07 março 2012

Deus retorna ao centro do debate eleitoral nos EUA

Estudiosos do tema eleitoral assinalam que “Deus entrou na campanha republicana”, a partir do conflito do presidente Barack Obama com a Igreja Católica por causa do uso dos anticonceptivos e do perfil religioso dos candidatos do partido da oposição. Existe a expressa intenção de deslegitimar o presidente para impor um radicalismo a partir da religião.

Segundo os analistas, a barreira entre religião e política tende a disseminar-se bem mais nos Estados Unidos do que na Europa, ainda que a Constituição da República garanta que não possa existir religião oficial alguma, embora mais do que 90% dos estadunidenses declaram-se seguidores de uma religião.

Obama definiu-se como um homem religioso, viveu essa religiosidade com discrição e não escolheu qualquer igreja em Washington para dela participar, como fizeram presidentes anteriores. Muitos estadunidenses consideram-no muçulmano. O debate ameaça estender-se até as eleições de novembro.

Recentemente, o reverendo Franklin Graham, filho de Billy Graham, declarou que Obama é considerado como um filho do Islã pelos próprios seguidores do islamismo. Disse que é natural que assim seja, porque, desde o princípio de seu mandato deu via livre a esse tipo de fé não cristã no país.

A polêmica cresceu, por esses dias, ante os supostos perigos que ameaçam a religião nos Estados Unidos, quando um antigo bispo mórmon e outro católico podem concorrer a cargos públicos pelo partido republicano. O candidato a candidato à presidência da República dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Rick Santorum, lembrou, como o fizera em 2008, que “Satanás tinha posto a vista nos Estados Unidos” por causa do incremento do materialismo e da corrupção na sociedade, que levaram a uma profunda crise de valores.

Outro pré-candidato, Mitt Romney, assinalou que Obama está destruindo a liberdade religiosa com suas atitudes e ameaça ao clero. E Newt Gingrich afirmou que o presidente Obama, se ganhar um segundo mandato, desencadeará uma guerra contra os católicos.


Fonte Vermelho