Tremores afetaram principalmente pequenas ilhas da região; alerta de tsunami foi descartado
JARCARTA - Ao menos três pessoas - entre elas um bebê de cinco meses - morreram hoje em Papua (leste da Indonésia), em dois tremores consecutivos de 6,4 e 7 graus na escala Richter, que provocaram deslizamentos de terra, incêndios e o desabamento de várias casas.
As três vítimas fatais, os inúmeros desaparecidos e os danos materiais se concentraram em uma série de pequenas ilhas ao norte de Papua e próximas ao epicentro, chamadas Biak, Serui e Yapen, segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB).
Equipes de emergência, policiais, bombeiros e voluntários se dirigiram para as ilhotas com objetivo de retirar vítimas dos escombros.
O tremor derrubou postes e antenas de telecomunicações, por isso que o abastecimento funciona de maneira intermitente e as comunicações telefônicas com a região afetada seguem complicadas, segundo a imprensa local.
Na ilha de Biak, a mais povoada da região, houve cenas de pânico e as atividades de trabalho foram interrompidas temporariamente, assim como o funcionamento do aeroporto, segundo a imprensa local.
O primeiro abalo aconteceu às 12h06 pelo horário local (0h06 no horário de Brasília), a 151 quilômetros ao norte da localidade de Enarotali e a 467 quilômetros a oeste da capital papuana de Jayapura, com epicentro a 25 quilômetros de profundidade sob o nível do mar. Treze minutos depois, outro tremor, de magnitude 7,0, foi registrado a 30 quilômetros ao norte do primeiro.
A Agência de Meteorologia, Clima e Geofísica (BMKG) declarou alerta de tsunami após o segundo terremoto, mas a possibilidade de onda gigante foi cancelada duas horas mais tarde.
A Indonésia está localizada sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil tremores ao ano, a maioria de pouca magnitude. Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 8,9 sacudiu a ilha de Sumatra e provocou um tsunami que semeou a destruição em mais de dez países banhados pelo Oceano Índico, causando a morte de aproximadamente 226 mil pessoas.
Fonte O Estadão