07 fevereiro 2010

Tragédia grega, drama europeu


Momento mais crítico da história do euro lança dúvidas sobre o futuro de um mercado comum desequilibrado

Pandora, de fato, abriu sua caixa. Entre os demônios que saíram dela está o caos da dívida, as incertezas no mercado e o temor de uma nova recessão. Mas, para a Europa, o maior demônio é mesmo a dúvida sobre o euro e o futuro de um mercado comum desequilibrado entre o norte exportador e o sul endividado. Depois de pensar que superou a recessão de 2009, a União Europeia (UE) vive o momento mais crítico na história de dez anos da moeda comum, diante das incertezas sobre a capacidade de países como Espanha, Grécia, Portugal, Irlanda ou Itália financiarem suas dívidas.

"Estamos vivendo o primeiro e maior teste da história do euro. Esse também é um teste para o futuro da Europa", afirma, ao Estado, Loukas Tsoukalis, assessor especial do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e ex-conselheiro do governo grego para temas europeus. Seu país, a Grécia, está no centro de uma verdadeira tragédia.

Nos últimos dias, os mercados entraram em ebulição diante da constatação de que alguns dos governos europeus poderiam não honrar suas dívidas. Emissões de bônus e de papéis da dívida desses países nem sequer encontraram compradores. O impacto no euro foi imediato: caiu para o menor valor em sete meses. Ironicamente, investidores venderam euros e optaram pelo dólar, moeda de um país com um déficit do orçamento de 12% de seu PIB, equivalente ao da Grécia.

Como numa tragédia grega, a situação dos países europeus é resultado de vários atos. O primeiro foi o momento anterior à recessão, em que governos apostaram que a taxa de crescimento robusto seria mantida por alguns anos. Na Grécia, por exemplo, a economia chegou a crescer 4% por ano entre 2001 e 2008. Bolhas foram criadas em setores como o imobiliário. Mas eram financiadas com créditos abundantes.

Com a chegada da crise, a opção adotada foi a de lançar mão de pacotes bilionários para incentivar os setores mais críticos da economia e evitar uma perda ainda maior de empregos. Ao mesmo tempo, a arrecadação dos governos despencou e os créditos secaram.

A recessão foi freada, com uma participação inédita do Estado na economia. Pela Espanha, cartazes estão espalhados por todas as cidades como sinal de que o governo decidiu liberar verbas para obras públicas, gerando empregos e incentivando certos setores. Mas uma nova crise foi gerada: a da dívida. Países como Grécia, Irlanda e Portugal passaram a ter uma dívida equivalente ao próprio PIB. A Espanha, depois de um superávit em 2008, viu que as suas contas foram revertidas.

Fontes do gabinete do governo espanhol contaram ao Estado que nos primeiros meses da recessão a tensão era máxima na cúpula do governo e técnicos eram pressionados a apresentar propostas quase todos os dias para salvar um setor. O problema, segundo a fonte, é que grande parte das medidas era apenas superficial. Dinheiro seria injetado na economia, mas sem um impacto duradouro. Alguns meses depois, a constatação em vários mercados é de que a dívida se transformou em uma ameaça.

CRITÉRIOS

O que mais preocupa é que todas as regras para que países participem do euro foram violadas. Pelo Pacto de Estabilidade, uma economia apenas poderia participar do euro se apresentasse um déficit orçamentário de menos de 3%. Na Grécia, o valor é quatro vezes maior. Na Espanha, chega a 9,8%, em Portugal, a 9,3%. Os gregos chegaram a mentir para Bruxelas sobre os reais valores do orçamento e déficit e agora a UE abriu um processo contra Atenas.

Pelas normas da UE, um país que viole o teto de 3% por dois anos seguidos é repreendido e, se o problema persistir, poderia ser até suspenso do euro. Mas o problema é que, pelo menos neste semestre, quem preside a UE é a Espanha, um dos países que teoricamente estaria prestes a ser punido por não cumprir os critérios do euro. "Politicamente, é impossível pensar que a Grécia ou qualquer outro país poderia ser retirada da zona do euro. Se a Grécia sair, o euro deixa de existir em termos de credibilidade", ressaltou Tsoukalis.

A solução, por enquanto, foi colocar a Grécia numa camisa de força, no início da semana. O plano apresentado pelo governo de Atenas de congelar salários e reduzir o déficit será monitorado pela Comissão Europeia, com medidas inéditas de tutela orçamentária.

O governo grego chegou a ensaiar uma crítica aos investidores, acusando o mercado de estar "apostando contra a Grécia". "Isso até pode ser verdade, mas não podemos esconder os fatos: a dívida existe e é pesada", disse Tsoukalis. "Em muitos aspectos, a Grécia se parece mais com um país latino-americano que europeu. Mas o que preocupa é que existem muitas Grécias agora na Europa."

De fato, o mercado é unânime em afirmar que um calote na Grécia faria o risco Portugal ou o risco Espanha explodir. Portugal já sentiu a dificuldade nesta semana, quando sua dívida chegou a 77% do PIB. O governo se apressou em dizer que "não entendia" as dúvidas do mercado em relação ao país. Na Itália, a dívida supera a marca de 100% do PIB e há anos o governo não consegue gerar crescimento suficiente para uma arrecadação que reduza o tamanho do déficit orçamentário.

Um após o outro, governos europeus passaram a anunciar medidas de restrição. Portugal apresentou um plano de corte de gastos, mas se recusou a aumentar impostos. Na Irlanda, a opção foi reduzir os salários dos funcionários públicos. Na Grécia, o primeiro-ministro George Papandreou disse que os trabalhadores precisarão se acostumar com o fato de que suas aposentadorias não serão tão confortáveis como esperam.

Para analistas mais apressados, é o estado de bem-estar social da Europa que também está sendo posto à prova. Nesta semana, o governo socialista na Espanha insinuou que a idade de aposentadoria poderia ser elevada. A oposição retrucou de forma tipicamente espanhola: só passando sobre ela.

Na melhor das hipóteses, as medidas possibilitarão que os critérios voltem a ser respeitados em 2013. Seja qual for a medida, porém, os sindicatos europeus já preparam protestos contra seus respectivos governos para os próximos dias.

Fonte O Estadão

Nota: O poder econômico da Europa, do velho mundo, dos pés da estátua em Daniel 2, está caindo. O euro que parecia tão forte, perdeu forças; o dólar começa a ganha o terreno perdido. Percebemos que a crise financeira instalada em 2008, está longe de acaba. A profecia caminha para o seu cumprimento. Breve o conselho do pontífice romano será acatado: devemos criar um governo mundial. Como o euro parece perder forças, o dólar renasce como uma moeda mais confiável; será o dólar americano, com algumas modificações, a moeda única deste novo governo? Não sabemos. Mas uma coisa é certa: brevemente será gerado um governo mundial, acabando com a liberdade das pessoas (Apocalipse 13).

Os dedos da estátua estão pedindo socorro. Tentaram de todas as formas criar uma união alicerçada, mas sua união resultou em catástrofe; parece que a União Européia está prestes a cair. A profecia nunca falha.

Todas estas coisas era necessário acontecer para que o mundo entendesse que uma atitude mais drásticas deve ser tomada, se queremos salvar a economia e o planeta de um colapso sem retorno. O cenário para o desfecho final parece ganhar contornos para o seu término.

E a igreja? Como ela se encontra para enfrentar essa crise, esse tempo de angústia, qual nunca houve?

A igreja se encontra morna, amante do mundo, em busca de prazeres terrenos e de uma religião emocional. A televisão ganhou o lugar da Bíblia. A razão deu lugar à emoção. A verdade deu lugar à mentira. A coragem deu lugar ao medo. A busca da saúde deu lugar à uma intemperança sem limites. O desejo de se encontrar com Cristo deu lugar ao desejo de realizações terrenas. A igreja dorme no momento que era para está acordada. Mas os fiéis a Deus acordarão. Você é um destes? Então acorde meu irmão!

Desde de 2008 a igreja na América do Sul está tentando provocar um reavivamento em seus membros, mais uma vez, este ano acontecerá o Impacto Esperança; a pregação da Verdade Presente será realizada como nunca foi. Ore, faça jejum, estude a Bíblia e busque poder do alto, enquanto ainda tem tempo para encher sua lâmpada.