Norte-americanos buscam mudança política e econômica real
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Ética nos negócios
Curiosamente, em 1985, Bento XVI, então cardeal Ratzinger, advertiu das consequências de um sistema que elimina sua base moral. Ele disse: “Está-se convertendo em um fato cada vez mais evidente da história econômica que o desenvolvimento dos sistemas econômicos se concentram no bem comum e dependem de um sistema ético determinado, que por sua vez só pode nascer e se manter sozinho por fortes convicções religiosas. Pelo contrário, também há fatos evidentes de que a diminuição dessa disciplina pode causar realmente o colapso das leis do mercado”.
Observamos de forma separada a ética e o mercado, e vimos o colapso do mercado sob o peso de práticas de investimento gananciosas e egoístas. A pergunta é: podemos alcançar um sistema de mercado ético?
No ano passado, em uma pesquisa dos Cavaleiros de Colombo e dos Maristas, concluímos que 3/4 dos americanos e 94% dos executivos consideram que uma empresa pode ser ética e obter sucesso. O necessário é que essa maioria esmagadora abrace as decisões morais. [Da ICAR]
Se os executivos estiverem dispostos a intensificar suas normas éticas, então poderão proporcionar ao povo americano uma alternativa real à regulação do governo - que se mostra incapaz de resolver uma crise, e muito menos de impedir a próxima.
Mas se não quiserem limpar sua própria casa, os líderes empresariais vão deixar os americanos com a escolha forçada entre lançar-se aos joguetes de Wall Street ou à mão pesada de Washington.
Não é de estranhar que, além de ser pessimistas sobre as medidas do governo para resolver a crise econômica, a maioria dos americanos ve que a crise afeta pessoalmente. Em nossa pesquisa, 55% disseram que suas carreiras podem ser afetadas negativamente pelo entorno econômico atual.
Com a maioria dos americanos acreditando que serão afetados negativamente pela crise, isso não é um problema que vai desaparecer por si só.
Voto de não-confiança
Na rua há decepção - ou oposição - tanto à regulação do governo quanto à cobiça empresarial - nenhuma das duas pode resolver a quebra moral dos que separaram a ética da economia.
Até que o povo americano não veja a mudança em que pode acreditar, em Washington e em Wall Street, até que não veja decisões empresariais tomadas sobre uma base moral, a crise de confiança entre os trabalhadores e os consumidores continuará, e isso fica ruim para todos nós.
Mas há esperança. De fato, para os católicos que são proprietários de negócios, executivos, investidores e consumidores, devemos nos dar conta de que nossa própria falta de ação - ou falta de ação pública - está contribuindo para o silêncio em torno das dimensões morais da crise econômica.
Deveríamos dizer, com Shakespeare, que a culpa não está nas estrelas, mas em nós mesmos, e, uma vez que nos dermos conta disso, podemos dar conta também de que esta situação pode ser superada.
Bento XVI nos deu um grande roteiro para um futuro que inclui a ética na economia. Durante anos, e especialmente em sua mais recente encíclica Caritas in Veritate, tem nos mostrado um caminho para o futuro em que a ética está no centro da economia, não às margens.
Devemos despertar os 75% dos americanos e os 94% dos executivos que acreditam que se pode fazer dinheiro de forma ética. Com essa maioria, não deveria ser difícil fazer uma verdadeira diferença na forma de fazer negócios.
Esse é o tipo de mudança em que já acreditam 3/4 do país, e que poderia mudar o mundo para um lugar melhor para todos nós.
Fonte Zenit
Nota: A Encíclica Papal como bússola para resolver os problemas americanos. A profecia parece está andando para seu desfecho final. Apocalipse 13. Uma besta fazendo imagem da outra besta. Não podemos esquecer que a Encíclica Papal sugere uma nova ordem mundial, que possa ter um líder mundial que tome decisões para proteger o meio ambiente, a economia e família.