
Em abril de 1997, o governo criou o Registro Único de Identidade Civil (RIC), cuja regulamentação deveria ocorrer seis meses depois. Além disso, a legislação previa que todos os documentos perderiam a validade em um prazo máximo de cinco anos, a partir da promulgação da lei. Em 2004, o Palácio do Planalto criou uma comissão interministerial para tentar implantar o sistema, mas não deu certo. A conclusão foi de que, se todas as carteiras de identidade fossem mudadas na época, o custo seria muito alto. Além disso, apenas uma empresa alemã estava habilitada em todo o mundo a fazer este tipo de trabalho.
Com a implantação do Afis (sigla em inglês do Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais) no Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal, a intenção é gerar um número nacional para todos os brasileiros. Hoje, cada órgão que cuida do assunto nos estados produz um número diferente de carteira de identidade, o que possibilita a uma pessoa emitir o documento em diferentes regiões. Agora, as impressões digitais serão encaminhadas para o INI, que fará um único banco de dados.
"Hoje, alguns estados não fazem o exame de digital, possibilitando a emissão (de documento) por mais de uma vez. Agora, as digitais serão enviadas ao INI, que checará se não há outro indivíduo com a mesma biometria, mas usando outro nome. Isso acabará com as fraudes", explica o diretor do INI, Marcos Elias Cláudio de Araújo. A partir disso, o instituto da Polícia Federal enviará as informações para outros órgãos públicos, como INSS, tribunais eleitorais, Receita Federal, entre outros. O cidadão passa a ter, além do número original de seus documentos, um novo número, que será único para todas as instituições.
Fonte - UAI
Nota DDP: Se alguém esperava resistir ao processo para ser "chipado", ele já se encontra diante de nós, como reflexo inclusive de um movimento mundial neste sentido, uma vez que é voz corrente que todos os passaportes dentro em breve contarão com tal tipo de recurso.[Coloboração - Priscila]