Paris (RV) -
"Vimos aqui para dizer que as nossas religiões querem ser promotoras de
paz" – foi o que disse o Arcebispo de Paris, Cardeal André Vingt-Trois,
durante o encontro inter-religioso pela paz realizado, nesta
quinta-feira, na capital francesa, com os líderes religiosos desse país.
Estiveram presentes cristãos, judeus, muçulmanos e budistas, membros da
Conferência de Representantes dos Cultos na França.
Em seu
pronunciamento, o purpurado sublinhou que a paz corre perigo se as
religiões forem excluídas do âmbito social. "As religiões existem,
relacionam-se umas com as outras e têm algo a dizer a todos. Esse
encontro mostra o diálogo real entre as religiões de nosso país, vivido
também nas comunidades locais" – frisou o Arcebispo de Paris.
Depois
do Cardeal Vingt-Trois, tomaram a palavra o Presidente da Federação
Protestante da França, Pastor Claude Baty, e o Grão-Rabino, Gilles
Bernheim, que ressaltou: "o diálogo inter-religioso é um ato religioso. A
experiência que nós fazemos em nossa religião, nos abre a um mistério
do qual não temos propriedade exclusiva".
A seguir, a palavra
passou a Anouar Kbibech que em nome dos muçulmanos na França recordou o
histórico encontro, em Assis, em 1986, e as palavras proferidas por João
Paulo II aos jovens muçulmanos em Casablanca, Marrocos, em 1985: "Esta
abertura ao outro, no respeito das diversidades, deve estar na base de
toda relação humana".
Depois do expoente do budismo francês,
tomou a palavra Mario Giro da Comunidade Romana de Santo Egídio que
promoveu o evento junto com a Arquidiocese de Paris. "Aqui em Paris, a
França pluralista se reuniu com os líderes religiosos para falar com
audácia ao coração humano sobre um caminho novo e possível para sair do
medo e viver juntos" - disse ele. (MJ) Fonte Rádio VaticanaNota: Tire suas conclusões...