05 outubro 2009

FMI tem apoio para virar uma espécie de BC global


O Fundo Monetário Internacional (FMI) está sendo reinventado, aos 65 anos. Fortalecido pela crise, tem planos para se converter numa espécie de banco central e cumprir um novo papel de supervisão dos mercados financeiros - missão recomendada pelo grupo das 20 maiores economias desenvolvidas e emergentes, o G20.

Como um banco central, poderá administrar um caixa comum de reservas. A ideia é livrar os países membros da acumulação de grandes volumes de dólares e de outras moedas importantes. Os dois objetivos estão, desde ontem, na agenda oficial do Fundo, por decisão de seu principal organismo político, o Comitê Monetário e Financeiro Internacional, formado por 24 ministros de Finanças de todos os continentes, incluído o brasileiro, Guido Mantega.

A ideia de formar um pool de reservas, uma espécie de caixa comum, foi defendida na reunião do comitê pelo diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn. A crise, segundo ele, evidenciou a necessidade de fundos de segurança muito amplos para se enfrentar os choques originados do mercado de capitais. Sai muito caro acumular essas reservas e o FMI, segundo ele, deve oferecer uma alternativa mais conveniente e com credibilidade.

A formação do pool de reservas, disse Strauss-Kahn, pode ser um passo adiante dos mecanismos de financiamento experimentados com êxito na crise - a nova Linha de Financiamento Flexível, oferecida ao México, à Polônia e à Colômbia, e os Acordos de Acesso Amplo e Preventivo, firmados com várias economias em desenvolvimento.

A linha inaugurada pelo México é acessível, sem burocracia e obrigação de cumprir metas de desempenho negociadas com o Fundo, mas é reservada a países com bom histórico na administração fiscal e monetária. O acordo com o governo mexicano permanece em vigor, mas não foi preciso tocar no dinheiro. A mera possibilidade de acesso imediato e sem burocracia a US$ 40 bilhões parece ter desencorajado qualquer ideia de especulação contra o peso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte Último Segundo

Nota: Um Banco Central Global. Realmente a crise financeira trouxe muitas mudanças na economia, uma delas é uma Nova Ordem Mundial na Economia. O que isso tem haver conosco? Muito. Vejamos:

A crise econômica já rendeu vários apelos a uma Nova Ordem Mundial; veja esta declaração de Gordon Braw, primeiro ministro da Inglaterra, no final da cúpula do G20, em Pittsburgh, em Setembro (2009):

“foi criada uma nova ordem económica mundial para lidar com os problemas financeiros e econômicos mundiais”

Bento XVI também fez o apelo em sua nova Encíclica, leia:

“Em resposta à crise financeira, o Papa Bento XVI pediu a formação de uma ‘Autoridade Política Mundial’. Esta nova ‘Autoridade’ deverá impor políticas globais nas áreas da economia, ambiente e emigração de forma a contribuir para a construção de uma nova ‘ordem social’ que esteja ‘de acordo com a ordem moral.’ Este pedido é feito na Encíclica Papal que acaba de ser publicada, intitulada Caritas in Veritate – ‘Amor na Verdade’.”

Esta nova ordem deverá impor maior controle sobre o sistema financeiro mundial, o capital sofrerá maiores restrições e controle, as palavras do presidente Lula refletem bem esta nova visão.

“Refiro-me à absurda doutrina de que os mercados podem se regular a si mesmos, sem a necessidade de uma intervenção estatal supostamente intrusiva, e a tese de liberdade absoluta para o capital financeiro sem regras de transparência e além do controle dos povos e das instituições".

Entendeu?

Estamos muito perto de uma nova ordem mundial.

Que Deus nos abençoe!