O glacial da ilha de Pinos, na região ocidental da Antártida, está derretendo em um ritmo quatro vezes maior que há 10 anos, segundo um estudo de cientistas da University College de Londres publicado na revista Geophysical Research Letters. Segundo a investigação, realizada a partir de análises de imagens de satélite, a superfície de gelo do glacial está se reduzindo em um ritmo de 16 m por ano, frente aos 4 m que perdia de acordo com os estudos feitos em 1999.
O degelo causou uma perda de até 90 m de sua composição, o que pode ter um impacto significativo no nível das águas do oceano em 3 cm. O glacial da ilha de Pinos é o maior dos que se estendem até o mar na Antártida e seu estado pode ser um indício de mudanças na capa de gelo interior.
A rapidez com que o glacial derretia foi constatada há 15 anos. Os cientistas calcularam que, com este ritmo, a plataforma sumiria em 600 anos, mas, de acordo com o estudo, a ilha de Pinos teria apenas mais 100 anos. O degelo é especialmente rápido no centro do glacial, o que pode acelerar seu processo de ruptura e a afetar a cobertura de gelo no interior do continente.
Andrew Sheperd, da Universidade de Leeds, que colaborou com a pesquisa, afirmou que existe um risco latente da geleira sofrer um desmoronamento generalizado. "Agora podemos assegurar sem temor de se equivocar que nada conhecido na natureza está se perdendo em um ritmo exepcionalmnente acelerado como este glacial", explicou.
Com informações da agência EFE
Fonte Terra