Autoridades dizem que só um "milagre" pode ajudar a encontrar sobreviventes
O número oficial de mortos pelo terremoto que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, subiu para 102, com 228 desaparecidos, informou o ministro da Defesa Civil, John Carter, nesta quinta-feira (24).
O chefe da polícia, Russell Gibson, informou ainda que esse número pode continuar aumentando, uma vez que as equipes prosseguiam recuperando corpos dos escombros deixados pelo tremor de magnitude 6,3.
A polícia informou que provavelmente os mortos são algumas das pessoas dadas como desaparecidas, mas que não haverá uma confirmação até que as informações sejam cruzadas e checadas.
Carter disse ainda que não foram encontrados mais sobreviventes.
- O último resgate com vida que registramos foi na quarta-feira
Enquanto se espera que o número de mortos aumente nas próximas horas, as equipes de resgate têm cada vez menos esperança de encontrar sobreviventes, já que não conseguiram manter contato com nenhum desde a quarta-feira.
'Vi o chão subir', diz brasileiro
As autoridades reconheceram que seria um "milagre" encontrar pessoas com vida 48 horas depois da tragédia, que levou o governo do país a declarar estado de emergência nacional. Durante a madrugada desta quarta (23), 500 socorristas conseguiram liberar 30 pessoas dos escombros, segundo o chefe de polícia Russell Gibson.
Acredita-se que entre 50 e 100 pessoas estejam sob os escombros da sede da emissora local CTV, entre elas cerca de 20 estudantes de intercâmbio japoneses, além de jornalistas e policiais que tentaram evacuar o edifício.
A polícia os considera mortos, já que é muito perigoso seguir adiante com a operação de resgate, mas especialistas em salvamento enviados a Christchurch pelo Japão e por outros países seguem nas redondezas dos escombros com cães adestrados.
Vários corpos foram resgatados nas últimas horas, e as equipes de salvamento já pensam mais em retirar as vítimas fatais dos escombros do que em encontrar sobreviventes.
Maior tragédia da Nova Zelândia
No momento, 80% dos distritos da cidade carecem de energia elétrica e água potável. O prefeito de Christchurch, Bob Parker, assinalou que o terremoto provocou uma destruição irreparável no centro histórico da cidade, repleto de antigos edifícios coloniais e onde desmoronou a torre da catedral do século 19.
O terremoto de 6,3 graus aconteceu a 5 km da cidade e a apenas 4 km de profundidade, seis meses depois de outro tremor, também em Christchurch, de 7 graus, que não provocou vítimas.
Situada no cinturão de fogo do Pacífico - zona com alta atividade sísmica e, por isso, um grande número de terremotos -, a Nova Zelândia registra até 15 mil tremores por ano.
Fonte R7