22 setembro 2010

Tufão mata 13 e 34 desaparecem no sul da China

Fanapi provocou uma das piores chuvas do século no país e já provocou prejuízos de mais de US$ 60 milhões

PEQUIM - Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 34 desapareceram após a passagem do tufão Fanapi pela província de Cantão, sul da China, e somam aos três falecidos e dezenas de feridos na ilha de Taiwan, informou nesta quarta-feira a agência oficial de notícias Xinhua.

Um deslizamento de terras provocado pelo tufão, o 11º que afeta a China este ano na temporada das monções e que está sendo o mais destrutivo, deixou cinco mortos, seis desaparecidos e sete feridos na região de uma represa da cidade de Xinyi, segundo as autoridades locais.

Além disso, 346 casas foram derrubadas nesta cidade e as perdas econômicas na região chegaram a 460 milhões de yuans (US$ 65,5 milhões).

No município de Rupingtang, mais deslizamentos e inundações mataram três pessoas, deixaram 12 soterradas e outras três desaparecidas.

Outras três morreram e oito desapareceram na cidade de Yangchun, onde, além disso, 18.930 pessoas foram desalojadas.

O município de Shuangjiao, em Yangchun, sofreu precipitações de 548,5 milímetros durante sete horas, as piores em 58 anos, de acordo com as autoridades.

Na cidade de Gaozhou, as inundações provocadas pelo Fanapi deixaram dois mortos e cinco desaparecidos.

Outra cidade gravemente afetada é Maoming, onde oito mil moradores foram evacuados devido às inundações.

O Fanapi, que em um dos dialetos da Micronésia significa "pequenas ilhas do atol", está causando as piores chuvas em um século no sul da China, embora na tarde desta terça-feira tenha perdido força até se tornar um sistema de baixas pressões, após ter descarregado 550 milímetros em 24 horas em Yangchun e Shuangyao.

Em Fujian, seis comarcas registraram chuvas superiores a 200 milímetros nas últimas 23 horas, e está previsto que as precipitações continuem nas cidades de Xiamen, Zhangzhou, Quanzhou e Longyan.

A China sofre em 2010 suas piores inundações durante a temporada da monção desde 1998, com mais de três mil mortes e mil desaparecidos.

Fonte O Estadão