A União Europeia passa por seu momento mais delicado. O que a princípio era uma incerteza em relação à Grécia transformou-se em preocupação com outros países como Portugal e Espanha, só para citar duas nações do bloco. O pacote trilionário de ajuda à Grécia foi uma iniciativa necessária para evitar o colapso, que não seria só grego. No entanto, apesar de suas dimensões, a ajuda emergencial à Grécia não será a solução para os graves problemas econômicos do país, muito menos para a ameaça que paira sobre toda a Europa.
Para receber essa ajuda, o governo grego teve de adotar, como contrapartida, uma série de medidas que trarão (na verdade, já estão trazendo) crescente insatisfação à população. Mais do que isso, o governo comprometeu-se a adotar medidas tão draconianas que, na prática, serão apenas uma maneira de evitar a quebra imediata das contas do país.
Não haverá escapatória: a Grécia não terá como cumprir essas metas e haverá, dentro de algum tempo, uma renegociação do débito com os credores que lhe permita permanecer viva.
A situação também é delicada do ponto de vista político. A Alemanha, fiel da balança para a resolução da questão grega, não está disposta a arcar sozinha com o ônus dessa ajuda. É muito difícil para a chanceler alemã Angela Merkel convencer seus conterrâneos de que se deve dar ajuda maciça aos gregos. O resultado das recentes eleições alemãs deixou explícito que essa ideia não é bem-vinda. A França, outro país de peso significativo na União Europeia, também não parece disposta a fazer aportes significativos.
A resposta aos apelos dos governantes, por parte de franceses e alemães, é clara: não há disposição da população desses países de arcar com o que consideram ser irresponsabilidade dos gregos.
Assim, a União Europeia está vivendo uma situação de difícil solução - se é que existe solução para ela. Seja qual for a escolha adotada, o bloco está enfraquecido e desorientado. Não se pode imaginar que esse quadro leve ao fim da UE, mas também não é possível crer que vá se sair da situação um bloco semelhante ao que predominava antes da crise. Está claro que um período difícil se manterá por muito tempo na Europa.
Fonte DCI
Nota: A crise financeira está longe de terminar, estamos prestes a presenciar acontecimentos de grande significado nas profecias. A UE está com os dias contados e isso já havia sido profetizado por Daniel a muito tempo.