obras de construção existentes na época, veja a citação: “árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto”. Devendo fugir da orientação do mundo que é usada como ornamento para exaltar o deus do consumo. Preste atenção no texto: “Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.” O motivo da árvore de natal no contexto seria arrecadar ofertas para construção de igrejas e pregação do evangelho. Se esse foi o motivo da árvore de natal em sua igreja ou em sua casa, parabéns. Se não, reveja seus conceitos.]

“Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes. Em nenhum caso o mero divertimento deve ser o objetivo dessas reuniões. Conquanto possa haver alguns que transformarão essas reuniões em ocasiões de descuidada leviandade, e cujo espírito não recebeu as impressões divinas, outros espíritos e caracteres há para quem essas reuniões serão altamente benéficas. Estou plenamente convicta de que inocentes substitutos podem ser providos para muitas reuniões que desmoralizam.” Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

[Aqui está se referindo ao mesmo princípio exposto acima. Uma árvore de natal com ofertas missionárias. Se assim for, está dentro do conselho, se não, reveja seus conceitos. Leia o texto no livro O Lar Adventista, pág. 482, e veja o subtítulo dos editores do livro antes do texto.]

“As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar.” Manuscrito 13, 1896.

[Aqui é reafirmado o conselho de usar o natal para ajudar os necessitados.]

“Não vos levantaríeis, meus irmãos e irmãs cristãos, cingindo-vos a vós mesmos para o dever no temor do Senhor, procurando arranjar este assunto de tal maneira que não seja árido e desinteressante, mas repleto de inocente prazer que leve o sinete do Céu? Eu sei que a classe pobre responderá a estas sugestões. Os mais ricos também devem mostrar interesse e apresentar seus donativos e ofertas proporcionalmente aos meios que Deus lhes confiou. Que se registrem nos livros do Céu um Natal como jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra de Deus e o reerguimento do Seu Reino.” Review and Herald, 9 de dezembro de 1884.

[Aqui é reafirmado que um natal dentro dos princípios expostos aqui, seria um natal para glorificar a Deus, testemunhando de seu amor e cuidado com os pobres.]

“Lembremo-nos de que o Natal é celebrado em comemoração do nascimento do Redentor do mundo. Este dia é geralmente gasto em festas e glutonaria. Grandes somas de dinheiro são gastas em desnecessárias condescendências pessoais. O apetite e os prazeres sensuais são satisfeitos a expensas da força física, mental e moral. Todavia, isto se tornou um hábito. O orgulho, a moda e a satisfação do paladar têm tragado imensas quantias que a ninguém, em verdade, beneficiaram, mas animaram uma prodigalidade de meios desagradável a Deus. Esses dias são passados mais em glorificar ao próprio eu do que ao Senhor. A saúde tem sido sacrificada, o dinheiro, pior do que se fosse jogado fora; muitos têm perdido a vida mediante o excesso de comidas ou a desmoralizadora dissipação, e almas se têm assim perdido.

“Deus seria glorificado por Seus filhos caso tivessem prazer num regime de simplicidade, empregando os meios a eles confiados em levar para Seu tesouro ofertas, pequenas e grandes, a fim de serem usadas em mandar a luz da verdade a almas que se encontram nas trevas do erro. Ao coração das viúvas e dos órfãos pode ser levado o regozijo com as dádivas que lhes acrescentarão algum conforto, saciando-lhes a fome.” Mensagens Aos Jovens, 311.

[Aqui é confirmado todo o conteúdo exposto no artigo.]

Hilton Robson
Resta Uma Esperança